Capitulo 6

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Depois de dançarmos fomos beber qualquer coisa. Entretanto, o Jason passou por nós e pegou na minha mão e puxou-me para uma parte com pouca gente. Ele encostou-me á parede e deu-me um beijo no pescoço.

- Estás-te a passar?

Jason – Calma babe… - Deu-me um beijo no canto da boca. – Gostei de te ver dançar.

- E lá porque gostaste de me ver dançar, tens que me tocar? – Afastei-o.

Jason – Queres tanto como eu. – Mordeu o lábio.

- Ou então não.

Sai de perto dele e encontrei-me com a Tina e ela deu-me um grande abraço. O Dj pôs uma música mexida a dar, todas as músicas que lá passavam eram mexidas, mas aquela rebentava a escala. Fomos todos dançar e com copos de bebidas nas mãos.

Tina – O que é que querias falar comigo?

- Vamos para outro lugar.

Deixamos a pista de dança e fomos até á casa de banho. Verificamos se estava vazia e encontramos numa das cabines um rapaz e uma rapariga aos beijos, parecia sei lá o quê. Encostámos-mos a uma parede e começámos a falar baixo, ninguém podia descobrir a minha espécie de “dupla vida”.

- Eu fingi que torci o pé no ballet e a mãe da Joanne é médica, disse que eu não podia dançar e tal e pelos vistos não vou ao espetáculo de ballet.

Tina – Mas vens á Batlle?

- Claro que sim! Achas que eu perco a derrota dos Skry? Vou rir-me tanto na cara daqueles otários.

Tina – És a maior!

- É, sou boss. – Rimos.

Tina – E olha lá, que cena foi aquela com o Jason?

- Ele é um otário. – Ri-me.

Ficámos lá á conversa e depois voltámos para a pista. As horas foram passando e eu tive que ir para casa. Entrei sem fazer barulho, tranquei-me no quarto, tomei um duche e meti-me debaixo dos lençóis.

Acordei com o meu pai a mexer nos meus cabelos, devia de ter morrido alguém, ele nunca me acordava assim, aliais, raramente estava em casa, para me acordar. Abri os olhos lentamente e ele entregou-me um tabuleiro. 

Pai – Está melhor princesa?

- Nem por isso. – Disse, enquanto comia.

Pai – Vai ver que estará melhor e vai poder dançar no espetáculo. 

- Ouviu o que a mãe da Joanne disse pai.

Pai – É a estrela.

- Não importa.

Acabei de comer e ele levou o tabuleiro. Não podia acreditar que ia ficar em casa a manhã toda, sim porque ainda são 08:30h. Os treinos eram ás 14:50h e além do mais, era domingo, não sabia se ia haver treino com os Fantasy. Ouvi a campainha a tocar, a nossa empregada abriu a porta e a Joanne sentou-se ao meu lado. Falámos e falámos, até que ele me contou que o Jason morava duas casas ao meu lado, gelei.

- E se ele descobre a minha segunda vida? Ele pensa que eu vivo no bairro!

Joanne – Pois não sei… Tens que sair daqui sem que ele te veja.

- Ai que cena! 

Joanne – Calma! 

O meu telemóvel começou a vibrar. Peguei nele e vi quem é que estava a ligar-me, era o Jimmy.

Chamada.

- Estou?

Jimmy – Whats up girl? Olha, consegues encontrar-te no edifício velho, atrás da casa da Tina ás 15:30?

Street DancerOnde histórias criam vida. Descubra agora