Escola Preparatória Para Espiões

Capítulo 1

Ouço os gritos da mamãe vindo lá de cima, do seu quarto. Encaro meus irmãos que parecem tão aflitos quanto eu, principalmente Tyler e Taylor os gêmeos mais novos, é a primeira vez que passam por isso.

- Tem que ser gêmeos, tem que ser – Alexa diz enquanto anda de um lado para o outro.

- Não vai ser gêmeos. – Digo e todos me encaram furiosos.

- Cala a boca Alysson. – Ela grita e eu reviro os olhos.

É difícil ser a única não gêmea em uma família repleta de gêmeos. Meus irmãos Alex e Alexa são os mais velhos e detalhe são GÊMEOS. Eu vim depois deles e graças a Deus, não sou gêmea. Depois vieram Tyler e Taylor, gêmeos também e agora mamãe está prestes a nos dar mais um membro da família, que eu estou torcendo para não ser gêmeos, por mais que todos queriam que sim. Estranho? Não quando isso mantém sua família de espiões no topo da hierarquia de famílias de espiões. Funciona assim, minha família tradicionalmente trabalha para o governo americano, segundo o vovô a muito tempo mesmo e não somos à única família, na verdade existem muitas famílias que se dedicam exclusivamente a servir o governo americano. Mais as principais são conhecidas como "As Dez" as dez maiores família de espiões, é questão de honra que todos os membros dessas famílias sejam futuros espiões, na verdade os melhores espiões. E quando o governo percebeu isso montou um programa para futuros espiões, as dez, claro tem seus privilégios.

Eu faço parte dos Baker's, minha família está no topo desse top 10, conhecidos por ter uma família grande, sempre tendo gêmeos na linhagem, meu próprio pai tem seu irmão gêmeo e pra ajudar, mamãe apesar de não ser gêmea, também possui irmãos que são gêmeos. O que ajudou bastante no fato de ter tantos gêmeos ao meu redor.

- Ally por que tá demorando tanto? – Taylor pergunta, me abraçando. Minha baixinha,  que está com seus olhinhos  castanhos completamente assustados. Nós somos completamente apegadas uma a outra. Apesar de sua pouca idade, é mais esperta do que parece. Passo a mão por seus cabelos castanho escuro e ondulado, macios e com cheirinho de shampoo infantil. 

- Demora assim mesmo, meu amor – Digo dando um beijo em sua bochecha. – Vou levar eles para darem uma volta.

- Não – Alex e Alexa gritam comigo.

- Eles só tem 6 anos e estão assustados. - Digo irritada. 

- É tradição Ally, eles tem que ficar. – Reviro os olhos. Minha família e suas paranoias, mamãe se recusa a ter um parto fora de casa e muito menos acompanhada de um médico, todos viemos ao mundo pelas mãos da vovó Kate. Eles nos obrigam a ficar na sala esperando o nosso novo membro chegar. Ouvindo cada grito de dor da mamãe.

Não demora e escutamos o choro de mais um membro da família.

- Nasceu – Alex grita animado. 

- Agora é só esperar o outro nascer. – Mamãe e papai não nos contaram se seriam gêmeos ou não, aposto que não, ela não parecia estar gravida de gêmeos.  

Papai logo desce pelas escadas com aquele sorriso que só vi quando os gêmeos nasceram.

- Ally – Ele me chama – Sua mãe está te chamando. – Fico surpresa, por que ela me chamaria?

Subo as escadas ao lado do papai e quando entro no quarto, mamãe segura o bebê em seu colo, emocionada.

- Oi mamãe – digo me aproximando, ela me encara e sorrir – Não são gêmeos, eu sabia. – papai sorrir.

- É uma menina – Encaro ela mais de perto, sorrio com sua fofura – você pode escolher o nome?  - Mamãe pergunta com um grande sorriso. Encaro aquele pequeno ser e sinto um sensação de responsabilidade, eu não gostaria de ter um nome feio. Só que o que mais me impressiona é a escolha de mamãe.