Escola Preparatória Para Espiões

Capítulo 2

- Você é louca? – Ela grita

- Wayne Carter é o mais idiota dos Carter. Como você pode ter beijado ele? Como pode ter deixado um Carter te tocar daquela forma?

- Eu...- Ela nem me deixa terminar.

- Sabe quantas vezes ele deu em cima de mim? Sabe quantas vezes eu dei um fora nele? E sabe porquê? Porque eu sabia que ele queria fazer justamente isso. Ele queria atingir nossa família e conseguiu. – Eu não me controlo e começo a chorar. Ela me abraça. – Ally eu te amo, você é minha irmãzinha, eu entendo você querer ficar com ele, Way é lindo, mas eu tenho que te proteger porque por mais que você acha toda essa loucura que é nossa vida é o fato de sermos Baker nos obrigar a se comportar de forma diferente, não passa de uma idiotice pra você, as vezes isso pode ser sério. Os Carter tentam nos atingir a anos e vovô tem medo que isso se torne algo mais sério. Os pais de Way já fizeram coisas o suficiente para nos manter em alerta. Você entende?

- Sim, me desculpa.

- Não precisa se desculpar, não comigo, mas eu não posso falar o mesmo do vovô e dos nossos pais. Agora enxuga essas lágrimas e vamos treinar, minha irmãzinha não vai chorar por um Carter. – Sorrio e sigo ela.

Os pais de Wayne eram espiões, uns dos melhores, mas a três anos deixaram de lutar pelo nosso país e nos traíram passando para o lado da Rússia. Wayne e sua irmã são criados pelos tios agora, algumas pessoas dizem que os pais tentaram os levar, mas a familia não deixou. Eles são preciosos demais para os Carter. Eles e meus pais são inimigos mortais, principalmente agora, que capturar eles é missão dos nossos pais. Já recebemos varias ameaças, mas nunca fizeram nada, por enquanto.

Quando chego no centro de treinamento, meu treinador Rony Evan me espera encostado a parede de braços cruzados, ele não parece feliz com meu atraso. Sei disso porque quando Rony fica irritado ele não consegue se conter em bagunçar seus cabelos castanhos e lisos, o que agora está exatamente um desastre, eles geralmente se mantem impecáveis. Rony não é só meu treinador, mas também um dos meus melhores amigos, ele me entende e não me julga como a maioria das pessoas. Ele é muito bom no que faz, apesar de jovem. Eu sou invejada por muitas aqui por ter ele como treinador. Seus um metro e setenta, olhos castanhos escuros e o charme que ele transmiti como sua seriedade, arranca suspiros. 

- Gostava mais dos Baker quando eles eram do tipo que não se atrasava - Ele diz vindo em minha direção. 

- Desculpa, estive metida em confusão. 

- Ah, eu também recebi aquela foto. Eu nunca tinha reparado em como você tem uma bunda linda - Reviro os olhos e ele sorrir. 

- Pode me ensinar a matar Wayne Carter? 

- Se você convencer sua irmã de parar de me mandar mensagem - Sorrio. Alexa é uma das que suspiram por Rony, foi eu mesma quem dei o número dele para ela. Eu tinha que dá essa vantagem pra ela. 

- Rony minha irmã é uma gata. 

- Sabe que não posso me envolver com alunas, se descobrem que sua irmã anda me mandando mensagem e eu não reportei isso a eles, posso perder meu emprego e ninguém nesse mundo quer me ver mais longe de você do que seu avô. 

- Tudo bem. - Meu avô sonha em tirar Rony do posto de meu treinador, ele acha que meus resultados é por causa dele, mas não é. Eu avisei a ele, desde o primeiro dia que fomos apresentados que ele não deveria criar expectativas sobre treinar uma das melhores, porque eu não seria isso. Eu sei que eu posso ser melhor do que aparento ser, mas não quero, apesar de toda a pressão com o fracasso a do sucesso me parece ainda pior. Eu nunca admiti isso para ninguém além de Rony, mas não sei se isso é o que eu realmente quero, talvez eu queira ser algo diferente de uma espiã, mas enquanto eu não descubro, prefiro me manter longe da visão das pessoas, prefiro ser a Baker não tão Baker. Porque se um dia eu precisar tomar uma decisão não vai ser tão difícil para meus pais entenderem que isso não é pra mim. Me mantenho entre os razoáveis, não tão abaixo e não tão a cima, é a condição minima para manter Rony como meu treinador. Vovô ameaçou tira-lo, mas eu disse que se ele fizesse isso, não faria questão nem de ficar entre os medianos.