Capítulo Três

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Emily

Assim que eu havia voltado para casa me joguei no sofá, tirei o celular do bolso e voltei a trocar mensagens com Beckett. Eu fiquei tão distraída que o resto da tarde passou e eu nem ao menos notei. Eu só parei com nossa troca porque ele teve que largar o celular para ir trabalhar em seu bar. Segundo ele os finais de semana eram os dias que mais tinha movimento e era muito corrido.

Então a contragosto eu fui obrigada a me despedir e fingir que não estava decepcionada novamente e encerrar nosso jogo de perguntas.

Com nosso jogo eu descobri mais coisas sobre sua pessoa. Ele tinha um irmão mais novo chamado Blake, dirigia um Jeep preto. Malhava com frequência, tinha 1, 83 de altura. Nunca esteve em um relacionamento sério e gostava de ler em seu tempo livre.

Então eu lhe contei que eu tenho duas irmãs mais velhas chamadas Marie e Lauren, dirijo o mesmo Ford prata há três anos. Que odeio malhar, apenas corro e que tenho 1, 58 de altura. Estive em três relacionamentos sério desde o ensino médio e que nunca fui uma fã de livros.

E com cada nova informação de Beckett sua imagem começa a se formar em minha cabeça. Eu não tenho duvidas que ele deva ser bonito, um cara com tamanha confiança ter que ser bonito e ter uma grande autoestima. Em momento algum eu duvidei das coisas que ele falava e eu fui totalmente sincera com ele.

Eu nunca me imaginei trocando mensagens com uma pessoa que nunca vi e aqui estou eu. É revigorante falar com Beckett, a conversa simplesmente flui sem esforço e eu aprecio isso. Não há nada melhor que ter uma boa conversa sem precisar se esforçar para o assunto surgir.

Talvez fosse isso que estava faltando em minha vida. Alguém com quem eu pudesse conversar por horas e horas sem reservas.

– x –

Eu sou uma pessoa caseira, então não era novidade nenhuma que eu estava sozinha em casa em um sábado à noite. Eu até recebo vários convites para ir a festas e baladas, mas só não é minha praia. Eu não gosto de lugares muito aglomerados. Eu gosto de algo mais reservado, eu e alguns amigos jogando conversa fora, bebendo e a música no volume bom o suficiente para eu ser ouvida sem precisar gritar. Eu sei isso que isso é chato para algumas pessoas. No entanto para mim está perfeito.

Eu gosto de ficar na minha.

Sou uma grande fã de séries então passar o sábado à noite colocando elas em dia – e eu tenho muitas atrasadas – é a versão do paraíso para mim. E é quando eu finalmente estou me atualizando em uma das minhas séries favoritas que meu celular toca no meio episodio.

Meu primeiro pensamento é que é Beckett me ligando. Mas quando eu pego o aparelho e vejo o nome "mãe" escrito nele uma pitada de desapontamento toma conta de mim.

Eu penso em ignorar a chamada. Veja, eu amo minha mãe mas falar com ela sempre foi exaustivo demais. As coisas ficaram piores quando eu terminei com meu ex.

No entanto eu finalmente atendo porque eu sei que se eu ignorar está ligação na próxima ela vai me encher por isso.

– Olá mãe. – eu saúdo enquanto pauso minha série.

– Olá querida, porque você demorou a atender?

Sério?

– Eu não demorei a atender mãe. – eu argumento bobamente porque eu sei que essa já uma batalha perdida.

– Bom quando eu ligo para suas irmãs elas não demoram tanto para atender como você.

Nem ao menos um minuto de ligação e ela já trouxe minhas irmãs à tona. Eu decido ignorar essa comparação, é apenas minha mãe sendo minha mãe.

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