Prólogo

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NOTAS DA AUTORA:

lá vamos nós ^~^

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Louis Tomlinson olhou seu reflexo no espelho mais uma vez, ajeitando o colarinho da camisa social branca. Ele passou os dedos pelos cabelos castanhos para arrumar os poucos fios que tinham se desprendido do topete.

- Lou, meu bem, você já está pronto? – escutou a voz da mãe, Jay, gritar do andar debaixo.

- Sim – Louis respondeu com um sorriso, saindo do seu quarto rapidamente e descendo as escadas em pequenos pulos, cobrindo dois degraus a cada passo.

Ele chegou à cozinha da casa, onde sabia que encontraria o resto da família. Sorriu ao ver todas as quatro irmãs com vestidos e cabelos presos.

- É melhor nós irmos, senão vamos perder o início – Jay falou apressada, surgindo da sala de estar e se dirigindo até a porta.

Louis não se importava em acordar cedo todos os domingos para ir à igreja. Na verdade, aquela era uma das atividades favoritas dele. Ele simplesmente gostava de ficar envolta de pessoas que ele sabia que o entendiam... Ele gostava do sentimento de segurança que aquele grupo de pessoa o proporcionava. Mesmo que a maioria dos frequentadores não fossem adolescentes, Louis continuava a ficar ansioso para ouvir as palavras do pastor.

O caminho até a igreja não era muito longo, levava 5 minutos no máximo. Ao entrar no lugar que estava praticamente cheio, a família de Louis se dirigiu até o banco da frente. Jay começou a conversar com outras senhoras enquanto as meninas conversavam e riam de alguma coisa entre si.

Desde que nasceu, Louis não perdeu sequer um culto. Ele se lembrava de quando tinha cinco anos e sua mãe lhe ajudava a vestir as melhores roupas de domingo para cantar no coral da igreja. Quando Louis atingiu os 15 anos de idade, Jay colocou-o no grupo de jovens, onde ele conheceu o melhor amigo Niall. Louis adorava os encontros semanais, em que ele e outros adolescentes se juntavam para conversar.

Louis olhou para a mãe, que estava ao seu lado. Ela conversava com uma mulher de cabelos castanhos e olhos extremamente verdes.

- Eu nunca vi vocês por aqui... – Jay sorriu para a moça e para a garota ao lado dela.

- Nós acabamos de nos mudar de Cheshire – ela respondeu alegremente, estendendo a mão para a mãe do Louis – Anne Cox, muito prazer.

- Jay Tomlinson! – apertou a mão da Anne com um sorriso ainda maior no rosto - Então, essa menina adorável é sua filha?

- Gemma – a menina respondeu rindo, mostrando as covinhas que tinha nas bochechas.

- Sejam muito bem-vindas! – Jay completou – Se precisarem de ajuda com qualquer coisa, podem contar com a gente! Esse é meu filho Louis...

Ele se levantou, sentindo as bochechas corarem levemente. Deu um sorriso tímido, olhando discretamente para Gemma, que parecia ser apenas um ou dois anos mais velha do que ele.

- E aquelas quatro também são minhas filhas – Jay apontou para as meninas rindo e se implicando.

- Adoráveis! – Anne sorriu simpática, voltando a sua atenção ao garoto – Então, Louis, você está em que ano da escola?

- Último – Louis respondeu.

- Ah, Gemma acabou de se formar – ela tocou no ombro da filha – Vocês parecem ter a mesma faixa de idade... Não ia ser ótimo se o Louis pudesse te mostrar a cidade mais tarde, Gem? – Anne falou sugestivamente.

Louis observou as bochechas dela corarem violentamente enquanto ela dava um aceno afirmativo com a cabeça.

- O Lou ia adorar, não é mesmo, meu bem? – Jay sorriu animada.

- Se você quiser... – Louis murmurou diretamente para Gemma.

- Ia ser legal – ela deu de ombros.

Ele olhou para o lado, estranhando que sua mãe não tivesse se intrometido para combinar os detalhes. Aparentemente, Jay estava no meio de uma conversa muito animada com Anne para prestar atenção no que os dois estavam falando.

- Olha, você não precisa sair comigo só porque a sua mãe te obrigou – ele sussurrou, tentando quebrar o silêncio que havia se formado entre os dois.

- Não, tudo bem, eu ia adorar – Gemma sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Legal – Louis sorriu de volta, pegando o telefone do bolso da calça – Pode me dar o seu número? Uhm, sabe, para a gente sair mais tarde...

- Claro – ela assentiu enquanto pegava o celular e gravava o número dela na memória.

...

Harry Styles ligou o amplificador do seu IPod no volume máximo, fazendo a playlist do System Of A Down quase destruir seus ouvidos. Ele balançava a cabeça no ritmo da música enquanto cobria as paredes do seu quarto com os posters das suas bandas favoritas. Berrava a letra de Chop Suey com todas as forças, sentindo que os pulmões explodiriam a qualquer segundo.

Harry não ligava para o que as pessoas pensavam dele e do seu gosto musical. Quando ele tinha 14 anos, achou um estúdio de tatuagens que tatuava menores de idade ilegalmente e foi basicamente onde tudo começou. Harry tinha uma quantidade impressionante de tatuagens para um garoto de 17 anos. A pele dos braços e peito estavam completamente cobertas por tinta, além das snakebites, piercing no nariz e orelhas furadas. Desde o dia em que decidiu finalmente ser quem ele queria ser, Harry nunca mais teve medo de que as pessoas o julgassem.

A mãe e a irmã sabiam que ele era bissexual e, ao contrário de todo mundo, conseguiam aceitá-lo, mesmo que às vezes tentassem fazê-lo mudar de ideia quanto ao número de tatuagens e piercings. Harry não se incomodava com isso, porque ele simplesmente entendia que as pessoas não pensavam exatamente como ele.

Obviamente, existiam coisas que o incomodavam de forma profunda... Acima de tudo, o que ele mais odiava eram aqueles religiosos que olhavam atravessado para ele, como se pensassem “esse aí vai queimar no fogo do inferno”. Não tinha algo que Harry detestasse mais do que crentes que faziam questão de espalhar a palavra de Jesus. Eles falavam tanto de respeito e igualdade, mas colocariam um gay em um hospital psiquiátrico sem pensar duas vezes.

Assim, naquela manhã, quando Anne e Gemma saíram para conhecer a igreja da cidade, Harry ficou em absoluto silêncio. Ele não entendia aquela necessidade ridícula de acreditar em algo maior, mas, do mesmo jeito que a sua família o aceitava, ele aceitava a sua família.

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NOTAS FINAIS:

continuo? não? ai eu adorei a ideia de fazer um fic assim meu senhor ^~^

Teardrops (Punk!Harry)Onde histórias criam vida. Descubra agora