Capítulo 3

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Oiii, vamos a mais um capitulo? Espero que gostem. 

Enjoy



Giro meu corpo e chuto o saco de pancada, posiciono novamente e repito o movimento para em seguida mudar de perna. Rodrigo segura o saco mantendo-o firme e posicionado para que eu repita o movimento. Estou na academia da minha casa praticando um pouco de exercício. O suor escorre por minha testa, abaixo meus braços encostando as luvas nos joelhos. Hoje o Rodrigo pegou pesado nos treinos de Muay tay.

- Acho que já chega. – digo ofegante.

- Que isso, Alicia? Está ficando mole. Vamos lá, só mais alguns socos.

- Eu, mole? Nada disso, você é que está malvado. – tiro as luvas e me sento no tatame.

- Acho que deveria ir treinar algum dia na minha academia. – ele convida mais uma vez. – vai colocar muitos marmanjos na lona.

Rodrigo além de ser nosso personal é dono de uma academia especializada em lutas e crossfit. Uma excelente academia, diga-se de passagem, mas devido a nossa falta de tempo e ao fato do meu irmão sempre causar tumulto por causa da fama preferimos evitar.

- Isso é porque estou mole. – digo irônica e ele ri - Um dia quem sabe. Agora preciso ir. – levanto. – tenho plantão daqui a pouco.

- Claro Dra. – ele pula o ring – o convite permanece de pé.

- Pode apostar que vou aceitar, um dia desses apareço por lá.

Despeço-me dele e sigo para meu quarto rapidamente, um pouco preocupada com o horário que já estava bem perto do meu plantão. Tomo um banho e passo no quarto do Gabriel, que agora praticamente mora na casa da Natalia. Estou doida para ele poder voltar a treinar comigo logo, meu irmão e eu treinamos juntos desde sempre, e até parei um pouco por sentir falta dele. Estou até pensando em aceitar o convite do Rodrigo para ir até a academia. Vai ser ótimo.

- Bom dia, milagre encontrar você aqui. – digo abraçando-o. Ele ainda não deixou a cadeira de rodas totalmente, mas graças a Deus já está usando muletas, se continuar assim vai voltar a ter a rotina normal rapidinho.

- Não exagera, Alicia.

- Mas é verdade, quase todos os dias você dorme na casa da Natalia. – digo para implicar.

- Por isso vou voltar para meu apartamento logo, ela não se sente à vontade dormindo aqui, e eu não consigo mais dormir sem ela. – dá de ombros. – estou viciado em tê-la em meus braços. Essa noite não consegui pragar o olho.

- Ai credo, estão indo rápidos demais. – digo.

- Na verdade estamos atrasados sete anos. Não quero perder nem mais um dia.

- Fico feliz que esteja feliz, gatinho. – bagunço seu cabelo. – mas essa cara de homem dominado não combina com você.

- Pois saiba gatinha, que eu adoro ser dominado, rendido, apaixonado e...

- Eca, Biel, já chega.

Saio do quarto ouvindo sua risada gostosa. É muito bom ver meu irmão assim, sorrindo não só com os lábios, mas com os olhos, coração, alma, espírito. Durante muito tempo ele sofreu por amor, ficou entregue a dor e ressentimento, agora está vivendo momentos de felicidade e espero que não seja passageira. Gabriel se entrega demais e por isso sofre demais. O amor pode doer, e eu odeio sentir dor, por isso mantenho-me bem longe desse sentimento.

******

- Mamãe, fecha para mim? – entro no quarto da minha mãe que assim como eu está terminando de se arrumar para uma festa oferecida por uma emissora de tv. Como eles são donos da equipe que meu irmão corre como piloto de F1 precisam comparecer à festa junto com o Gabriel.

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