Capítulo 16

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Alicia

As notícias que temos sobre meu irmão e sua filha não são muito animadoras. Ao contrário da garota doce que demonstra ser, ela está bastante rebelde sem aceitar a nova família, culpa os pais por sua tristeza, o que deixa a Natalia arrasada. Passei algumas vezes para visitá-la a pedido do meu irmão, pois ela se mostrou bastante receptiva a mim. É como dizem "nosso santo bateu". Já estou apaixonada daquela ruivinha linda. 

Não tenho falado muito com o Murilo, apesar de que estou morta de vontade de ao menos ouvir sua voz. Ele já ligou algumas vezes , mas prefiro não atender. Não que eu seja uma garota insegura e cheias de neuras, mas as coisas com ele são diferentes e isso me trava. Mas hoje não consigo controlar minha vontade e acabo ligando para ele, depois de saber por sua secretária que ele está de folga hoje.

—  Alicia. Pensei que não me ligaria mais.
— Pensou errado. — Digo sorrindo, apesar de que a reação que tem meu coração ao ouvir sua voz não é nada animadora,. Mentira, ele se anima até demais. — tenho uma dívida a pagar.
— E eu um dia todo só para receber o seu pagamento. Estou em casa, o que acha de vir para cá?
— Um dia todo? — pergunto tentada a aceitar. — um dia todo é muito tempo, não?
— Tecnicamente não, uma vez que já estamos na metade do dia. — ele rir. — mas não posso esperar para outro dia, estou te esperando. 

Ele desliga o telefone sem me dar tempo de responder. Mas para que eu quero tempo se sei exatamente o que quer? Arrumo-me rapidamente e sigo como uma viciada para a casa dele. Meu subconsciente me dizendo que estou cometendo uma imprudência. Tenho apenas que me manter longe de qualquer excesso de intimidade e sentimento. 

Parece que estou tendo um djavu, pois da mesma maneira que aconteceu da última vez o portão se abre para que eu coloque o carro na garagem. Assim que estaciono ele abre a porta do carro para mim segurando em minha mão para ajudar-me a sair, mas dessa vez sou eu que o ataco com um beijo longo e cheio de saudade antes mesmo que ele diga alguma coisa.
— Oi — digo me afastando dele que me puxa de volta e me beija novamente.
— Oi. — puxa minha mão e me leva para dentro de casa. — acho melhor te mostrar a casa antes de atacar você como um desesperado. 

— Com certeza eu não me importo. — ele rir me enlaçando pela cintura. — até gosto dessa pegada desesperada. 

— Melhor irmos devagar dessa vez.  A sala você já conhece —  ele me puxa para uma porta —, aqui é a cozinha.

A cozinha é bem grande e moderna, na cor cinza e vermelho. Ele me puxa pela mão de volta para a sala, indica o caminho para subimos as escadas. 

— Pelo jeito está louco para me mostrar o seu quarto. — ele ri e eu interrompo antes de subirmos as escadas. — Acho que podemos deixar essa inspeção para depois. — tiro minha camiseta jogando em um ponto qualquer da sala. Seus olhos se enchem de desejo quando param no sutiã turquesa que estou usando. — já disse que adorei seu sofá? — Digo empurrando-o sentado nele. Me sento com uma perna de cada lado do seu corpo. Murilo leva a mão até meu quadril puxando-me para mais perto e eu repreendo-o. — quieto, agora eu estou no comando. 

— Veio disposta a assumir o controle? — diz sorrindo assim que retiro suas mãos de mim e coloco-as atrás da sua cabeça. — Você sempre esteve, não é?
— Quieto e calado. — digo beijando sua boca possessivamente. 

Acontece que eu estando no controle ou não ele manda nas reações do meu corpo. Apenas um olhar dele já me deixa queimando, suas mãos podem estar longe de mim, mas seu olhar me toca de maneira ainda mais intensa. Cada vez que estou com ele penso que vai ser igual antes, mas surpreendo-me a cada beijo, a cada vez que me perco no prazer sem medidas que apenas ele me dá. Enterro minha cabeça em seu pescoço respirando com dificuldade enquanto sua mão passeia por minhas costas lentamente. 

Provocante e Irresistível DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora