Provocante e Irresistível Degustação

Capítulo 4

A autora pirou? Dois capítulos seguidos? Fazer o que se adoro postar. kkkkk

Enjoy

A secretária do Murilo é uma mulher muito bonita. Deve ter sido remanejada de outra ala, pois seu rosto não me é estranho.

— Bom dia! – digo o mais simpática que consigo. — você é a secretária do Dr. Murilo? Ele está?

— Bom dia Alicia. – ela diz sorrindo mostrando que sabe quem eu sou. — o plantão dele é em outro hospital hoje, seria apenas com ele?

— Sabe quem eu sou? — digo intrigada.

— Claro, trabalho aqui há bastante tempo, e às vezes te vejo por aqui. Digo ao Dr. Murilo que você esteve a procura dele, e peço para ele entrar em contato.

— Não precisa. Não é nada de importante, só passei para dizer um oi.

Na verdade eu sabia que ele não estaria no hospital, simular um encontro causal em um hospital não seria nada interessante. Depois da noite da festa resolvi que iria conseguir sair ao menos uma noite com ele. Sair não seria a palavra adequada para o que pretendo fazer.

- Estou agora mesmo organizando a agenda dele. – ela diz solicita, gostei disso.

— Sério? Posso ver? – estendo a mão para o tablet que ela está segurando, ela me olha meio desconfiada.

— Isso é meio particular, não sei se posso... — faço cara de chateada e ela me mesmo receosa me entrega sem questionar mais nada.

Tento memorizar tudo que está escrito, mas apenas horários de atendimento e cirurgias mostra que essa é apenas agenda profissional.

— Então Anna, obrigada pela ajuda. Vou indo. — estendo a mão para ela que aperta meio sem jeito. — foi um prazer conhecer você formalmente.

A princípio queria fazer algumas perguntas pessoais para ela, mas tive uma ideia muito melhor enquanto estava olhando a agenda para saber quando encontrar o Dr. Murilo.

Passo na sala do meu pai que neste momento está em uma cirurgia, mas não é com ele que eu quero falar.

— Alícia sua linda, que bom ver você. — a secretária do meu pai me abraça apertado, ela já trabalha com ele há mais de vinte anos, me viu crescer e a considero como uma amiga, quase uma tia e sempre passo para conversar com ela.

— Estou meio apertada na faculdade, pode tomar um café agora, Flávia?

— Claro que posso, nunca digo não para você.

É por isso que estou aqui. Não posso deixar de sorrir para ela. Sentamos em uma mesa afastada na lanchonete do hospital depois que fizemos nosso pedido. Ela sempre vinha comigo quando era pequena e depois disso mantivemos o costume.

— Alicia, conheço você há tanto tempo que sei exatamente quando quer aprontar alguma coisa. Sua cara não nega. – ela bebe um pouco do café. – desembucha.

— Credo Flavinha, que isso? — tento parecer chateada.

— Ali, anda logo que meu tempo está curto.

— Quem ouve você falando pensa que só vivo aprontando. — ela ergue a sobrancelha. — está bem, preciso de um favor seu.

— Sabia! – ela bate a mão na mesa. - Conheço você garota. 

Reviro os olhos para a pretensão dela. Faz muito tempo que não recorro a ela para me ajudar, isso era apenas quando era adolescente e queria ver cirurgias que não podia e ela dava um jeito de me ajudar a entrar na sala. Ou às vezes arrumava atestados para mim, e para alguns amigos sem que meu pai soubesse, e sempre me mantinha atualizada sobre a agenda dele quando necessário. Coisas de adolescente.