Horizontes - Camren

Capítulo 4.

Boa noite.

Erros, um dia a Josi corrigi para mim. :)

Boa leitura, espero que gostem.

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Lauren POV

Outro dia nascia e mais um para acrescentar na minha lista de dias mal dormidos. Não fui trabalhar ontem, era nessas horas que agradecia por ser prima da dona, mas mesmo assim, eu tinha que por minha vida no eixo novamente, eu não podia deixar me abalar com o que aconteceu naquela noite louca.

O foda era que minha mente não deixava eu me esquecer, das poucas coisas que lembrava, hoje era sábado, resumindo, eu teria dois dias para me estabilizar e voltar a minha vida pacata, e era isso que eu estava tentando fazer.

Me levantei naquele sábado nublado, indicando que o outono estava indo embora e o inverno estava dando as caras, eu como amante das coisas depressivas, amava dias assim.

Coloquei minha playlistno aleatório , queria começar o dia diferente, ter alguma perspectiva positiva daquele dia, mas nem ela me ajudou. Logo de cara começou a tocar Piloto Automático, da banda Supercombo, deixei a música tocando em todo apartamento enquanto ia para o banheiro, tomar um banho poderia levantar minha autoestima.

"Eu nunca fiz questão de estar aqui, muito menos participar. E ainda acho que o meu cotidiano, vai me largar. "

Nunca havia tomado um banho tão demorado quanto esse, as marcas ainda estavam bem visível, me deixando preocupada se a maquiagem iria tampar as que estavam em meu pescoço. Eu apenas queria lembrar de como tudo aconteceu, era fato que havíamos transado, fazia tanto tempo que não transava que eu realmente queria muito lembrar daquela noite.

Sabe quando você fica com aquela sensação ruim? Dor no peito? E que seu sexto sentindo diz que está vindo algo grande? Bom, eu me sentia assim desde que acordei naquela sexta-feira maluca. Sentia que poderia sufocar a qualquer momento.

Levei um susto com meu telefone fixo tocando, tirando-me da bolha de pensamento, me enrolei em uma toalha e sai em busca do telefone, quando enfim achei, em baixo de um bolo de roupa suja, atendi.

- Alô. – Já imaginava quem poderia ser.

- Lauren? – Não respondi. – Filha, você tá me ouvindo? – Isso nunca falhava, as vezes eu sentia medo.

- Oi mãe. – Respondi em um fio de voz, era sempre assim, quando eu sentia que iria acontecer alguma coisa e ficava angustiada, minha mãe me ligava e depois de alguns dias acontecia algo.

- Você está bem? Eu tive um sonho e resolvi te ligar – Oh sim, eu tinha certeza que as coisas iriam foder de vez.

- Estou bem mãe, apenas cansada. – Me joguei no sofá, tentando não pensar no que poderia acontecer.

- Tem certeza? Você sabe que pode falar tudo para mim. – Ah se ela soubesse a verdade, ela pegaria o primeiro ônibus para Curitiba, sim ônibus, dona Clara tem medo de aviões.

- Sim mama, não precisa se preocupar. – Respirei fundo. – Mas me conte sobre o sonho? Eu morria? – Esperei.

- TA LOUCA? VIRA ESSA BOCA PRA LÁ. – Comecei a gargalhar pela sua voz histérica. – Você casava. – Na hora minha gargalhada sumiu. – No meu sonho você casava.

- A não, nem começa com isso. – Bufei me levantando.

- Filha, não acha que está na hora de construir uma família? – Bufei já revirando meus olhos. – Não revira os olhos para mim.