As árvores cantavam e formavam uma bela opera juntamente com os pássaros que competiam entre si para ver quem tinha o canto mais afinado e elegante entre eles.
O som calmo das folhas sendo agitadas pela força do vento acompanhava Eduardo durante sua caminhada até a árvore, lá ele poderia pensar melhor e refletir mais sobre o que se passava.
- Esse lugar inexplicavelmente me passa uma sensação de segurança e me provoca arrepios ao mesmo tempo, talvez seja pelo fato de eu e Elisabeth termos nos encontrado várias vezes debaixo daquela árvore.
Pensa Eduardo antes de chegar no seu ponto.
Eduardo se senta sobre as raízes daquela grande e velha árvore e começa a folhear as páginas do diário, fazendo isso, Eduardo percebe que o vento soprou mais forte e uma página é mostrada para Eduardo que tentava defender-se de grãos de poeira que o vento trouxe para te distrair.
Ao perceber a movimentação do diário, Eduardo vê a página que caiu quando o vento soprou e leu aquela parte do diário:
Hoje estou aqui sentada debaixo dessa árvore sem entender o motivo, se passaram dois anos que Eduardo partiu para a sua nova cidade, será que ele ainda se lembra de mim ?
Enterrei por inteiro meu amor por ele aqui, nesta árvore, aqui será o túmulo do que sinto por ele, devo continuar a minha vida sem ele, sei que ele não voltará, devo parar de ser uma garotinha e florescer!
Ao ler, Eduardo nota o exato momento em que Elisabeth havia desistido do seu sentimento, sabendo disso, Eduardo se questiona por não ter feito o esperado, que era visitar Elisabeth que a sua espera estava, mas como uma criança poderia ir contra o pai que naquele tempo o sustentava?
Ele não poderia simplesmente abandonar tudo e seguir a procura de Elisabeth.
Eduardo em pensamentos adormece e outro pesadelo ocorre, mas aquele pesadelo não era normal, ele se encontrava em um bosque, semelhante ao que ele atualmente estava.
Sem saber o que fazer, Eduardo olha a sua volta e escuta um leve sorriso feminino, ele então sem mais o que fazer, resolve seguir o misterioso sorriso.
Chegando até a fonte do sorriso, ele se depara com Elisabeth o acariciando, deitado em suas pernas, mas como ? Se ele estava ali em pé?!
Bom, sonhos não precisam fazer sentido.
E foi exatamente o que Eduardo pensou no momento, então em seguida Elisabeth diz:
- Não ache que este mundo é um simples sonhos, pois não é, este que está no meu colo é exatamente quem você vê.
Sabe, esperei muito por isso, esperei incessante por esse dia,
Temos pouco tempo, quero te explicar que sim, infelizmente eu morri, mas você está quase fazendo o mesmo, nesse momento você não está dormindo, você está fora do seu corpo, sim, essa árvore uniu as nossas almas, a verdade pode ser encontrada nesta árvore.
Não se desespere, você vai acordar e achar que foi apenas um sonho, mas quando acordar, procure por mim, no seu mundo eu estarei morta, mas faça isso, apenas assim eu serei livre.
Eduardo em choque não sabia o que dizer, mas quando algo ia ser dito, ele acorda debaixo da árvore e sem entender o propósito do seu suposto sonho, ele parte para localizar Elisabeth...
