Diário de Uma Velha - Completo

Capitulo 6

Alguns meses depois que terminei o namoro com o fui para uma festa, antes de contar me deixa explicar, sabe aquele menino que você acha lindo do seu bairro? E que é bem mais velho? Que nunca vai te dar atenção porque tem meninas muito mais bonitas e maduras ao redor dele? Caso saiba você vai entender o que vou contar: fui para a festa com uma prima, chegando na festa uma vizinha me pede para ajudar ela a procurar o namorado, o que tem de interessante nisso? Esse bendito menino do bairro estava com o namorado dela, e é claro que eu fui, depois de 8 meses de um namoro frustrado o que eu queria era me divertir um pouco e criei a meta de que eu o conquistaria naquela noite. Passamos metade do nosso tempo à procura dos dois, quando achamos foi incrível, esse menino me olhou de um jeito, eu pensei, tenho todas as chances, mas era tímida ainda(sim, apesar de todas as besteiras que já tinha feito, eu ara tímida) e não fiz nada para chamar a atenção dele, mas não precisou em um momento da noite ele me chamou para dançar, não sei vocês de hoje em dia o que dançam, mas na minha época nos dançávamos o bom e velho forro, eu aproveitei a chance e comecei a insinuar que eu queria estar com ele, deu certo, eu estou velha, mas ainda lembro daquele beijo perfeitamente, o meio da noite, eu já estava ficando cansada de tanto dançar e estava em pleno estado de alegria que a dança me trazia em certo momento ele parou de dançar, pôs as mãos no meu rosto e me encarou por longos 30 segundos, como se esperasse autorização, acho que se ele não estivesse me segurando eu teria caído, naquele momento olhando para ele eu consegui esquecer meu índio, esqueci o cafajeste, esqueci do mundo, e quando ele me beijou eu fiquei ate surda, não conseguia nem escutar a musica que tocava, só conseguia sentir aqueles lábios carnudos e macios me beijando, não ligava para quem estava olhando, ele tinha me levado para um paraíso onde só existia nos dois, aquela sensação superou todas que eu já tinha sentido, e durante toda a noite ficamos juntos, mas eu segurei minhas emoções, sabia que iria me apaixonar por ele, mas já tinha me apaixonado uma vez e este me magoara muito. Fiquei de castigo porque me beijado com o garoto do bairro, na época eu não sabia mentir para meus pais e contei tudo para minha mãe, meu pai um homem muito arcaico que gritou, xingou, esbravejou, me pôs de castigo e passou semanas sem falar comigo, eu me importei? Não nem um pouco, sempre que pensava ficar triste eu lembrava daquela boca na minha, lembrava daquele beijo e toda tristeza ia embora, algum tempo depois, eu achava que o que a gente teve seria só uma coisa que acontece em festa e acaba ali, mas depois de um tempo começamos a nos corresponder  e ele pediu para me encontrar, eu fui, depois nos encontramos de novo, na praça perto da escola e eu fui, e foi assim por 6 meses, fazendo sol ou chuva a gente se encontrava, ate que um belo dia ele me pediu em namoro, eu gelei, e dessa vez demorei para responder, mas respondi que sim, não por impulso, mas por realmente sentir, eu estava apaixonada por ele e ele já tinha dito que era apaixonado por mim, eu decidir arriscar, sabe quando você decidi fazer uma aposta mas não aposta todas as fichas? Eu fiz isso neste relacionamento, com muita relutância meus pais aceitaram esta namoro, com 3 meses de namoro oficializados eu trai.

Me julguem eu sei como fui burra, eu estava apaixonada mas tinha um menino muito quieto na minha escola, nessa época eu já era espevitada, já era o barulho da escola, eu já era considerada popular, quando comecei a namorar eu me mudei totalmente, tinha deixado de ser introvertida, eu não gostava de pessoas quietas, me fazia lembrar que era infeliz quando guardava tudo para mim, tentei mudar ele, a maioria das pessoas sempre foram influenciáveis para mim, eu falava algo com meu jeito de doce e usava minha cara de criança e todos faziam o que eu queria mesmo que fosse algo bem ruim, eu já tinha aprendido a ser dissimulada no segundo ano do ensino médio.

Aprendi que se eu queria, era só me fingir ser frágil que eu conseguia.