capítulo 1

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Capítulo 1

Louco por você...

Me chamo Jennifer Couto tenho 17 anos, moro em Fortaleza-CE desde os 7 anos de idade. Minha mãe se chama Helena Couto, morávamos em BH, lá minha mãe conheceu meu pai, o Carlos, ele era viciado em cocaína, tentou abusar de mim e então minha mãe me pegou e fugiu de lá comigo e viemos morar aqui em Fortaleza-CE, sou como dizem uma falsa-magra, cintura fina seios fartos, bumbum redondinho cabelos negros, longos e liso, tenho os olhos da minha mãe, cor de mel. Estudo e estou pra acabar o ensino médio este ano, depois da escola vou para a barraca da minha mãe na praia. Moramos em uma casa simples, alugada, 2 quartos, sala, cozinha e banheiro, próximo a praia do Cumbuco Beach, uns 15 minutos andando. Minha mãe tem a licença de uma barraca lá, assim ela me criou aqui, vendendo água de côco, água, bauru, refrigerante e sucos. Ganhamos juntas o suficiente para nos manter com o básico, não temos nenhum luxo. Quando eu chego da escola tomo banho, passo protetor solar, coloco meu boné, uma bermuda e uma camiseta, esquento nosso almoço e levo para a barraca, almoçamos na praia mesmo. Depois do almoço minha mãe fica na barraca e eu saio com a caixa de isopor, tiracolo, vendendo para os banhistas.

Como de costume, segui a mesma rotina hoje, enchi o isopor pra sair oferecendo para os banhistas, coloquei tiracolo e falei:

- Benção mãe?

- Deus te abençoe filha.

Olhei para trás e mandei um beijinho pra ela, minha mãe era linda, nunca a vi com nenhum homem depois de meu pai...

Andei muito para vender  tudo o que tinha no isopor e quando tava quase no fim, com apenas 2 garrafas de água, para então voltar a barraca, repor,  e continuar vendendo, me perdi em meus pensamentos, caminhando pela areia, olhando pro mar e pensando no meu futuro, estava acabando o ensino médio, pretendia entrar na faculdade e fazer medicina, dar uma vida melhor pra minha mãe, quando esbarrei sem querer em alguém. fiquei pedindo desculpas, desculpas e ao olhar para o rosto da pessoa eu fiquei simplesmente deslumbrada com tanta beleza, um homem de mais ou menos 1,75 branco olhos azuis da cor do mar, sorriso mais que perfeito me segurando com aqueles braços fortes, corpo escultural, e me falou que estava tudo bem.

- Oh Deus, me desculpe moço. (Falei envergonhada ficando corada).

- Oh não se preocupe, não foi nada. (ele respondeu sorrindo).

- Posso te fazer uma pergunta? (Ele falou enquanto ainda me tinha em seus braços ).

- Pode. (respondi seca, me soltando dos seus braços)

- Você é solteira? ( Me perguntou com um sorrisinho lindo levantando a sobrancelha).

- Ora moço, não tenho tempo para paqueras. (Respondi com pressa virando as costas e andando).

- Espere mocinha. ( Ele falou e senti ele segurar meu braço novamente).

- Ora moço, faça mil favor, estou trabalhando, não tenho tempo pra bater papo, o senhor que já deve estar com a vida ganha né, eu não, eu ainda tenho muito que trabalhar ainda, então, por favor, solte-me.

- Hum... Então você, trabalha aqui, na praia? (Disse pausadamente cada palavra). Bom... Oque vc ainda tem aí ?

- Me sobraram apenas essas duas águas. ( Respondi rapidamente).

- Ótimo, quero as duas então. (Falou com um sorriso).

- Aqui está.(entreguei as garrafas na sua mão e senti as pontas dos seus dedos tocarem a minha mão de leve).

- Muito obrigada mocinha. (retirou uma nota de cinquenta reais da sua carteira e me entregou) .

- Eu que te agradeço, mas não tem uma nota  menor não? Digo, porque facilita pra mim não ficar sem troco depois. Aqui eu tenho que tirar sete reais.

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