capítulo 2

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Capítulo 2

Jennifer

Depois de ficar o restante do dia pensando naquele homem, fui tomar um banho, deixei a água escorrer pelo meu pescoço, meus cabelos, pensando em cada instante  com aquele homem que eu nem sequer sabia o nome, peguei a toalha e fui para meu quarto, procurei uma  roupa no armário, coloquei um vestido branco de crochê que minha mãe havia feito pra mim, ficava perfeito no meu corpo, marcava minha cintura e vinha até o meio da coxa, calcei minhas havaianas branca, peenteei o cabelo, coloquei um brinco pequeno de pérola, passei hidratante no meu corpo e sai do quarto, indo até a cozinha onde estava minha mãe cozinhando e falei:

- Quer ajuda mãe? (Falei segurando sua cintura).

- Não precisa filha, estou acabando aqui falta apenas fritar as batatas.

virou-se para mim e falou:

-  19:30 hein filha, já vai caminhar pela praia né?( Perguntou passando a mão sobre meus cabelos molhados).

-  Sim mãe, como todos os dias eu vou andar pela areia da praia e relaxar. ( Respondi sorrindo dando um beijo no seu rosto).

- Cuidado não demora, e vá com Deus filha.

- Amém mãe.

Andei até a praia sentei na areia e vi que tinha uns casais de namorados, levantei e saí caminhando com a havaianas na mão a lua estava maravilhosa, o vento com o cheiro da maresia soprava no meu rosto, meus cabelos balançavam ao vento, quando vi que estava distante das outras pessoas, me sentei na areia e deixei as ondas tocarem os meus pés, fiquei observando as ondas, quando escutei uma voz falar :

- Só pode ser obra do destino, encontrar com você aqui, mais uma vez.

Escutei aquela voz e reconheci, meu coração disparou, sentia um frio na barriga, não sabia como reagir, então eu continuei sentada olhando as ondas, como se não tivesse ouvido nada.

Ele se aproximou e parou do meu lado e falou :

- Posso sentar ao seu lado? ( perguntou olhando para mim).

- A praia é pública, não precisa da minha permissão para sentar aqui. ( Respondi, e comecei a falar pra mim mesma em pensamento, para de ser burra, assim ele vai embora Jennifer, você não pensa).

- Então, o que faz uma moça tão linda sozinha a noite? (perguntou olhando nos meus olhos).

- Venho todas as noites, gosto de ficar admirando o mar a noite, ele fica mais bonito.

- Concordo com você. Você me deve duas respostas lembra? (Me falou sorrindo com um sorriso encantador).

- Eu ? ( Respondi, desviando do seu olhar e olhando para o mar).

- Você não me respondeu se era solteira, e também não me falou seu nome. (Enquanto falava ele riscava o chão com as pontas dos dedos, cabisbaixo, estava lindo de bermuda tactel azul e uma camiseta regata branca, não era roupas comuns, parecia ser bem caras).

- Bom, eu estava com pressa, me desculpe.(Falei olhando para seu rosto admirando tamanha beleza e antes que ele levantasse o seu rosto e voltei a olhar para o mar).

- Meu nome é Jennifer, e sim sou solteira.

- Jennifer, lindo nome, combina com você, não dá pra acreditar que uma jovem tão linda seja solteira. Sorte a minha. Sei que não me perguntou, mas, me chamo Henrique, e é um prazer te conhecer Jennifer. (Respondeu com um sorriso).

- Hum… é um prazer conhecê-lo, Henrique, vejo que é insistente, às vezes nem eu aguento minhas patadas ( falei sorrindo timidamente).

- Você é ainda mais linda sorrindo Jennifer. ( me falou segurando meu queixo prestes a me beijar, fiquei gelada, com o coração acelerado, e virei meu rosto para frente ).

- Me desculpe mas é difícil me controlar diante de tanta beleza.( Falou olhando para o mar).

Fiquei pensando comigo mesma, porque não o beijou, você queria, agora vai se lamentar por isso.

Levantei e peguei minhas havaianas e falei:

- Bom, tenho que ir, foi um prazer conhecê-lo senhor Henrique. ( Falei me despedindo).

- Mas já está indo, eu a levo até sua casa.

- Não é necessário, moro aqui perto, então vou andando mesmo, boa noite. ( Sai andando percebi que ele levantou e veio atrás de mim).

- Então pequena Jennifer, quantos anos tem ?( Perguntou enquanto caminhávamos pela areia).

- Tenho 17 anos e você?

- Já tive sua idade há 14 anos.( falou rindo) Hoje tenho 31.

- Não parece. (respondi andando na frente dele).

- Muita gentileza sua, queria muito te pedir uma coisa. ( Falou ficando lado a lado comigo).Poderia me passar seu telefone ?

- Não sei se é uma boa idéia, não te conheço ainda.

- Mas irá conhecer, te ligo para marcarmos de sair, e conversar melhor.

- Você é insistente mesmo Henrique. ( parei e me virei de frente para ele ).

- Ok, então anota aí (85)988…. (Passei o numero para ele)

e falei:

- Agora tenho que ir embora .

- Telefone salvo, espero que não seja número errado pra se livrar de mim.( ele falou sorrindo).

-Não, não, esse é meu número mesmo.( respondi sorrindo).

Quando senti ele me segurar pela cintura, me tomando em seus braços fortes olhando nos meus olhos, com uma mão na minha cintura me prendendo ao seu corpo e a outra segurando meu rosto com o polegar me acariciando suavemente, neste momento eu me rendi a ele, não falei nada, apenas fechei os olhos e senti aquele momento, ele então passou os dedos tocando meus lábios suavemente e me beijou em seguida. Um beijo intenso, ele me prendia em seus braços, colando em seu corpo eu pude sentir seu volume na bermuda encostando em mim. Senti meu corpo queimando completamente, nunca tive uma sensação assim, e era bom, dei um passo para trás me livrando de suas mãos, gostando de tudo, mas precisava ir. Então mordi meu lábio inferior e falei ofegante :

- Preciso ir embora. ( Falei virando as costas para ele deixando ali parado na praia).

- Menina você me deixa louco. ( Ele gritou enquanto eu me distanciava mais dele).

Apenas olhei para trás e sorri.

Chegando em casa minha mãe me esperava, sentada no sofá assistindo o jornal falou :

- Chegou filha?

- Sim mãe, vamos jantar estou com fome.

- Sim vamos que já já começa a novela das 21:00.

Jantamos assistindo TV, depois da novela escovamos os dentes e fomos para a cama dormir pois no outro dia começava tudo de novo, acordar ir pra escola e ir para a praia trabalhar .

Deitei em minha cama segurando meu urso, pensando naquele momento mágico, que acabei de ter, olhava o celular, esperando uma mensagem ou ligação, e adormeci.

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