Passado

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Votem e comentem,
desculpem qualquer erro

Seung Hyun POV

Acordo com a claridade que invade o meu quarto, mas algo estava errado, e não era só o cansaso maior que o normal que senti ao acordar, mas sim algo a mais que estava no quarto, não sei explicar o que é. Até que, sinto um ligeiro peso nos pés, e quando olho vejo Jiyong encolhido e a dormir aos meus pés. Ao início assustei-me mas depois, reparei que ele não estava muito bem, ele estava pálido e tremia, então fui ver a temperatura e ele estáva a ferver. Por que é que ele tinha que passar a noite ao frio enquanto tinha a cama quentinha dele?

"Jiyong, acorda... Jiyong..." falava enquanto o abanava ligeiramente para o acordar, e ele murmura algo que eu não entendi.

"Jiyong, porque é vieste para a minha cama?"

"Desculpa hyung... não gosto de me sentir sozinho." disse meio rouco.

"Pelo menos acordavas-me, eu deixava-te dormir aqui, ok?" ele assentiu "Passaste a noite toda ai ao frio... Sabes que podes ficar doente não?... Sentes alguma coisa?"

"D-dói!"

"O que é que te dói, Jiyong?"

"Tudo."

"Anda, vamos levantar, isso pode ser só uma coisa passageira." falava enquanto o ajudava a levantar-se.

Jiyong POV

Eu nunca tinha ficado doente em toda a minha vida, afinal no laboratório, era quase impossível de eu adoecer, mas agora que estou doente é horrível... todo o meu corpo doía, e parecia que não iria parar tão cedo. Quando finalmente me consegui levantar, tive uma tontura desgraçada o que me fez perder todo o equilíbrio, ainda bem que Seung Hyun me estava a segurar, senão eu tinhadado com a cara no chão.

"Jiyong, tu não estás nada bem... anda lá, vamos comer qualquer coisa, vamos nos vestir e depois vamos ao hospital, ok?"

"NÃO! Não me leves lá, por favor!" falei soltando-me dos braços de Seung Hyun, mas logo me arrependi pois mal me largou, dei de cara com o chão.

"Jiyong, já chega... tu não vais à polícia para eles prenderam as pessoas que te estão a ameaçar, agora não queres ir ao hospital... eu entendo que estejas com medo, mas tens de me contar o que se passa para eu te poder ajudar."

"Eu não pos-"

"Confia em mim." ele interrompeu-me.

"E posso?"

"Eu quero ajudar-te, Jiyong. Confia em mim."

"Ok..."

Flashback ON

Era mais um dia normal na minha vida, pelo menos era o que eu pensava. Nesse dia, acordei numa cela diferente da que eu dividia com os meus pais, eu nada estranhei visto não ser a primeira vez, mas algo me dizia que naquele dia tudo mudaria.

Nesse dia depois da minha sessão de tratamento como eles lhe chamam, mas o verdadeiro nome daquilo é tortura, um dos ciêntistas do laboratório deu-me algo que eu não me lembro o que é, só me lembro de desmaiar e que quando acordei, estava amarrado numa cadeira e os meus pais estavam acorrentados bem na minha frente. Eles estavam cobertos de sangue, e mal respiravam, mas eu sentia que eles ainda estavam vivos e... a sofrer.

"Appa, Omma, vocês estão bem?"

"Não te preocupes connosco Ji, nós vamos ficar bem." disse o meu Appa, dando o sorriso, mas eu vi através dos seus olhos que ele não estava bem.

Nós vamos ficar bem?! ONDE CARALHOS É QUE ELES VÃO FICAR BEM? Eles estávam prestes a morrer e ainda diziam que estávam bem? Eu sei que eles sempre faziam isso para me transmitirem tranquilidade quando eu era pequeno... mas não tinham de o fazer agora. EU CONSEGUIA VER QUE ELES NÃO ESTAVAM BÉM!

"O-omma, A-appa..." eu falava enquanto chorava baixinho, eu detestava vê-los sentir dor. Não era justo. Quando dou por mim, só consigo ver dois homem a entrar na cela onde estávamos, com uma faca em cada mão e começaram a esfaquear os meus pais bem na minha frente. "PAREM, PAREM OUVIRAM?! NÃO LHES FAÇAM MAL, FAÇAM-ME A MIM! EU É QUE DEVO SOFRER! EU É QUE SOU A ABERRAÇÃO DAQUI! SOLTEM-NOS!" Eu chorava e não parava, e a última coisa que me lembro foi de ouvir os meus pais sussurrarem-me "Nós amamos-te muito Ji, e sempre amaremos!" e depois o som de tiros preencheu a cela, fazendo os meus pais cairem mortos no chão. Após aquela cena horrível de tortura terminar, eu senti uma enorme pancada na cabeça fazendo-me apagar.

Flashback OFF•

"...acordei com o barulho da sirene. O laboratório estava todo às escuras com uma luz vermelha a piscar. Deve ter avido uma falha na segurança e nesse mesmo instante fugi, não sei como mas consegui fugir. Vaguei 3 dias pelas ruas à procura de alguém para me ajudar, mas todas as pessoas me olham com despreso fazendo-me sentir uma aberração como no laboratório onde vivi por 19 anos, onde sofri como nunca ninguém sofreu... eu apenas te encontrei a ti, o único que no meio de muitos me ajudou e me faz sentir seguro... e se eu for à polícia ou ao hospital, é muito mais fácil deles me encontrarem, apanharem e voltarem prender-me... e-eu não q-quero v-voltar, hyung. N-não os deixes levarem-me!" eu chorava, chorava e chorava... E Seung Hyun apenas me abraçava fortemente, trasendo-me a cada segundo mais perto dele, e precionando os nossos corpos um contra o outro. Eu sentia-me seguro nos braços dele.

"Não te preocupes, eu não vou deixar que nada te aconteça!" falou num tom tão calmo que me lembro um pouco a minha Omma, ela era sempre tão calma. Isso fez-me sorrir ligeiramente, abraçando Seung Hyun pousando a minha cabeça apoiada no seu ombro direito e no pescoço, inalando o seu cheiro, que de certa forma me lembrava o meu Appa. Foi ai que me senti em casa novamente.

Seung Hyun POV

Jiyong chorava baixinho no meu ombro e chamava pela sua Omma e Appa. Eu não acredito que alguém consegue fazer algo tão terrivel e desumano como o que fizeram com ele e a sua família, e eu com certeza não ia deixar esse alguém sair em pune com isso! Agora que a sua respiração já estabilizou e ele ronronava ligeiramente, eu julgava ele estar a dormir, até que...

"Hyung, tenho fome..."

"Anda comigo, vamos preparar algo para tu comeres ok?" e ele assentiu, ainda com a cabeça enterrada no meu pescoço, e como ele não saia do meu colo, tive que o carregar naquela posição até à cozinha.

Apenas aqueci um copo de leite para ele e peguei na embalagem de cookies, o que brutou um sorriso no seu rosto quando me viu pegar nelas e entregar-lhas. Mas o sorriso não durou muito tempo.

"Hyung..." ele falou com a cabeça baixa e fazendo-me despertar dos meus pensamentos "Podemos nunca mais falar dos meus pais, por favor?"

"Claro, como preferires." e sorri para ele "Ainda tens dores?" ele assentiu "Espera aqui..."

Dirigi-me para a sala e peguei no meu telemóvel, digitando o número de Daesung, que em menos de 2 toques me atendeu.

"Que surpresa hyung, faz tempo que não nos falamos, o que se passa?"

"Dae, tu estudas medicina felina certo?"

"Bem, mais o menos, essa é umas das matérias que estudo..."

"Mas sabes alguma coisa de medicida felina?"

"Sim, claro!"

"Ótimo, eu preciso de ti urgentemente, trás uma mala com coisas que aches necessárias para fazer uma exame completo num gato, e vem logo para minha casa, ok?"

"Ok, estou ai em meia hora."

"Obrigado, Dae." falo, desligando o telemóvel, voltando para a cozinha.

"Não te preocupes Jiyong, daqui a pouco a dor já vai passar."

My Little HybridOnde histórias criam vida. Descubra agora