CAPÍTULO N° 6

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Como é que eu ia dizer à Amanda que o pai morreu? não vou ser capaz. Pode não parecer, mas ela é frágil.
Sai do Hospital, entrei no carro, pus o cinto da segurança, sempre a pensar com havia de lhe dizer.
Antes entrar em casa benzi-me.

"Espero que corra tudo bem." eu disse para mim próprio baixinho.

Entrei, dirigi-me ao quarto, fui até à minha cama.

"Amanda... por favor diz-me que vais ser forte. Tens que ser forte daqui para a frente."

Ela abriu os olhos e uma lágrima escorreu pela sua cara.

"E-ele.... E-ele..."

"Princesa, vais ter de ser forte, por favor, faz isto por mim." ao dizer estas palavras ela deu-me um abraço e um beijo na bochecha, levantou-se, foi até à casa de banho e vestiu a roupa dela.

"Vou para casa." a casa dela ficava longe demais para ela ir sozinha a pé.

"Não eu levo-te, a tua casa fica muito longe daqui. Escusas de tentar convenser-me, eu não te deixo sair daqui." eu estava a tentar ser autoritário, mas acho que fui bruto com ela.

"Então vamos embora."

Agarrei nas chaves do carro, abri a porta de casa e saímos.                                                                       A viagem até a casa da Amanda foi silenciosa e pareceu uma eternidade.                                             Quando chegamos, ela saiu rapidamente do carro.

"Não precisas de sair, boa noite." parecia fria, mas eu achei normal.

Pov. Amanda

Entrei dentro de casa, vesti logo o pijama e fui para a sala, liguei a televisão e tive a noite toda acordada. Não conseguia dormir. Sentia-me culpada por não estar com a minha mãe num dia tão importante para nós.

Já era domingo e era o dia do feneral do meu pai. Eu não conseguia ir.                                                 Comi o pequeno-almoço e não tinha vontade de sair de casa. Queria ficar o dia todo de pijam em casa a ver televisão.

Pov. Zayn

Já eram 2:00 da tarde e faltava meia hora para o feneral do pai da Amanda. Eu fui-me vestir, calçar e pus-me a caminho.                                                                                                                                           Quando lá cheguei, só vi a Marian e fui dar-lhe um beijinho e umas palavras de consolação.

"A minha filha não veio contigo Zayn?" ela perguntou-me isto e vi preocupação nos ollhos dela.

"Não, pensei que viesse consigo..." se calhar estava tão desvastada que não conseguio sair de casa "Quer que eu lhe ligue?" podia ajudar.

"Sim por favor, quero saber o que se passa com ela" 

Imediatamente, eu liguei para a Amanda. Demorou a atender, mas atendeu.

"Sim, Amanda. Estou ao pé da tua mãe e ela queria saber porque não vens ao feneral do teu pai."

"Zayn... e-eu não consigo, n-não consigo sair de casa. P-pede d-desculpa à minha mãe por mim. M-mas diz-lhe que eu também l-lamento o que se p-passou e q-que não estou nada b-bem. E-eu queria muito estar aí, mas a verdade é que n-não consigo..." eu senti a voz dela a tremer pelo telemóvel, ela não estava bem.

"Tenho a certeza que a tua mãe vai compriender. Descansa e sê forte princesa."

"V-vou t-tentar..." ela estava mesmo muito mal.

Eu desliguei o telemóvel, e disse à Marian tudo o que a Amanda me tinha dito. Ela compreendeu e achou que tudo o que a filha estava a sentir era normal.                                                                             O feneral passou rapidamente, mas foi muito deprimente. Toda a gente estava a chorar pela perda de Carlos. A Marian disse que naquele momento o apoio dela era eu e agradeceu-me várias vezes durante o feneral.

Desculpem, por este e o outro capitulo eu sei que havia gente que não queria que Carlos, o pai de Amanda morresse, mas esta fic tinha que ter ação se não durante todas as semanas era a mesma rotina e isso não seria uma fic fixe.

Dark // n.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora