CAPÍTULO N° 17

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Não conhecia bem aquela parte da cidade. Só sabia que havia um parque que se situava ali perto.
No final da rua, onde o Niall morava, não sabia se devia de virar para a direita ou para a esquerda. Vi uma mulher e decidi perguntar-lhe por onde é que eu devia de ir, para ir para o parque.

"Boa tarde, podía dizer para que lado fica o parque?"

"I’m sorry. I don’t understand" a mulher era portuguesa e a minha mãe também, e eu sabia falar.

"Hello, how is the park?" assim notei que estou um pouco enferrojada no português, mas acho que ela entendeu.

"For there" ela apontou para a direita.

"Thanks"

"Welcome" achei que ela era muito simpática. Podia ter-me ignorado por não perceber o que eu estava a dizer, mas não.

Fui por onde a mulher me disse e voltei a ficar perdida. Já não sabia se devia ir pela frente, pela direita ou pela esquerda.

Estavam uns rapazes ao pé de um café que estava fachado. Não queria perguntar-lhes nada, pois eu tinha medo que me fizessem mal. O Niall já me tinha avisado que à gente perigosa nestas ruas. Pensando melhor nem devia de ter vindo sozinha.

Continuei a andar pelo passeio e encustei-me à parede de um prédio.

Apareceu um rapaz alto, mais alto do que eu, era lindo, tinha o cabelo aos caracóis, olhos verdes e estava vestido com uma t-shirt branca, umas calças pretas rasgadas no joelho e umas All Stars brancas, também tinha algumas tatuagens.
Como ele estava sozinho pensei em perguntar-lhe para onde é que eu devia virar, para ir para o parque. Aproximei-me.

"Olá, podias dizer para que lado fica o parque?"

"Desculpa? Eu conheço-te?" reparei que os outros rapazes começaram a olhar para nós e estavam a rir-se.

"Provavelmente não, mas eu queria saber para onde fica o parque"

"Querias, porquê agora já não queres?"

"Podes dizer-me ou não?" que chato, o que é que lhe custa dizer-me onde fica o parque?

"Eu levo-te lá"

"Não é preciso. Diz-me só onde fica" ele encostou os nossos corpos e eu fiquei entalada entre ele e a parede.

"Estás a dar-me ordens, boneca?"

"Não, eu só quero saber onde fica o parque, podes afastar-te, por favor?"

"Estás assustada?" depois ele pôs a mão no meu rabo e apertou-o ligeiramente.

"Não, não estou, e eu tenho namorado" dei-lhe uma joelhada na parte sensível dele e comecei a correr.

Ele ainda ficou um pouco a queixar-se encostado à parede, mas rapidamente começou a correr atrás de mim. Enquanto eu estava a correr comecei a mandar uma mensagem para o Niall.

"Extou eim apouros, aiuda-me" como estava a correr ficou tudo mal escrito "Eistou num barro perto da tuia caja"

Quando lhe enviei a mensagem arrumei o telemóvel e reparei que estava num beco sem saída.
O rapaz estava atrás de mim. Eu rapidamente comecei a tentar trepar o muro.

"Não vais conseguir, boneca. Já muitos rapazes e raparigas tentaram e não conseguiram"

"E depois? Prefiro cair daqui, do que, tu me tocares" saltei e fui parar mesmo à frente dele.

Pov. Niall

Eu não queria acreditar no que estava a ver. Uma mensagem da Amanda a dizer que estava em apuros.

"Bolas Amanda, eu avisei-te tanta vez" estava a falar sozinho, mas estava super preocupado.

Agarrei nas chaves do carro, vesti o casaco e fui para a garagem. Entrei dentro do carro, pus o cinto e arranquei. Tinha de ir rápido, mas não podia abusar.

"Em qual dos bairros é que ela deve estar?" encostei o carro, sai e fui ter com uma mulher que estava junto a uma papelaria.

"Podia dizer-me se viu esta rapariga?" mostrei-lhe uma foto da Amanda que tinha no meu telemovel.

"I’m sorry. I don’t understand" tinha mesmo de ser portuguesa?

Comecei a falar com a mulher por gestos, até que ela percebeu e apontou para a direita.

"Thanks" é a única coisa que sei dizer em Português.

"Welcome" ela deve ter dito ’de nada’.

Voltei a entrar dentro do carro e segui por onde a mulher me indicou.

Pov. Amanda

Ele começou a aproximar-se de mim e eu estava sempre a recuar.

"Tu podes tornar isto mais fácil... deixas-me sair daqui, ir para casa ter com o meu namorado, eu não faço queixa de ti e não lhe digo nada sobre o que se está a passar" ele fez um sorriso preverso e olhou-me de alto a baixo. Como se me estivesse a comer com os olhos.

"Tu também podes tornar isto mais fácil. Deixas-me fazer o que eu quero, estás quieta e calada, fazes o que eu mando e depois podes ir ter com o teu estúpido namorado, mas, claro, sem lhe dizeres nada, por que se não..."

"Se não o quê? vais lhe dar porrada?"

"Se não..." nessa altura ele agarrou-me pelas pernas, para cima, ficaram à volta da sua cintura.

"Larga-me..." ele começou a pôr as mãos dele no meu rabo e depois tirou a sua camisola.

Ele tinha uma grande borboleta tatuada no peito e estava cheio de abdominais, mas não deixava de ser nojento.

Pov. Niall

Voltei a encostar o carro ao pé de um café que estava fechado, e ao lado estavam bue gajos que eu conhecia.

"Então puto? o que é que fazes por estas bandas? Precisas de..." Não deixei o Marcus acabar de falar.

"Olá puto. Não eu já não preciso mais disso. Estou aqui porque preciso de saber se viram a Amanda, a minha namorada" mostrei-lhes a foto e eles ficaram com cara de enterro "O que foi? Viram-na?"

"Pois meu, temos más notícias... O Styles apanhou-a e foram para o beco, já foram à algum tempo"

"Estás a gozar só pode... Aquele gajo está morto..."

Fui a correr para o beco, fui a pé, e ainda ía demorar, no mínimo 10 minutos.

Pov. Amanda

Ele estava prestes a violar-me e se calhar o Niall não tinha visto a minha mensagem.

"Boneca, não vai doer, a menos que sejas virgem, mas não tens cara disso" encostou-me à parede e começou a abrir o botão das calças dele.

Comecei a dar-lhe murros no peito, mas estava sem forças. A primeira vez que ia ter prazer a fazer isto, era assim, a ser violada?

Pov. Niall

Eu corria o mais que eu podia, mas tinha a sensação de que não era suficiente.

Eu sei que é esquisito. E que em muitas fic’s isto acontece, mas tinha de haver ação. Espero que gostem.

Dark // n.h.Onde histórias criam vida. Descubra agora