VOCÊ parecia tão frágil, Jisung.
A luz fraca do sol batia contra seu pescoço coberto pelas marcas dos meus beijos, seus cabelos bagunçados caiam sobre seu rosto e a forma como meu peito batia só de poder olhar para você, me fizeram questionar se eu merecia estar ao seu lado.
Beijei as pintinhas de suas bochechas gordinhas após decorar cada detalhe seu até te ouvir gemer manhoso antes de abrir os olhos para me encarar.
— Desculpa te acordar assim — Falei quando coloquei seus fios de cabelos teimosos para trás de sua orelha, me lembrando de quando os apertei com força na noite anterior — Eu só queria dizer que comprei umas coisas para o café, mas não sabia se você tomava, então... — Seus olhos inquietos eram quase como uma incógnita para mim. Talvez pelo medo que eu estava acumulando por querer que as coisas fossem daquele jeito para sempre — Sabe, se quiser descer...
Me levantei lentamente e caminhei até a cozinha. Eu sabia que era como se você ainda estivesse tentando se acostumar com a minha presença, mas por um momento senti como se estivesse surpreso por eu ainda estar ali.
Mexi nas sacolas e tirei algumas das poucas coisas que tinha comprado, na intenção de me distrair um pouco, por isso, só percebi que você estava no mesmo cômodo que eu quando seus braços circularam em minha cintura.
— Obrigado — Você sussurrou ao encostar a cabeça nas minhas costas nuas, como uma criança que acaba de ser amparada por alguém. O que me intrigou muito. Mas quando você se afastou e procurou algo interessante para comer, considerei que era melhor ignorar tais ações.
— Quer que eu ponha o café para você? — Perguntei ao me virar para abrir o armário, pensando que estivesse repleto de porcelanas. No entanto, encontrei várias caixas de cigarro e alguns pacotes de besteiras industrializadas.
— Não gosto de café — Você respondeu ao abrir a porta da geladeira para procurar algo que pudesse beber. E eu fiquei ainda mais preocupado quando notei as milhares de garrafas e latinhas de energético, como as que você bebericou de leve antes de voltar a se sentar.
Senti como se estivesse te observando morrer aos poucos, porque claramente você sabia que nada daquilo era bom, mas talvez não conseguisse evitar.
Você dependia daquilo para viver.
E eu não gostei de saber disso.
— Se quiser eu posso ir a algum mercado aqui perto comprar algo para comermos mais tarde... — Perguntei mexendo nas mechas teimosas de seu cabelo, tentando não demonstrar minha preocupação por ver você bebendo álcool pela manhã e ainda mais de barriga vazia.
Um sorriso surgiu no seu rosto quando me olhou, mas antes que eu pudesse receber uma resposta, seu celular começou a tocar no quarto.
Você se levantou rapidamente, como se estivesse assustado por aquilo.
E eu tinha conseguido ouvir sua voz de outro cômodo até mesmo quando fui para a sala.
Era nítida a sua irritação com a conversa que estava tendo pelo telefone, já que você gritava ao xingar e batia na parede algumas vezes ao longo dos minutos que se passaram até a ligação ser encerrada.
Eu te vi sair do quarto e ir até mim a passos lentos. Seu olhar perdido denunciou como estava se sentindo antes de você se sentar no meu colo e encostar a cabeça em meu ombro.
— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei ao selar meus lábios na pele macia do seu pescoço.
— Podemos ficar assim por mais algum tempo? — Você perguntou ao abraçar meu pescoço, com o tom de voz triste, como se quisesse chorar. No entanto, apenas levantou o olhar e tocou a minha bochecha antes de iniciar um beijo lento.
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REPUTATION, minsung
Fanfictionconcluído ☑ | e eu seria capaz de tudo por você, porque estou perante ao meu chamado para o inferno. A obsessão de Lee Minho não era de todo o mal. No entanto, quando os rumores envolvendo Han Jisung sobre um provável namoro com uma idol se tornaram...