1997

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                                           Detroit - Michigan 

O cheiro de cerveja velha e cigarros baratos impregnavam o ambiente, suas roupas, e sua mente. Era o cheiro de derrota e do fracasso os quais ele estava acostumado a muito tempo. Ele levanta a mão e faz sinal com os dedos para o barman. Mais uma rodada.

- Thomas, são dez da manhã. - Aponta o barman preocupado.

- E qual é o problema? São dez da noite em algum lugar, qual a diferença? O barman não discute e se afasta para buscar a bebida.

Um envelope de papel pardo bate com força em cima do balcão ao seu lado assustando-o. 

- Detetive Thomas?

- Vai se ferrar. - Não estava afim de papo. Nunca esteve. 

-Não obrigado, dispenso a viagem. Alias... - ela o olha de cima a baixo - Parece que o ferrado aqui é você.

Ele ergue os olhos de seu copo e fita os olhos azuis da mulher.

- Quem é você e o que quer?

-Quero que encontre uma pessoa.

-Se está querendo saber se seu marido está comendo outra, está falando com a pessoa errada.

Ela já estava preparada para esse tipo de ataque, sabia com quem estava lidando. 

- Quero que encontre essa garota. - Ela tira do envelope uma foto em preto e branco de uma mulher jovem de longos cabelos escuros. A imagem era um pouco granulada, mas era possível ver que ela estava num telefone público.

- Ela está desaparecida a mais de dois anos.

- Sou da divisão de homicídios, não detetive particular. - Pelo menos eu ainda acho que sou - ele pensou.

-Considere como um extra com adicional de vinte mil. - ela disse com um sorriso cínico. 
Hum... O dinheiro viria a calhar...

- Qual o nome da garota - ele aponta para as fotos.

- Alice Holt.

          ●     FIM DA PARTE I

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Então?  O que acharam?
Deixe seu comentário  em breve sairá  a parte II
OBRIGADA!

Alice e os Sinais da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora