NOVEMBRO DE 2011.
Era uma manhã maravilhosa de primavera.
Alvaro preparava o café da manhã antes de levar Susan para a escola e somente depois ir dormir para descansar de um plantão policial estressante.
- O café está pronto!- Gritou.
Um barulho de alguém descendo as escadas do andar de cima. Susan apareceu segurando a mochila e dando um beijo em seu pai sentou-se à mesa.
- Hum! Que cheiro bom pai!
- Sorte sua eu saber cozinhar.
- Como foi no trabalho?
- Tirando uma briga de gangues foi normal.
- Que bom, espero que volte todo dia pra casa.
- Claro, seu pai é osso duro de roer, você sabe!
Alvaro adoçava sua xícara de café quando perguntou:
- Então, acha que passa de ano?
- Claro! - Respondeu mastigando uma torrada.- O único problema é aquele trabalho de história. Ainda não consegui fazer e preciso entregar no máximo até amanhã.
- Mas você é ótima em redação!
- Sim, mas a redação é sobre nossa genealogia. A professora quer que escrevamos sobre algum antepassado nosso e apresente um objeto pessoal dele.
- Leva alguma coisa da sua avó.
- Tem que ser de alguém mais distante, bisavô ou tataravô.
- Que coisa!
- Eu sei, mas é um trabalho justificável, tivemos seis meses para pesquisar.
- Então você foi bem negligente! Já pensou em alguém?
Susan tomava o resto do seu café.
- Estive fazendo umas pesquisas do meu bisavô Tom McGregory. Lembra que a vovó Vick falava muito dele antes de ter Alzheimer?
- Ah sei, aquele cientista que ficou famoso na década de 50 e depois provaram que ele estava louco?
- É a redação está pronta por que achei bastante coisa na internet, mas sem o objeto fico com meia nota.
Alvaro limpava a boca com um guardanapo.
- Já olhou as coisas de sua avó?
- Já, mas aquele baú só tem os brinquedos antigos dela e algumas roupas.
- Tente de novo. Essa casa era dela então é bem provável que você ache alguma coisa no sótão, pois ninguém mexeu mais lá depois que ela foi para o asilo.
- É, pode ser. Não revirei muito bem, por que está cheio de aranha e eu morro de medo delas.
- Já terminou?
- Sim.
- Então aproveita procurar mais um pouco até que eu tomo um banho para te levar para a escola.
- Tá, ok pai.
Susan ficou pensativa por uns instantes e subiu as escadas. Já podia ouvir o chuveiro ligando, passou pelo seu quarto e subiu a escada que levava até o sótão.
O sótão era um pouco menor que seu quarto e tinha uma pequena janela que iluminava melhor no canto. O baú estava numa prateleira do lado da janela, mas Susan não quis revirá-lo novamente. Então resolveu revirar nas caixas de roupas de sua avó debaixo da prateleira. Sem querer bateu a cabeça na prateleira fazendo o baú cair no chão espalhando todos os brinquedos que havia dentro.
- Ai maldição!
Um tanto irritada começou ajuntar os brinquedos de volta quando percebeu que havia algo dentro do fundo do baú. Percebeu também que uma lasca havia se desprendido. Curiosa balançou o baú fazendo o objeto misterioso sair por aquela entrada de um suposto fundo falso e então percebeu uma espécie de caderno aparecer e com facilidade retirou o caderno.
Era um caderno com cerca de quatorze centímetros de largura por vinte centímetros de comprimento, bem grosso. Talvez tivesse umas trezentas páginas. Sua capa era de um couro marrom envelhecido e para abrir tinha uma tala com uma trava de botão.
Susan abriu e começou a folheá-lo e então percebeu que se tratava de um diário.
- Interessante!- Balbuciou. - Será que é um diário da vovó?
Escolheu uma das primeiras páginas e começou a ler baixinho:
- "10 de julho de 1954- Esta madrugada eu e meu assistente Bob tivemos a maior descoberta da história. Descobrimos um sistema solar com doze exoplanetas girando ao redor de uma estrela dez vezes maior que o sol. Esse sistema fica na galáxia Vick. Também descobrimos indícios de vida inteligente, mas a forma como descobrimos é que nos intriga e..."
- Susan! - Gritou seu pai lá de baixo.
Ela deu um salto pois estava concentrada na leitura.
- Tudo bem aí?
- Sim pai, já estou descendo.- Respondeu fechando o diário.
- Vamos logo ou você vai se atrasar.
Susan levantou-se e rapidamente começou a guardar os brinquedos de volta no baú. Ela desceu as escadas rápido como um raio dizendo eufórica :
- Pai, você não vai acreditar no que eu achei?
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O DIÁRIO DE TOM MC GREGORY
Ciencia FicciónNunca a Terra esteve tão ameaçada como agora! A humanidade em sua ignorância nem ao menos imaginava a existência de vida fora dela, até que Susan descobriu um diário escondido em seu quarto, O Diário de Tom McGregory, seu bisavô. Um cientista muito...