Cap. 3

103 15 5
                                    


Logo em seguida voltei para a sala de aula, lá estava todo mundo me encarando olhando para o meu rosto, e logo em seguida percebi que era meu lápis que havia passado nos olhos havia borrado, isto me deixou bastante constrangido. Quando estava  saindo da escola para pegar o ônibus, Ted me empurra de uma forma agressivamente de propósito, eu caí no chão e todos meus materiais haviam se espalhados pelo chão molhado, por causa da chuva, chorei muito, voltei para casa andando, todo molhado, chorando e com bilhões de sentimentos dentro de mim.
  Chegando em casa fui para meu quarto e tranquei a porta, peguei meu apontador e procurei algo que podia desparafusar o prego que prendia a pequena lâmina. Já tinha ouvido falar da automutilação, que trazia alívio sentimental, como se passa-se uma dor emocional para uma dor física.
   Então encontrei uma colher que havia deixado em meu quarto quando havia passado mantega no pão na noite passada, então conseguir retirar a lâmina do apontador, levantei a manga da camisa de frio do braço esquerdo, peguei a lâmina e com medo e raiva fiz um corte com rapidez em meu braço, o corte ficara debaixo das minhas pulseiras, sangrou muito até fiquei com medo de morrer, então limpei o sangue rápido e molhei meu braço, enquanto deixava a água cair em meu pulso, pensei:
— Nossa! Isso realmente alivia.
Estava me sentindo a pessoa mais rebelde da face da terra, porém estava bem, por um momento, mais estava bem.

Auto Mutilação - Heitor RamosOnde histórias criam vida. Descubra agora