Luan

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Fevereiro,26 de março de 2027

"Vivo no automático, respiro porque é involuntário, acordo buscando um sentido para vida. Quem eu sou?"


Acordo com uma dor de cabeça infernal. Não sei onde estou e muito menos como cheguei aqui. Olho para o ambiente e descubro estar em um motel luxuoso. As paredes brancas estão lotadas de quadros de artistas famosos. No chão em cima do tapete persa, está dez garrafas de Dom Pérignon, que por sua vez, descubro ser o motivo da minha ressaca. A pouca iluminação e as rosas espalhadas pelo chão da ao local um ar romântico.

Romântico? Devo ter convencido mais uma vadia com minha lábia. Olho para o lado esquerdo da enorme cama redonda e encontro uma linda e enorme bunda. Subo mais um pouco meu olhar e descubro que minha vítima foi uma morena de cabelos pretos cacheados.

Visto meu terno Armani, meus sapatos Louboutin em silêncio e saio do local sem me despedir da Amanda, Fernanda ou será que era Ana? Bom, nomes para mim não importam, são simples mulheres que vou comer e mandar embora, não tem a necessidade de saber seus nomes ou muito menos ter um segundo encontro.

Passo pelo enorme Hall de entrada e recebo vários sorrisos brancos das funcionarias do local, que resolvo ignorar. "Tudo vadia" penso.

Monto no meu conversível e dou partida pelas ruas de Vancouver. Me mudei para cá quando terminei minha formação de direito na Havard University. Na realidade, me mudei dos Estados Unidos para cá em busca de liberdade. Depois da minha tentativa de suicídio, meu pai ficou mais próximo de mim, passamos a conversar e até ter programas de pais e filhos nos finais de semana. Ele nunca me falou o porque do seu distanciamento ou tocou nos assuntos que envolvia minha mãe.

Mudei muito dos tempos para cá, revolvi frequentar academia e defini meus músculos, coloquei lentes de contado para miopia para me livras dos óculos, fiz limpeza de pele deixando minha pele igual a de um bebê. Sério, eu mesmo me pegaria.

Chego no enorme prédio luxuoso que mandei construir para ser minha cede de advocacia. Entro no local e recebo vários sorrisos das funcionarias vadias. Pego meu elevador e subo até minha sala que fica no ultimo andar.

-Bom dia chefe-Fala minha secretária.

-Bom dia Natália- Respondo sem animo

Natália, ou simplesmente "minha foda quando não acho ninguém melhor", é minha secretária de longa data. Possui lindo olhos azuis e cabelos pretos que realça sua pela branca. Ela tem o típico perfil de secretária: usa óculos, o cabelo está sempre prendido em um coque mal feito e ela vive mordendo a tampa das canetas. Parece até uma atriz pornô.

Adentro em minha enorme sala com vista para o mar e deito no sofá de couro importado. Pego meu telefone e ligo para Matheus, vulgo meu amigo galinha.

-Fala viado, tem alguma festa para irmos hoje?- já digo quando ele atende.

-Hoje tem o aniversário da minha irmã. Vai ser na mansão dos meus pais, cola aqui viado.

-Opa, vai ter bebida e mulheres gostosa?

-As amigas gostosas da minha irmã já confirmaram presença. Passo para te pegar as nove? Você beber e dirigir não dá certo.

-Claro, até porque hoje eu vou beber até meu fígado pedir arrego. Mas vem cá, vai ser a primeira vez que vejo sua irmã, ela é gostosa?

-Fica longe dela-Matheus assume um tom ameaçador

-Relaxa, me contendo com uma amiga dela mesmo, te espero as nove- Digo finalizando a chamada.

Fico olhando o quadro com a pétala de rosa seca e uma fúria me invade. Preciso me acalmar antes de começar o trabalho.

-Natália, já na minha sala-Convoco em um tom autoritário por telefone.

-O que foi chefe- Diz entrando na minha sala em menos de dois minutos.

-Tire suas roupas e venha até mim-Ordeno

E como um bom cachorrinho adestrado, ela faz o que eu ordeno.  

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Então, escrevi o capítulo todo bonitinho, 800 palavras e adivinhem? sim eu perdi ele. Escrevi esse outro, que ficou menos e menos detalhado. 

Não desistam de mim D:

A rosa que eu te deiOnde histórias criam vida. Descubra agora