Ajuda

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Ainda não compreendia o que estava acontecendo, mas Donna não tinha condições de falar agora.

...


Ele se desvencilhou do abraço e foi até Evelyn. Donna o seguiu com o olhar.

--Oi pequena, como se chama? -perguntou calmamente, Harvey era bom com crianças. Evelyn não o respondeu --Eu me chamo Harvey Specter.

--Sou Evelyn -falou ela com voz chorosa depois de alguns segundos encarando o chão. --Evelyn Paulsen.

Harvey ouviu o sobrenome e estremeceu, eles não podiam ser filhos de Donna, porque se fosse ela não estaria neste estado, e se fosse ele saberia.

--Vamos sair daqui agora, tudo bem?

Ele se aproximou mais se sentando para ficar na altura dela.

--Para onde vamos? -perguntou encarando Donna. Ela sabia que não voltaria para sua casa em Los Angeles, e que sua mamãe não iria voltar, e que agora iria morar com a prima Donna e que ela seria sua nova mamãe.

Harvey encarou Donna esperando uma resposta.

--Vamos pra casa. -ela falou se recompondo.

Harvey voltou a se levantar e Marvin se jogou em direção a Donna a chamando com os dedinhos. Ele queria o colo dela. Ela se aproximou e pegou ele, que imediatamente deitou a cabeça no seu ombro. Ela respirou fundo.

Harvey não sabia explicar o que sentia ao ver a cena. Donna involuntariamente acaricou as costas do menino. Ela percebeu que ele estava cansado da viagem e logo dormiria.

Fora da sala, as pessoas passavam encarando. Donna com um bebe em seu colo, Harvey com a menina ao seu lado. Dava para criar muitas histórias com o que viam.

Evelyn segurou a mão da ruiva assim que ela a tirou das costas do menino. A pequena mão da menina estava gelada. Ela respirou fundo com os olhos fechados. Eles saíram da sala e Donna se lembrou da sua bolsa e parou.

--Harvey, pode pegar minha bolsa? -pediu se virando para trás. Ela não conseguia ler as expressões dele. Ele fez que sim com a cabeça. --Esta ali na minha mesa do lado da impressora e não esquece o memorando.

Ele foi até a mesa e não encontrou a bolsa que por sinal estava na cara dele. Estava ansioso para saber o que estava acontecendo.

--Não está aqui -falou ele observando bem a mesa. Ela deu a volta ficando ao lado dele, Donna soltou a mão da menina e pegou sua bolsa e entregou a Harvey indo até a impressora e pegando o memorando. --Quase me esqueço disso, obrigado.

Louis viu a cena de longe e precisou piscar várias vezes pensando que era alguma miragem, mandou chamar Mike imediatamente, precisava saber o que estava acontecendo.

Harvey deu a bolsa para a menina e a pegou no colo.

A criança estranhou ser carregada no colo de início, ja que seu pai nunca fazia coisas do tipo, ela passou os braços pelo pescoço de Harvey e imitou seu irmão deitando a cabeça no ombro dele.

Enquanto andavam eles atraíam olhares chocados e curiosos. Donna estava ocupada de mais pensando em listas de coisas que teria que fazer a partir de agora. E isso a estava deixando nervosa novamente. Harvey parecia que tinha um sexto sentido oculto que detectava quando Donna estava vacilando. Ele a conduziu até os elevadores com a mão em suas costas. Estavam próximos. Donna não estava prestado atenção em nada do que acontecia a sua volta e agradeceu por Harvey estar ali por ela, quando sentiu a mão dele em suas costas estremesseu.

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