Sim

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Três dias depois

Evelyn não conseguia dormir sozinha em sua cama então passou a dormir no meio deles.

Os documentos da adoção estavam quase finalizados, só faltava a assinatura de Adelaide que estava enrolando. Donna não estava conseguindo dormir por conta disso, estava ansiosa e com medo de dar alguma coisa errada de novo.

Ela andou até a sacada com um copo de água e se sentou em uma poltrona contemplando a noite. Era uma noite agradável, sentia com prazer a brisa que batia.

Ela se levantou após ouvir passos e voltou para dentro. Harvey estava na cozinha bebendo água, ela se aproximou o abraçando por trás. Era tão bom senti-lo.

--Oi -ela falou deslizando sua mão pelo peito dele.

--Oi -ele respondeu com a voz rouca por conta do sono. --Evelyn me deu um chute tão forte, não sei da onde saiu tanta força.

Harvey tinha um sono leve e levantava por qualquer coisinha.

--Ela estava te chutando? -Donna perguntou rindo beijando as costas dele.

--Me chutando parece pouco, ela queria me espremer que nem uma uva -ele bebeu o restante de sua água e então suavisou. Eles começaram a rir.

Donna descansou a cabeça nas costas dele e suspirou o apertando. Harvey a virou e lhe beijo na testa, estava pensando em tirar umas férias, seria bom passar um tempo com Donna e as crianças, apenas eles quatro em algum lugar. Ele falaria com Donna assim que Adelaide assinasse os papéis e estivessem fechado esse livro para começar um novo.

--Ve-la daquele jeito acabou comigo.

--Eu sei, esta tudo bem agora.

--Não Harvey, não está, -donna se desvencilhou do abraço -- Adelaide ainda não assinou os papéis e se ela tentar fazer alguma coisa.

--Ninguém vai tentar tira-los de nós de novo.

Evelyn apareceu na sala coçando os olhos e os dois voltaram sua atenção a menina, ela tinha acordado quando notou que estava sozinha na cama. Ela foi até Donna e descansou sua cabeça na perna dela, estava praticamente dormindo em pé.

--Vamos voltar para cama. -Donna falou acariciando os cabelos da menina.

Harvey a pegou no colo e estendeu a mão para Donna segurar. Ela segurou e voltaram para o quarto.

--Vou deixa-la do meu lado, assim ela não vai te chutar. -Harvey falou deitado a menina do seu lado da cama.

Donna levou a mão na barriga em um movimento involuntário arrumando seus travesseiros.

--Não me importo em sentir alguns... chutes. -quando se deu conta do que tinha dito o encarou ainda com sua mão na barriga.

Harvey não pode deixar de notar e sorriu se aproximando. Ele colocou sua mão por cima da dela e a questionou com o olhar. Se fosse o que estava pensando, seria seu dia mais feliz no ano.

--Eu não... eu não sei. -respondeu meio incerta e parou para pensar, não era impossível e podia sim estar grávida.

--Mas é... possível? -Harvey não conseguia tirar o sorriso de seu rosto.

--Eu, acho que sim -a simples ideia de ter um bebê a essa altura do campeonato a deixou assustada, porém estava empolgada com a idéia. Ela abriu um sorriso quando Harvey chegou mais perto colocando suas duas mãos em sua barriga acariciando o local.

--Devíamos fazer um teste, só para ter certeza. -Donna começou a rir com o entusiasmo dele e o fez se sentar na beirada da cama.

--Agora? É madrugada.

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