Capítulo 20

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Chegamos em casa e vou direto pro meu quarto sem falar nada.

- Se arrume, hoje seus sogros e seu noivo vão jantar aqui - ele diz.

- Ta bom - digo triste.

- Melhore essa cara, parece que foi em um enterro.

- Foi como se eu fosse, Otávio está morto e eu quase perdi minha melhor amiga.

- A culpa foi sua, se tivesse sido obediente tudo poderia ser diferente.

- Me desculpe, prometo que agora vou fazer tudo o que o senhor quiser.

- Acho bom - ele diz e sai.

Meu pai não precisa saber que Otávio continua vivo, talvez ele até saiba, mas preferiu me enganar, ou realmente não sabe, e não vai ser eu que vou contar. Meu pai deixou a porta do meu aberta, mas eu não vou fugir por dois motivos; primeiro, eu sei que ele está me testando, e preciso ganhar a confiança dele, segundo, não quero que ele faça mal com ninguém que eu amo.

Pego a mala que eu tinha deixado pronta pra fugir, retiro tudo de dentro e guardo.

Vou ao banheiro e tomo um banho. Volto ao meu quarto e me arrumo para esse jantar. Não tinha ânimo algum.

Escolho um vestido longo rosa, mas antes que eu o vista, meu pai vem em meu quarto com um embrulho nas mãos.

- Você vai usar isso hoje - ele me entrega o embrulho.

Pego sem exitar e abro. Era um belíssimo vestido. Era frente única, a saia do vestido era bem rodada e a cor era dourada, era lindo, mas nem isso me animou.

- É muito bonito pai, obrigada - digo.

Agora era estranho chamar ele de pai, eu sabia que ele não era.

Coloque ele hoje, hoje vai ser um grande dia.

- O que vai ter de tão especial assim? - ouso perguntar.

- Você e Gabriel vão passar essa noite juntos, para fortalecer essa união.

Eu não queria aquilo, mas eu não posso recusar.

- Eu farei tudo o que quiser.

- Continue assim que terá meu amor de volta.

- Apesar de tudo eu te amo pai, afinal, você é meu pai né, só quer o meu bem - provoco, mas evito falar em um tom de provocação.

- É. Se arrume logo - ele sai.

Pego o vestido que era lindo e o coloco, ficou tão lindo, pena que não era pra uma ocasião que eu gostaria. Coloco um salto nude e deixo meu cabelo solto, passo uma maquiagem para disfarçar minha tristeza.

Saio do quarto e eles já estão lá.

- Como você está linda Dalila - Mariza, minha sogra me elogia.

- Foi por isso que eu escolhi ela, ela é perfeita para o nosso filho - Reinaldo, meu sogro diz.

- Obrigado pai, por escolher a melhor esposa pra mim - Gabriel diz e me da um selinho.

- Vamos nos sentar? O jantar já está pronto - meu pai diz alegre.

Seguimos para a sala de jantar, me sento ao lado de Gabriel.

Enquanto todos conversavam e jantavam, eu apenas jantava, estava com muita fome.

- Está tão quieta meu amor - Gabriel diz e começa a passar a mão em minha coxa por baixo do meu vestido.

Minha vontade é de chorar, mas ignorou aquilo.

- Só estou com um pouco de cólica - digo e era verdade, desceu pra mim e estava me dando cólica. Pelo menos vou fugir de passar a noite junto com Gabriel.

Não quis falar nada para meu pai quando ele me comunicou que eu ia passar a noite com Gabriel porque ele ia dar um jeito nisso.

Meu pai me encara sério e sei que ele quer que eu converse.

- Estou muito feliz por ter Gabriel como meu noivo - minto. Falar isso fez Gabriel subir mais a mão e ficar me alisando.

- Que bom, meu filho é um ótimo rapaz - Mariza diz.

- Eu andei pensando muito sobre eles, conclui que a faculdade deles ainda vai demorar pra terminar, e eles vão se casar bem mais velhos que os outros jovens, então por que não adiantamos esse casamento para daqui dois meses? - meu pai sugere.

- Eu concordo, vamos providenciar tudo já - Reinaldo diz empolgado, parecia que era ele que ia se casar comigo.

- Eu aceito também, meu filho precisa treinar esses dois meses para me dar um netinho - Mariza diz contente.

- Então quer dizer que durante esses dois meses Dalila vai ser minha do jeito que eu quiser? - Gabriel diz alegre.

- Toda sua - meu pai diz.

- Então, a partir de hoje começa um novo ciclo na vida de vocês, e daqui dois meses um grande casamento vai acontecer e eu exijo a melhor e maior festa de todas.

Todos brindam, tentei demonstrar que estava feliz, mas eu não estava, eu não queria isso.

Depois de tanto planejarem meu casamento, meus sogros vão embora, mas Gabriel fica.

- Vão para o quarto e fiquem a vontade - meu pai diz.

Não respondo nada, apenas vou para meu quarto com Gabriel.

Pego meu pijama e vou ao banheiro para me trocar, mas Gabriel me segue.

- Quer usar o banheiro? - pergunto.

- Não, eu quero que se troque na minha frente, a partir de hoje você já é quase minha mulher, então quero conhecer seu corpo.

- Tudo bem - não questiono.

Fico de frente com ele e começo a tirar meu vestido. Droga! Esqueci que estava sem sutiã, fiquei apenas de calcinha na sua frente. Pego meu pijama e antes que eu o coloque, Gabriel gruda sua boca em um dos meus seios, queria recuar, mas não posso.

Depois de ficar um bom tempo ali ele desgruda a boca do meu seio.

- Sempre quis fazer isso - ele diz satisfeito.

Não digo nada, quando ia colocar o pijama de novo ele me detém.

- Essa noite é minha, não vai precisar de roupa.

- Eu estou com cólica, hoje não vai dar - caminho até perto da minha cama.

- Vai dar sim, você já é minha.

- Gabriel, eu estou menstruada, isso significa que eu estou impura.

- Não me interessa, eu sempre quis saber como era isso também, me guardei durante anos pra você, agora quero fazer tudo que me der vontade, nesses dois meses você vai me satisfazer todos os dias e do jeito que eu quiser.

- Respeite pelo menos esses dias - peço.

- Não, agora eu mando em você e você me deve obediência - ele me joga na cama e rasga minha calcinha com o absorvente.

Aquela cena foi humilhante, ele fica por cima de mim e coloca a força seu membro em mim, eu só queria chorar, mas discontei minha raiva arranhando e mordendo ele. Óbvio que ele ia achar que eu fiz isso por prazer, mas a força que eu estava usando era de raiva e nojo.

Coração BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora