E aí seus loucos, eu sou a Lauanda Cristiny Dontter, tenho 17 anos e blá blá blá. Odeio essas formalidades imbecis, grande bosta.
Poh meu, minha vida só sabe piorar, meus pais se divorciaram, moro com o mala do meu pai, ele vai se casar com uma mulher lá que nem faço questão de conhecer, só sei que depois do casamento elas vão vim pra cá, quando digo eles quero dizer minha madrasta e a filha dela.
Eu ainda não sei quem é essas duas (olhem só, nem conheço a futura mulher dor meu pai) , elas podem até vim pra cá, mais meu quarto, ela não vai ficar não, como vou fumar meu chá com ela aqui? Nem rola.
- Filha, tenho certeza que você não comprou sua roupa pro meu casamento.
- Acertou velho.
Ele me olhou com uma cara de decepção e tirou um cartão do bolso me entregando .
- Já marquei com a filha da Tânia pra vocês irem no shopping hoje a tarde.
Pera aí, ele tá achando que vou sair com ela está muito enganado.
- Posso até ir no shopping, mais não com ela, vou ir com uns amigos.
Ele respirou fundo e sorriu.
- Tudo bem, vou ligar pra ela e avisar.
Apenas peguei o cartão e subi pro meu quarto me arrumar já que marquei as 14:40 com meus parças. Vesti um shorts jeans branco com alguns detalhes branco, um cropped florido, fiz um coque no meu cabelo e sai pra encontrar eles.
Fui de ônibus mesmo, cheguei lá atrasada, tipo uns 30 minutos.
- Tu demorou em Lau. - A Joyce disse me abraçando.
- Balaio demorou pra vim.
- Porque tu não veio de carro com teu pai? E la vem o Ismael apertando minhas bochechas, odeio isso.
- Porque eu odeio ficar usando ele.
- Tu é muito dramática mano. - A Joyce disse revirando os olhos.
- Não viaja Joyce .
Eles estavam me esperando na praça de alimentação, e por um milagre, eles não estão comendo nada.
- Gente, que vou eu vou no casório do meu velho? Quero chegar lacrando.
- Vai de branco, a noiva vai ficar puta. Eu vou ir com minha roupa de sempre, preto.
- É uma boa idéia, vou comprar um vestido branco. Sei que tu vai de preto, você só sua isso.
- Eu vou com meu vestido azul.
- Nossa aquele seu vestido é foda viu.
- Verdade, vamos lá escolher seu vestido então.
Fomos para uma loja de roupas de casamento, vou ir mais linda que a noiva, e tenho certeza que meu pai vai falar demais. - Pensei rindo, ou melhor dando gargalhadas.
Entramos e a mulher ficou me olhando com cara de cu.
- Boa tarde, em que posso ajudar?
- Quero um vestido bem foda.
- Que cor?
- Branco.
- Ok. - Ela nos levou até umas roupas lindas, e me encantei com um vestido, branco, tomara que caia, longo com dois cortes nas pernas, e cheio de brilho.
- Quero esse. - Falei apontando pro vestido, vi que os dois também gostaram.
Experimentei e ficou perfeito.
- Vou levar esse mesmo moça. - Passei o cartão e fomos embora. - Agora quero um sapato gente.
- Credo Lau, tá parecendo essas mina que vai no shopping e quer levar tudo.
- Aí nega, você sabe como gosto de chegar arrasando em festas.
- É, eu sei.
Fomos pra loja de sapatos, e comprei um preto, muito foda.
Depois de dar umas voltas pelo shopping e fomos pra casa, fomos de ônibus, mais em ônibus diferentes.Quase uma hora depois eu cheguei em casa, meu pai estava deitado no sofá com uma mulher, deve ser a tal noiva.
- Boa noite casal.
- Boa noite filha, essa é a Tânia.
- Prazer em te conhecer querida. Minha filha está lá em cima, ela preferiu vir pra cá antes do casamento.
- Espera, ela não tá no meu quarto não né?
- Não, ela está no quarto de hóspedes filha.
Dei um sorrisinho e subi pro meu quarto, e ouvi uns barulhos no quarto do lado, meu Deus, que pervertidos.
Fui até lá e bati na porta, e ela veio abrir a porta enrolada numa toalha.
- Pois não?
- Me fazeria o favor de fazer menos barulho? Eu quero descansar. - Ela deu um sorriso tímido.
- Me desculpe, é que eu achei que você não ia chegar agora. Me espere um minuto que vamos no seu quarto, precisamos conversar.
Sai de lá e ela foi falar com sei lá quem que estava no quarto com ela.
Aproveitei pra tomar um banho; vesti meu pijama de sempre (um shortinho de seda e uma mini blusa de seda também) me deitei e fiquei mexendo no meu celular, até um ser bater na minha porta.
- Entra. - Os dois entraram de mão dadas e sorrindo, me sentei na cama e eles se sentaram também.
Ela é uma ruiva linda, com um cabelo até os ombros, ele é um loiro perfeito que parece aqueles caras do cinema; ela está vestindo uma camisola preta de seda, e ele só estava com uma bermuda e mostrando aquele tanquinho maravilhoso, para com isso Lauanda, ele tem namorada.
- Vai ser um prazer morar com você.
- Ah sim, claro. Como é teu nome mesmo?
- Eu sou a Karla e ele é o Adrian, você é a Lauanda né?
- Isso aí. - Ficamos em silêncio e ele deu uma gargalhada nos tirando do silêncio.
- Qual a graça amor?
- Me lembrei de uma coisa que o Rone me disse, ele falou que conheceu uma garota numa festa, falou que ela era mow gostosa, e aí me lembrei que ele me mostrou a foto e que ela é muito difícil.
- E?
- Me lembro que essa garota é você.
- Eu? Tá louco?
Ele foi e me mostrou a foto do irmão, não acredito nisso.
- Me lembro desse imbecil, ele queria me comer dentro da boate.
Rimos e ficamos conversando praticamente a noite toda.