Acordei com uma dor insuportável, acho que bebi muito, abri meus olhos e olhei pra lugar aonde eu estava.
Um quarto branco com alguns móveis pretos, e percebi que estou deitada, nua, do lado de um deus grego, espera, eu dormi com ele?
Caramba eu não posso beber não, olha só no que me meto?
Fiquei ali pensando em silêncio, e quando percebi ele estava ali me olhando com um sorriso que encanta qualquer uma.
- Bom dia princesa.
- Ah, dia ruim.
- Dor de cabeça né? Espera aí que vou buscar um remédio pra você.
Ele vestiu uma bermuda e saiu do quarto, daí alguém entra e pula em cima de mim.
- Sua louca, fique procurando você ontem a noite toda. - Joy me abraçou como se eu tivesse sumido por um século.
- Foi mau, eu não me lembro de nada.
- Sério?
E ele voltou com um copo de água e o remédio, tomei e dei um sorriso em agradecimento.
- Onde minhas roupas foram parar?
- Também não sei, veste uma blusa e uma cueca minha. - Ele me disse apontando pro guarda roupa, espera, eu vou ter que ir pegar? Ah, de boa né, não tô na minha casa.
Me enrolei no lençol e fui pegar as roupa lá, peguei uma blusa preta com algumas coisas escritas em inglês e uma cueca vermelha que amei.
- Valeu, depois eu te entrego.
- Pode ficar pra você, aí você se lembra da nossa noite. - Nossa noite nada, nem lembro o que fiz kk.
- Valeu então. - Peguei meu celular que estava no criado mudo e vi umas 50 ligações do meu velho. - Uai, ele não tá na lua de mel não?
- Não sei, liga pra ele.
Disquei o número dele, que no segundo toque atendeu.
- Aonde você tá?
- Tô por aí.
- E cadê a Karla?
- Sei lá pai, o que você quer?
- Sai de onde estiver e venha aqui pra casa agora! Quero ter uma conversa seria com você!Ele desligo na minha cara, beleza, só força.
- Será que você pode me levar em casa?
- Claro bebê.
Saímos da casa dele, e a Joy não ia se meter nisso tudo, ela preferiu ir pra casa dela mesmo.
- Qualquer coisa me liga tá.
- Tá bom, até mais.
Me despedi dela e entrei no carro do cara que não me lembro o nome.
- Não se lembra do que rolou na noite né?
- Não.
- A gente fico, e você dormiu na minha casa.
- Olha, primeira vez que eu não me lembro do que fiz.
- Me fala onde tu mora.
Expliquei pra ele que foi praticamente voando de tão rápido, e chegamos bem rápido.
Assim que desci do carro meu pai estava no portão me esperando com aquela cara que ele chama de "cara de bravo".
- Quem é ele?
- Não importa, o que você quer?
- Uma pessoa me ligou e disse que você saiu dirigindo meu carro tarde da noite.
- Carlos! Busca o carro do velho nesse endereço aqui. - gritei pro motorista do meu pai e mostrei o celular pra ele com o endereço. - Esse povo não tem o que fazer e fica cuidando da vida dos outros.
- Não importa! Ou você fica na linha ou pode ir embora daqui!
- Olha só, foi só se casar com aquela lá que resolveu me colocar pra fora de casa né, beleza.
Entrei e arrumei todas minhas coisas, eu não vou mudar meu jeito por causa dessa filha da puta aí não.
- Aonde você vai?
- Vou embora uai, aqui eu não fico mais.
Peguei tudo que é meu, roupas, sapatos, até dinheiro que estava guardando.
Sai de lá e resolvi ligar pra Joy, minha única opção é a casa dela.