capítulo 1

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Mudanças fazem parte da vida de qual quer pessoa, mais francamente não estava esperando ser colocada em um colégio interno agora. Segundo a Jane médica da minha mãe, ela não estava preparada psicologicamente para cuidar de uma filha adolescente problemática. E vivia tentando convencer minha mãe a me levar numa terapêuta
Eu não era tão problemática assim, nunca me envolvi em brigas e nem usei drogas e minha fixa era limpa. Eu só tive uma vez na delegacia, por que fui pega em uma festa onde não tinha supervisão de nenhum adulto e tinham encontrado algumas garrafas de vodka. Meu pai me obrigou a fazer teste do bafômetro e até testes de urina e sangue para ter certeza que não tinha usado nenhum tipo de droga. Então o que me restava era minhas alucinações durante alguns sonhos. Eu chamo de alucinações porque na maioria delas eu estava consciente, um tipo de sonho que eu até conseguia controlar.
Minha mãe Elizabeth se dedicava ao casamento 24 horas por dia, ela era o tipo de esposa que servia o jantar do marido, picava a carne e colocava no prato dele, tudo era válido cortar as unhas, fazer massagens para ela tudo valia apena desse que ele esteja feliz e plenamente satisfeito.
Eu não á culparia por isso, afinal ela era apaixonada de mais, mas as vezes parecia meio sufocante.
Meu pai Antônio era um homem bom, ele nunca deixava faltar nada para nós. Era o tipo de marido que faria de tudo pela família, ele era o tipo de pai que levava a filha a escola, a parques e até participava de gincanas recreativas da escola para ficar mais próximo de mim. Ele Fazia compra com a esposa e levava ao cinema e a passeios românticos
Parece que tudo isso foi a séculos atrás, tudo mudou depois que eu completei 15 anos, minha mãe era obsecada pelo meu pai, mais o tipo de obsessão que dava medo,um dia ela surtou com a Senhorita Andreia chefe dele, só por que ela tinha ligado durante o almoço para avisar de uma reunião de última hora. Uma coisa natural para qual quer mulher, mas para Elizabeth significava uma ameaça ao seu casamento, ela usou o termo devoradora de marido alheio para a senhorita Andréia que tinha uma relação de longo prazo com outra mulher.
E é claro que isso gerou horas de discussão com meu pai que quase ficou desempregado.
Com o passar do tempo Elizabeth foi piorando ela tinha ataques frequentes de hesteria e ciúmes possessivo ficando cada vez mais neurótica e meu pai cada vez mais frio com ela, e consequentimente comigo.
Ele já não participava das minhas reuniões escolares e tinha se esquecido várias vezes de me buscar no colégio, o que me rendeu uma boa caminhada. Ele parecia distraido e desinteressado do casamento. Na verdade ele estava cansado e preocupado com a saúde mental de Elizabeth. E já tinha indicado vários terapeutas e tratamentos para minha mãe, que se negava a fazê-los.
Eu não percebi que com o passar tempo eu chamava minha mãe pelo nome e meu pai de pai. Isso em parte era culpa dela, e do seu descaso comigo, que muitas vezes fui vítima das suas neuroses com meu pai.
Ela estava convencida que meu pai não dava mais a ela toda atenção por causa do trabalho e por causa de mim.
E eu .. bom eu estava ficando cada vez mais esquecida no meio dessa história toda, a uma semana atraz eu completei 16 anos, e a única pessoas a lembrar de mim foi Bibi, que aparece com três pequenos Cup cake. Minha melhor amiga desde a primeira série. Ela também foi a responsável pela minha ida na tal festa, e minha perca do BV no ano passado, que francamente foi horrível, ela também fez parte de uma porção de coisas boas, e estava acostumada com minhas noites de sono agitadas. Ela era a única pessoa que sabia de tudo com detalhes da minha vida, recentemente ela começou a namorar George, um garoto nerd da turma, mais ainda assim era meio bonitinho. Tinha olhos verdes que ficavam escondidos atraz dos óculos, cabelo cacheado e alto para a idade, estava sempre com uma camiseta com detalhes do espaço, e usava uma mochila enorme, poderia carregar a própria namorada ali. Eu podia jurar que o namoro era por estarmos no último semestre, que ela queria se garantir. Eu nunca notei direito como começou, mais ai veio a perca da virgindade e eu realmente comecei a acreditar no seus sentimentos. Apesar do namoro ela nunca me deixou de lado, queria até me incluir em alguns passeios românticos que descartei na hora. Bibi nunca foi o tipo de garota ligada em romance, ela dizia que ser virgem era uma conseqüência de não encontrar ninguém atraente o suficiente, e que sentimento era tipo um bônus a mais no pacote, mas isso mudou um pouco quando George entrou em sua vida. E isso as vezes me incomodava, eu sempre fui muito romântica e acho que sexo tem a ver com amor, e agradeci George em segredo. Afinal ele avia de um certo modo salvado a reputação dela.
Outra besteira era isso de reputação, garotos podem pegar todas, e é visto como referência . Mais se uma garota tenta fazer o mesmo é julgada por ser fácil ou até mesmo uma puta.
O mundo deveria ser um lugar mais justo, em fim.
Eu tinha frequentes pesadelos, com mortes e criaturas estranhas. sempre estava presente no meio de um grande nevoeiro e lá aparecida todo os tipos de monstros que pode existir ou não. Desde vampiros sedentos por sangue, lobisomens e até mesmo bruxas e demônios. Eu acordava aos gritos sempre, o que realmente me assustava era o fato de parecer tão reais para mim. Era um alívio acordar, mas ai eu sempre ficava muito calada e distante depois desse tipo sonhos. Eles roubavam um grande quantidade da minha energia, eu acordava cansada e desanimada.
Depois de uma longa conversa jene conseguiu convencer minha mãe e meu pai a me levar em uma terapeuta, ela era especializada em casos como o meu. Então marcamos uma consulta gratuita para dois dias depois com a dr Nora Lincon.

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