A verdade - reescrita

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Meros dias se passaram, era exatos dia 31 de outubro, e eu precisa fazer o que era preciso.
Havia ligado para vovó pedindo pra vir para Seoul.
A mesma já estava em minha casa, necessitava de sua ajuda, apenas ela poderia me ajudar naquele momento...

- Querida, você vai mesmo fazer isso?
- Vovó Beth, essa é a única saída que temos!
- Está bem, chame seus amigos aqui essa noite, e peça para que o tal do Hoseok traga o tabuleiro.
- Esqueci de te falar uma coisinha...

Disse isso já sentindo minha espinha soar.

- E o que seria?
- O tabuleiro usado, ele.. sabe.. ele está aqui em casa.
- Ele o que? Jennifer Soon, porquê você esta com essa maldição de baixo do teto de sua casa?
- Vovó eu tentei me livrar dele todas as vezes possíveis, mas de alguma forma ele sempre voltava, mas um certo dia ele havia sumido e foi na mesma época em que os bilhetes de Jimin pararam.
- Creio eu que Jimin usava o tabuleiro como uma ligação do mundo dos mortos para o mundo humano, mas isso também é um portão para os outros seres.

Ao ouvir aquilo já sabia o porquê de eu estar sendo "atacada" desde então, o tabuleiro fazia com que o próprio diabo viesse até mim. Ao pensar sobre isso enquanto olhava para os lados e minha avó, uma sensação ruim percorria pelo lar.
As luzes começaram a falhar, uma neova estava sob nós, logo sinto um arranhão em meu braço, grito pela dor que havia causado, ponho minha outra mão por cima na tentativa de parar o sangramento, ficava procurando desesperadamente por vovó, chamava pela a mesma, mas não houve reposta, tentei correr até a porta de entrada da sala para sair daquele local, mas assim que ponho meu pé no primeiro degrau da escada, sinto algo me empurrar com toda força, ao chegar no último degrau e meu corpo se chocar com o chão, me contorci de dor, tento abrir os olhos para olhar em volta e vejo uma sombra um tanto familiar, era a sobra que havia aparecido na noite da morte de Jimin, era ele, o diabo.
Caminhando em minha direção, que por sua vez veio com suas garras e me levantou pelo pescoço, fazendo me debater para tentar sair, mas foi em vão...

- Maldita, acreditaste mesmo no que aquela velha te fala? Eis uma tola mesmo, mas seria uma ótima oferenda.

Aquele hálito quente, com cheiro de morte em meu rosto não era nenhum pouco agradável, estar frente a frente com o maior inimigo de todos os seres era algo assustador, mas tive que me manter firme, ainda me sentindo um tanto sufocada, sou largada no chão e me arrasto para o canto da parede.

- Olhe para mim, pequena!
- Não quero e não vou!
- Não têm essa comigo, você sabe, você é parte de mim, porquê acha que sua amada mãe quase não fala de seu pai?
- Isso é mentira, papai morreu quando eu ainda era pequena!
- Acreditou mesmo nesta história? Sua mãe mentiu para você nesses últimos 18 anos e você nem percebeu. Por que acha que eu sempre venho te fazer uma visita, querida filha?
- Eu não sou sua filha, você está mentindo, não irá conseguir fazer isso comigo!

Jogava as palavras como gritos misturados com lágrimas, meu coração palpitava de medo, todos os pelos de meu corpo estavam arrepiados naquele instante.

- Como isso é possível? Mamãe não herdou os poderes e você, você é um demônio!

Ao dizer isso, uma nuvem preta paira em sua volta, um leve rosnar é soltado, e em seguida aparece um homem que aparentava ter por volta de uns 40 anos, pele levemente morena, cabelos negros feito a noite, olhos grandes porém um tanto puxados, com uma barba que por sinal era adorávelmente linda, lábios carnudos e mantia um sorriso sádico em seu rosto.

- Foi por esse demônio que sua querida mãe se apaixonou e se entregou, eu a amei, mas aquela cretina me largou pelo cara que ela diz ser seu pai, Christian, o matei sem nenhuma pena, e sua mãe possuía sim poderes, mas eu os tirei!

Desnorteada e sem rumo, tento me levantar me apoiando pela parede.

- Eu simplesmente te odeio!
- Me dói o coração ouvir isso.

Ele dizia com um som de sacarmos e solta um riso abafado.

- Mas não pense que isso acabou aqui, quero você e seus amigos, vamos relembrar os velhos tempos e reunir os 8 velhos amigos...

A Morte Amou || BTS || Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora