Um olá? - reescrita

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Ano atual~

Já haviam se passado dois dias desde que eu tinha visto o que eu digo, o vulto de Jimin, estava com a mente em desordem, minha mãe já tinha percebido o quão estranha eu ando ultimamente.

Desde o dia de sua morte, que não vejo mais os meninos, quis me isolar de todos, mas mamãe sempre tentava me deixar melhor, tanto que a mesma decidiu fazer uma viagem para Busan, onde minha avó mora.

Ficava relembrando aquele maldito dia já fazia um ano, nunca mais consegui tirar a imagem de Jimin pegando fogo da minha mente; Ficava pensando nisso até alguém me chamar...

- Jenni filha, estou te chamando faz tempo, tá tudo bem?
- Ah, oi mamãe, tá tudo bem sim, só estou pesando em algumas coisas.
- Sente saudade dele, não é querida?
- Muita, ele era meu melhor amigo mãe, eu me sinto culpada por não ter feito nada naquela noite.
- Ei, nada de pensamentos negativos mocinha, vai tomar um banho, daqui a pouco te chamo para nós jantarmos, sua avó já fez aquela torta de morango que você tanto gosta!

Mamãe dizia aquilo tentando me fazer sorrir, e ela conseguiu arrancar um mero sorriso de meu rosto. Logo ela sai de meu quarto e vou direto para o banho.
Ligo o chuveiro e deixo a água quente descer pelo meu corpo, fecho os olhos sentindo aquela sensação boa percorrer meu corpo, mas algo estava estranho, era como se algo me observava. Termino meu banho e logo saio do banheiro, ainda sentindo um pressentimento ruim, olho em volta do quarto e percebo que havia algo em cima da cama, era aquele maldito tabuleiro que jogamos no dia do aniversário de Jimin, como era possível isso está aqui? A casa toda pegou fogo, eu vi o tabuleiro pegar fogo também. Assustada com o que vi, recuo e escuto algo cair, as gavetas da pequena estante que estava no quanto do quarto começam a cair em disparada, papéis começam a flutuar, as portas da janela começam a bater, grito com as mãos nos ouvidos, logo sinto algo em meu ombro, com receio me viro com calma para observar o que era, não havia ninguém, mas tinha um bilhete colado no espelho, ando até o mesmo e pego.

~ A morte nos separou mas isso não significa que eu não possa me comunicar com você, sinta minha presença, mas não sinta meu abraço. Me encontre, mas não passe para o plano da morte, pequena! ~

Assim que termino de ler o bilhete a porta do quarto é aberta por minha mãe...

- Jennifer, aconteceu alguma coisa? Porque o quarto está desse estado?
- Mãe, eu preciso voltar para Seul!
- Porque?
- Não têm como eu explicar, apenas preciso voltar e falar com os meninos!

Mamãe me olhava assustada, mas logo ela concordou e disse que amanhã mesmo iria voltar. Desci para jantar e fui ajudar minha avó com a louça.

- Jenni, eu sei o que aconteceu com você mais cedo no quarto, eu pude sentir aquela presença.
- Vovó, você sabe o que estava aqui?
- Sim, mas não era nenhum demônio, era algo vamos se dizer novo, um espírito de "alma" boa.

Ao dizer isso sinto meu coração acelerar e pensei em apenas uma pessoa, era Jimin tentando se comunicar comigo. Corro para meu quarto e pego o tabuleiro, o deixei em baixo da cama para que ninguém o visse, guardei o mesmo dentro de uma mochila e arrumei o resto das minhas coisas. Me sento na cama e fico encarando a janela por um longo tempo, mas acabo pegando no sono.

Já era manhã do outro dia, me despedia de minha avó e ia em direção para a rodoviária pegar o ônibus com minha mãe, o caminho todo foi em silêncio. Chegando em casa, jogo minha mochila no quarto e pego a outra onde estava o tabuleiro, antes de sair aviso para mamãe que estava indo encontrar os meninos. Depois daquele dia, a família de Jimin se mudou para outro quarteirão, chegando lá aperto a campainha e quem abre a porta era Jeon.

- Wow... Jenni, quando tempo!
- Sim.. Verdade! Eu... posso entrar?
- Claro, entre!
- Cadê seus pais?
- Papai foi fazer uma viagem de negócio e mamãe está na cozinha, quer ir falar com ela?
- Sim, estou com saudade da titia.

Caminhamos até a cozinha e encontro minha adorável tia, ela era apenas mãe de Jimin, Jungkook era filho por parte de pai, os pais de ambos se casaram e como Jeon e Jimin se conheciam já na escolinha, a convivência dos dois só melhorou.

- senhora Park, quanto tempo!
- Jennifer minha querida, como você cresceu, está linda. Como você está?
- Aah... Bem, eu acho, ainda é difícil superar aquilo...
- Entendendo pequena, meu coração está partido desde aquele dia, mas olha, não quero você triste, ouviu? Você é muito linda para ficar com um semblante triste.
- Obrigada tia, sabe que qualquer coisa pode contar comigo!

Abraço titia e a mesma retribui. Logo Jeon pergunta se quero subir e fomos para seu quarto.

- O que veio fazer aqui Jenni? Você se isolou de todos desde aquele dia.
- Precisava falar com você e com os outros, será que eles podem vir aqui?
- Acho melhor não, vamos marcar todo mundo na casa do Nam? Com minha mãe em casa vai ser difícil ter privacidade.

Logo Kookie liga para Nam e depois de uns minutos descemos e fomos em direção para a cama do mais velho. Chegando lá, todos já estavam presente.

- Oi meninos!
- Pequena, o que foi? Chamou todos nós porquê?
- Hoseok, lembra daquele tabuleiro que usamos no dia da morte do Jimin?
- Sim lembro, ele queimou no incêndio.
- Errado!

Logo pego o tabuleiro da mochila e jogo o mesmo em cima da mesa, todos olharam assustados.

- Como isso ainda está inteiro?
- Creio eu que Jimin está tentando se comunicar com todos nós, vocês tiveram algum acontecimento estranho?
- Sim, esses dias estava indo lavar o carro de meu pai e na vidraça do carro estava escrito "Voltei amigo"
- Jin, que dia isso aconteceu?
- Que eu lembro foi antes de ontem.

Parei pra pensar na ideia de que o espírito de Jimin veio aviar um por um. Os meninos por sua vez estavam com caras de espanto, mas eu sabia o que deveria ser feito.

A Morte Amou || BTS || Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora