Capítulo 2

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Ana buscou em seus livros algo não muito forte, mas também que as meninas nunca mais esqueceriam. Depois de ter achado o ritual mais apropriado, resolveu colocá-lo em prática. Precisava se preparar e arrumar o local para que tudo estivesse pronto exatamente à meia noite. Separou todos os materiais, preces e deixou o ambiente pronto para receber a visita de forças ocultas. Tomou um banho, colocou uma roupa leve, porém escura, colocou seus colares feitos de ossos e missangas, para proteção, e voltou para o local do ritual.

Na hora correta ela começou a acender as velas pedindo proteção e colocando o vinho no altar. Ajoelhou-se no meio do círculo, pegou a sua adaga usual e pôs as mãos para cima. Entoando uma prece para se conectar ao seu grande mestre, e disse:

- Aka Manah! Ouça minhas preces! Mê tua fora! Me faça de instrumento! Me mostre o caminho das sombras! Me dê tua visão! Me guie pelas trevas! Permita que eu faça justiça com quem a merece! 

Pegando uma foto com todas as amigas, colocou no centro do pentagrama. Ergueu a mão esquerda para cima e deixou a mão direita para baixo com a palma virada para o chão.

- Aka Manah! Vingue-se delas!

Depois virou a palma da mão direita para cima e desceu a adaga em direção a mão, com bastante força, fazedo um grande corte. Virou a palma da mão novamente para baixo para que o sangue caísse sobre a foto e disse quase gritando:

- Essas são as traidoras! Que elas pagem pelo crime que cometeram! Me ouça Aka Manah!! - e fincou a adaga com bastante violência no meio da foto de suas melhores amigas. 

O ritual havia acabado.

Ficou resfolegante de tanta energia. Foi o primeiro ritual que fazia para atingir alguém. Suspirou e deixou o quarto enquanto as velas terminavam de queimar. Foi andando até a porta, um pouco decepcionada, e ao abrir para sair do cômodo, olhou para trás e pensou "Mais um ritual que não dará em nada". Continuou encarando o pentagrama por alguns segundos. Fechou a porta e seguiu seu caminho. Mas o que Ana não viu, foram as velas tremulando sem vento e a figura monstruosa, deformada que estava no canto mais escuro do quarto sorrir e desaparecer na escuridão.

O Resultado da VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora