Oi, gente! Tudo bem?
Quem escreveu esse capítulo foi mozão, assim como eu, vocês vão gostar.
Eu esqueci de avisar, a fanfic será Lauren Intersexual, então se não gosta, não leia. E evitem os comentários de mau gosto e desnecessários.
Enjoy xx.- Não acredito que ele disse isso, Laur. – Ally falou enquanto eu estava sentada em frente à sua mesa.
- Pois pode acreditar, Ally. Ele teve a audácia de falar isso na nossa frente. – Bufei, massageando as têmporas.
- ‘Nossa frente’? – Ela repetiu, me fazendo encara-la.
- Camila e eu. – Falei. – Falando em Camila, como ela consegue deitar na mesma cama com esse cara? Digo, ele é machista, preconceituoso.... Como ela foi se apaixonar por ele?
- Com certeza você já ouviu a expressão “O amor é cego.” – Ally disse, me empurrando várias folhas sobre a mesa.
- Ela não parece ser tão cega quanto a isso. – Disse e ela suspirou. – O que é isso?
- Seu contrato como segurança particular da Cabello. É só burocracia, as cláusulas são as mesmas do outro contrato que você assinou. – Assenti, pegando a caneta disposta ao lado do contrato assinando tudo. – Pronto, está liberada.
- Vou ter que dar uma passada em casa agora, pegar algumas mudas de roupas. Depois eu volto e pego o resto. – Falei me levantando da cadeira. – Até amanhã, Ally.
- Até, se cuida. – Sorri e sai de sua sala.
Caminhei pelo corredor, passando por diversas portas. A Casa Branca é enorme, com mais passagens secretas do que qualquer outro edifício existente no país. Quem sabe, no mundo. É realmente um labirinto, qualquer turista se perderia fácil. Ao passar por uma porta, ouvi vozes altas, reconheci ser a de Camila e do maldito presidente.
- Essa sua mentalidade é ridícula, Joseph. – Camila falou alto.
- Desde quando uma mulher consegue ser segurança? Isso é ridículo, Karla. Onde já se viu isso? Mulheres são fracas, devem cuidar da casa enquanto nós homens cuidamos do resto. – Joseph falou. Me senti enojada ao ouvir essas palavras.
- Não sei onde eu estava com a cabeça quando decidi me casar com você, eu sinto nojo desse seu pensamento. Tenho nojo de ser sua esposa. – Arregalei os olhos ao ouvir o que Camila disse.
- Mas você é minha mulher, minha. Tudo que você tem hoje, foi eu que te dei. Você deve mais a mim do que eu a você. E você sabe o que pode acontecer caso você decida fazer algo que não me agrade. – A voz de Joseph se tornou mais baixa e eu pude ouvir um gemido de dor. Sem pensar direito, bati na porta algumas vezes, a abrindo em seguida. Vi Joseph se afastar de Camila rapidamente e ela começar a arrumar o cabelo.
- Com licença, senhor presidente. – Falei e notei seu olhar raivoso para cima de mim. – Vim apenas avisar à senhora Camila que irei para minha casa e voltarei amanhã pela manhã.
- Tudo bem, Lauren. – Camila sorriu fraco e eu notei seus olhos marejados.
- Qualquer problema, não hesite em me chamar. – Disse a encarando, ela apenas assentiu. – Desculpe atrapalhar vocês, tenham uma boa noite. – Falei e fechei a porta, mas continuei parada na frente dela.
- Teve sorte que sua segurança apareceu, Karla. Se não você estaria ferrada. – Joseph falou e eu engoli seco. – Não saia mais do quarto hoje, se eu ver você fora, sabe o que acontece. – Ouvi seus passos se aproximarem da porta e sai correndo, olhei para trás vendo o otário ir na direção contrária da minha.
Fiquei parada no corredor, pensando em checar como Camila estava. Dei um passo para a frente, mas desisti. Não posso me intrometer na vida pessoal dela. Suspirei e voltei o meu caminho para garagem. Ao chegar lá, entrei no meu carro e sai da Casa Branca. Mas meus pensamentos continuavam no quarto, em Camila.
(...)
Ao chegar no meu apartamento, já pude o som alto vindo dele. My Medicine, do The Pretty Reckless, se tornou mais alta quando abri a porta. A sala estava arrumada, porém o forte cheiro de maconha predominava. Isso só podia indicar uma pessoa.
- Max! – gritei quando abaixei o volume do som. A ruiva apareceu na sala vestindo apenas uma camisa larga branca e uma cueca box vermelha, o pequeno cigarro estava preso em seus lábios.
- Hey Laur. – Ela sorriu e veio me abraçar. – Isso aqui estava uma bagunça, se eu não arrumasse isso sempre você viveria igual aqueles acumuladores.
- Não para tanto, Max. – Disse jogando as chaves em cima do balcão que separava a cozinha da sala. – Como foi em Miami? Voltou mais cedo....
- Foi uma verdadeira merda. – Ela tragou o cigarro com força e soltou a fumaça, me ofereceu o baseado e eu neguei. – Você bem imagina o que aconteceu quando cheguei naquela casa.
- Seus pais não quiseram conversar e te expulsaram, de novo. – Afirmei e ela assentiu.
- Segundo eles, eles não têm uma filha delinquente e lésbica nojenta. Cara, eu sou bi! Então, eu fui atrás de alguns equipamentos e deixei tudo no meu apartamento. – Ela deu de ombros.
- Quer dizer, depósito né? Por que você praticamente vive aqui. – Falei e tirei meus sapatos.
- Tanto faz. Me diga o que aconteceu enquanto eu estive fora? Conseguiu sair do seu emprego na Casa Branca? – Ela deitou no sofá, terminando de fumar seu cigarro.
- Eu tentei, mas agora eu sou segurança particular da esposa do Presidente. – Disse e ela me encarou surpresa.
- Sério? – Assenti. – Ela é gostosa, meu gaydar apitou quando eu vi ela lá no discurso. Aposto que ela já pegou alguma mulher.
- Você só fala merda quando está chapada. – Neguei com a cabeça.
- Não estou chapada, e ela deve ser no mínimo bi. – Ela coçou o queixo, como se estivesse pensando.
- Acha que ela seria bi, sendo esposa do presidente mais preconceituoso que a América já viu? – Perguntei e ela assentiu. – Cala a boca.
- Dá para ver na cara dela, Lauren. Não vê quem não quer. – Max sentou, jogando o que restou do baseado pela janela da sala. Prendeu o cabelo ruivo em um coque e me olhou. – Aliás, o que também dá para ver na cara dela é que ela é bem infeliz no casamento com ele. Ela não deve transar há meses. Tu bem que poderia colocar seu amigo na jogada, né? – Levantou as sobrancelhas me dando um sorriso malicioso.
- Você é ridícula. – Gargalhei. – Vou tomar um banho e arrumar minhas coisas, vai ser difícil eu voltar para cá. – Falei e fui em direção ao quarto, mas voltei e olhei para ela. – Tu pode ficar, mas não é para fazer festa e nem transar na minha cama. – Ela levantou as mãos em rendição então voltei para meu caminho.
Já no banho, voltei a pensar no acontecimento do quarto. Max tinha razão em uma coisa, Camila parece ser muito infeliz no casamento. E eu pude ter a certeza disso hoje. Suas palavras faziam um looping na minha cabeça. Escutei o som voltar a ser aumentado e já estava esperando a próxima multa por perturbação e o sindico do prédio ligar para cá para reclamar do barulho. Mas Max nunca obedeceu ele.
Max é minha vizinha, mas antes disso, é minha melhor amiga. Decidimos morar no mesmo prédio, porém, ela mora praticamente no meu apartamento, o que eu não reclamo, adoro a companhia dela. A ruiva tem a pele branca quase igual a minha, olhos castanhos que ficam escondidos atrás de um óculos ray-ban de grau. Crescemos juntas aqui na capital, uma sendo a base da outra.
Ouvi a porta do banheiro ser aberta, olhei e vi Max entrar. Ela tirou sua roupa e entrou no box, me empurrando contra a parede gelada. Seus lábios grudaram nos meus e eu sorri. Hoje ela iria me relaxar como só ela sabe fazer. A música que começou a tocar se encaixou perfeitamente no momento. Get On Your Knees, da Nicki Minaj.
Get on your knees, get on your knees, get on your knees.
Baby, just get on your knees.
Say pretty please, say pretty please, say pretty please
Baby, just say pretty please.
(Fique de joelhos, fique de joelhos, fique de joelhos.
Querida, apenas fique de joelhos.
Peça por favor, peça por favor, peça por favor.
Querida, apenas peça por favor.)
Olhei para Max e ela sorriu, arqueei a sobrancelha sugestiva e ela gargalhou, entendendo o que eu queria. Sua mão desceu pelo meu corpo, arranhando minha barriga até alcançar meu membro, onde começou uma massagem deliciosa.
- I'll be back at 11, you just act like a peasant. Got a bow on my panties because my ass is a present. Yeah it's gooder than Meagan, you look good when you're beggin'. I appreciate the gifts like the whips and them bezzles. Now it's bells and the whistles, now I'm makin' it sizzle. And it's ready, come and get it, it's takin' off like a missile. Let me see what you're workin' with, if you're ridin', I'm murkin' it. Slow grindin', I'm twerkin' it, yeah I bagged him, I Birkin'd it. – Ela cantou no meu ouvido, sussurrando.
(Eu vou voltar às 11, você aja como meu empregado. Tenho um lacinho na minha calcinha porque minha bunda é um presente. Sim, isso é melhor que a Meagan, você fica ótimo implorando. Eu vou rir quando você implorar pra por apenas a cabecinha. Me deixa sentar na sua cara, tudo bem, você pode brincar com isso. Quando eu quicar, relaxa e não cometa nenhum erro. Me deixa ver que você é esforçado. Se eu cavalgar, vou dominar. Arrasando, fazendo twerk, sim, eu fiz ele pedir, acabei com ele.)
Ela se ajoelhou e eu prendi meus dedos em seus fios ruivos. A voz da Ariana tomou conta do apartamento, me fazendo sussurrar a música.
- I don’t need a dozen roses. You ain’t gotta wine and dine me, no. I don’t need a pretty poet. Ooh, gettin’ all emotional. You gotta beg for it, beg for it. – Sussurrei a música e ouvi a gargalhada de Max.
(Eu não preciso de uma dúzia de rosas. Você não tem que me impressionar com vinho e jantar, não. Eu não preciso de um lindo poeta. Ooh, ficando todo emocional. Você tem que implorar, implorar por isso.)
Puxei seu cabelo, fazendo ela me encarar e soltar um sorriso malicioso.
- I wanna see you lookin’ up. – Cantei a frase e ela assentiu.
(Eu quero ver você olhando pra cima.)
Então ela abocanhou meu membro, me fazendo fechar os olhos e encostar a cabeça na parede. Mas naquele momento, Camila veio em minha mente e eu desejei que fosse sua boca no lugar da boca de Max.
O que caralhos está acontecendo comigo?
(...)
Era 7:25 e eu me encontrava devidamente trajada e equipada na frente do quarto de Camila. Aquela parte da Casa Branca era mais tranquila por ser a “residência” do presidente. Bati na porta e dessa vez esperei que alguém a abrisse.
- Senhorita Jauregui. – O presidente Williams abriu a porta e eu me segurei muito para não revirar os olhos.
- Bom dia, senhor presidente. – Acenei com a cabeça.
- Creio que veio atrás de Camila, correto? – Ele perguntou.
- Sim, senhor. – Apesar de eu já odiá-lo, devo tratá-lo com respeito.
- Ela ainda está no banho, mas gostaria de ter uma conversa com a senhorita. – Quase arregalei os olhos em surpresa. – Mas vamos a minha sala. – Apenas assenti, esperei que ele saísse do quarto para segui-lo.
- Joseph! – Uma linda mulher negra parou na frente do presidente, ele sorriu e a abraçou como se fossem conhecidos há anos.
- Olá, Normani. Que surpresa em ver você aqui. – Ele disse e ela assentiu.
- Me perdi em alguns corredores, aqui é enorme. – Eles gargalharam. – Estou atrás da Mila, ela já está acordada?
- Está no banho. Pode espera-la no quarto. – Williams falou e ela assentiu. – A avise que a Jauregui está comigo. – Ela finalmente me olhou, me examinou dos pés a cabeça e então sorriu.
- Normani Kordei, assistente e melhor amiga de Camila. – Me estendeu a mão e eu logo apertei.
- Lauren Jauregui, segurança particular da senhorita Camila. – Disse ainda séria.
- Bom, vou indo. Até daqui a pouco. – Joseph falou e começou a caminhar, acenei com a cabeça para a mulher e segui o presidente. No caminho, ele cumprimentou alguns funcionários, mas de maneira seca e séria. Entramos na sala dele, onde ele se sentou na grande cadeira estofada atrás da mesa organizada. Me mantive em pé, mas ele logo fez sinal para que eu me sentasse.
- Imagino que deva estar confusa sobre o que essa conversa se trata. – Ele falou e eu assenti. – Tentarei ser o mais direto possível. Bem como a senhorita sabe, não acho que seja tão capaz de proteger minha esposa, já que você é uma mulher. – Trinquei meu maxilar, me segurando para não avançar em cima desse... – Mas andei pesquisando sobre a sua vida. Você foi a melhor do seu grupo de formação para trabalhar na segurança presidencial. Ótimas notas, ótimas avaliações, em destaque mira perfeita e observação de suspeitos excelente. Confere?
- Sim, senhor. – Falei sentindo uma pontada de orgulho.
- Pois bem, você irá ficar responsável pelo plano de proteção da minha esposa. No momento, mesmo preferindo que algum outro agente faça isso, me convenceram que você é mais apta á isso. – Dessa vez, não pude me conter e arregalei os olhos. – Estou confiando minha esposa a você, Jauregui. Não quero nenhum marmanjo em cima dela, a tocando principalmente. Ela é minha, entende? – Assenti. – Espero que possa contar com a sua palavra que irá ficar de olho nela e vai cuidar para que ela não faça nenhuma besteira, nada que vá manchar minha imagem.
- Farei tudo certo, senhor. – Falei rápido. – Cuidarei dela como se fosse minha esposa. – Me calei rapidamente quando notei o que falei.
- Espero que esteja falando apenas como uma comparação, Jauregui. Você não tem cara de ser uma sapatão. – Ele cerrou os olhos, me encarando.
- Não sou, senhor. – Disse engolindo seco.
- Que bom, acho essa coisa de pessoas do mesmo sexo juntas um nojo. Onde já se viu? Todos esses gays irão queimar no inferno. – Ele disse divagando.
- Era só isso, senhor? Preciso ir. – Falei me levantando e ele assentiu.
- Pode se retirar, Jauregui. E lembre, eu confio em você para cuidar de Karla. – Assenti, saindo daquela sala.
Soltei o ar que nem percebi estar prendendo. Esse cara é maluco. Neguei com a cabeça e caminhei de volta para o quarto de Camila. Bati na porta e ouvi ela dizer para entrar.
- Bom dia, Lauren. – Ela disse e quando botei meus olhos nela, senti meu coração acelerar. Ela estava linda. Linda não, perfeita. Camila usava um vestido vermelho, que tinha um decote grande que vinha até metade de sua barriga. Na sua perna, uma fenda que vinha até sua coxa. Nos pés, um clássico salto Louboutin preto com vermelho. Seu cabelo estava liso e jogado para um lado só. A maquiagem era leve e marcava seus olhos. Ela me olhou e sorriu, eu imediatamente sorri também.
- Bom dia, Srta. Cabello. – Disse animada, nem parece que há minutos atrás seu marido disse coisas nojentas para mim.
- Sem formalidades, Lauren, já disse que pode me chamar só de Camila. – Ela sorriu e eu assenti. – Creio que já conheceu Normani, certo?
- Sim, nos encontramos no corredor. – Falei e Normani assentiu.
- Eu estava dizendo que ela escolheu bem. Com todo respeito, Lauren, você é muito linda. E ainda de terno assim, nossa.... – Normani disse e se abanou, senti minhas bochechas queimarem de vergonha e abaixei a cabeça.
- Cala a boca, Mani. Está a deixando sem graça. – Camila disse e pude ouvir a outra bufar. – Não ligue para ela, Lauren, ela é atirada assim mesmo.
- Bom, para onde iremos hoje? – Perguntei, tentando mudar o assunto.
- Iremos a um evento beneficente, confirmei a presença da Mila. – Normani disse.
- Nem quis chamar Joseph, ele não iria gostar nada. – Camila falou e começou a andar pelo gigantesco quarto. – Imagina, ele com a fama que tem, ir num leilão de caridade para ajudar abrigos que acolhem pessoas homossexuais. Ele iria surtar. – Ela pegou uma pequena bolsa vermelha, colocando alguns objetos dentro.
- Irei montar a equipe de segurança que irá acompanhar vocês. – Disse e ela assentiu.
- Temos 1 hora para chegar lá. Mas podemos nos atrasar um pouco, é chique. – Normani disse checando as unhas. Prendi a risada e sai do quarto, pegando meu rádio no bolso de trás da calça.
- Agente Jauregui falando, quero a equipe Beta para acompanhar a primeira dama. Todos prontos em 10 minutos na garagem. Incluam a agente Hansen também. – Desliguei o rádio e voltei para o quarto.
- Tudo pronto, senhoritas. Podemos ir? – Falei e elas assentiram.
- Vamos passar em na Starbucks no caminho, estou louca por um caramelo macchiato. – Camila disse já saindo do quarto, junto de Normani. Involuntariamente, meu olhar desceu para a bunda de Camila. Era enorme e naquele vestido parecia ainda maior. Senti uma fisgada no meu membro e respirei fundo.
Segui as mulheres até a garagem, onde a equipe de 15 seguranças já encontrava preparada ao lado dos carros. Agente Hansen, já estava ao lado de um carro vazio com as portas abertas.
- Bom dia, senhoritas. – Hansen disse e vi seu olhar examinar o corpo de Normani. Ela me olhou e piscou o olho, me fazendo rir.
- Renwick Gallery. – Avisei aos outros seguranças. – Pararemos em uma cafeteria no caminho, avisarei qual. – Eles assentiram e se encaminharam aos carros que nos acompanharia. – Senhoritas, por favor. – Indiquei o banco traseiro do carro, as duas entraram e Dinah fechou a porta em seguida.
- Você tem coragem de ser o cãozinho da Fada. – Ela disse e eu revirei os olhos. – Mas essa amiga dela.... Meu Deus. – Falou mais baixo.
- Cala a boca e entra no carro, Hansen. – Falei e ela entrou no banco do carona. Me encaminhei para dentro do carro, para dirigir.
- Não vai apresentar sua amiga, Jauregui? – Normani disse em um tom mais malicioso. Pelo retrovisor, vi Camila revirar os olhos. Dei partida no carro e comecei a seguir os outros carros.
- Agente Dinah Jane Hansen, ao seu dispor. – Dinah disse olhando para a frente.
- Qual é o da ‘Fada’ que eu ouvi uns seguranças falando? – Normani perguntou.
- Cada presidente e membro da família possui um codinome. Camila é a Fada, Joseph é Zeus. – Falei. – Ele mesmo que escolheu. É uma maneira mais rápida e prática de comunicação interna, fora que é algo confidencial. Então, terei que pedir que não diga nada relacionado à isso em público.
- Sim, senhora. – Normani disse e bateu continência.
Saímos da Casa Branca e seguimos o caminho até a Starbucks mais próxima, onde pedi para que Hansen fosse comprar os cafés.
- Poderia aumentar o volume do rádio, por favor? – Camila pediu e eu assenti, fazendo o que ela havia me pedido.
“Hoje completamos 2 meses em que o presidente Joseph chegou ao poder. Dois meses de pura polêmica e preconceito. Declarações que repercutiram no mundo inteiro sobre sua homofobia, racismo e machismo. A América realmente fez certo ao colocar um homem de caráter tão deplorável no poder? Pessoas com a mentalidade antiquada como a de Joseph, sempre que chegaram ao poder, acabaram começando guerras que mataram milhões de pessoas. Vejam como exemplo, Adolf Hitler. Um soberano com o poder de controlar uma das maiores potências mundiais, vai acabar criando a Terceira Guerra Mundial. As pessoas clamam na rua e nas redes sociais: Fora Williams. Um ser tão repulsivo como ele não deveria nem ter o direito de estar vivo.”
- Ainda bem que não sou só eu que penso o quanto esse homem é repulsivo e nojento. – Disse, pensando alto. Logo percebi o que havia falado em voz, pelo retrovisor, vi o olhar surpreso de Camila e Normani para cima de mim. – Me desculpa, Srta. Camila, não tive a intenção de falar isso. Eu....
- Relaxa, Lauren. – Camila me interrompeu, dando um sorriso fraco. – Tenha certeza que não só você ou metade desse país pensa assim. Eu mesma tenho nojo de Joseph, não se sinta mal por dizer o que pensa. Ele realmente é mais repulsivo e nojento do que você imagina.
Um clima tenso se instalou no carro. Olhei Camila pelo retrovisor e pude notar um brilho de tristeza e dor em seus olhos. Naquele momento, vendo seus olhos tão tristes, tive vontade de abraça-la e cuidar dela, como se fosse... minha.
Bom, por hoje é só.
Espero que estejam gostando.
Até o próximo, bebês.
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Primeira Dama - Camren
FanfictionUma das expressões que mais ouvimos hoje em dia é "o mundo está realmente perdido". Você concorda? Mas perdido em que, na verdade? Para um bom entendedor, capaz de decifrar com poucas palavras, ele me entenderá. Sociedade. O mundo está perdido em u...