Primeira Dama - Camren

Capítulo 3.

Oi, xuxus! Como vocês estão?
Passando aqui só pra agradecer, a fanfic está tendo um desenvolvimento ótimo que eu imaginei que não fosse ter. Obrigada por isso! Vou até mandar nudes em gratidão sz
Enjoy xx

Camila Pov

Eu nunca se quer, havia me exposto tanto para pessoas das quais eu não tinha nenhum tipo de intimidade. Então, por quê isso agora? Eu me repreendia mentalmente, Lauren é só uma segurança fora da sua vida particular, Camila. Ela não vai te proteger sempre e ela se quer se importa com você. Eu sentia seus malditos olhos me fitando, mas eu não ousaria olhar pra ela e receber sempre o mesmo olhar. Pena.

Mani entrelaçou nossas mãos e deu um leve aperto. Lhe sorri fraco e voltei a olhar pela janela. Ela não sabia o que havia acontecido comigo, e eu era incapaz de contar a ela.

- Lauren, vá direto para o evento. - Balbucei reforçando a voz embargada.

- Mas, Srta.. - Seus olhos verdes preocupados me encararam. Sorri o mais verdadeiro que consegui, e neguei com um aceno.

- Não se preocupe. Apenas o faça. - Sorri fraco vendo ela assentir com a cabeça.

- Tudo bem... – Lauren disse, levando a mão até perto da boca. – Hansen, você já pegou os pedidos? – Ela disse sobre o pequeno microfone que ficava escondido na manga da sua camisa social. Ela ficou alguns segundos em silêncio, esperando a resposta de Dinah. – Okay, volta para o carro. A Srta. Camila deseja ir para o evento agora... Não, problema nenhum, só volta para o carro. – Não demorou muito, Dinah saiu da cafeteria, com dois copos de café. Lauren abriu a porta do carro para ela, pegando os copos e estendendo para mim e Normani.

- Obrigada, Lauren. – Normani disse, sorrindo. Dinah entrou no carro e Lauren começou a dirigir novamente.

Podia ver a expressão fechada de Lauren pelo retrovisor. Seu cenho franzido, boca em uma linha, focada no trânsito, sobrancelha unidas formando pequenas linhas entre elas... Mesmo assim, continua linda. Linda e inalcançável.

(...)

- Okay, quero a mais quatro comigo. O resto fica espalhado pelo evento. Prestem atenção em movimentos suspeitos, sabemos o quanto esse evento pode trazer pessoas ignorantes. – Lauren dizia no microfone em seu pulso. – Camila, ficaremos por volta de uma hora e meia. Questão de segurança. – Assenti. – Vamos entrar.

Lauren ficou ao meu lado, enquanto Dinah estava ao lado de Normani. Essa pareceu adorar a presença da agente. Tinha mais dois agentes na nossa frente e mais dois atrás. Odiava me sentir cercada. Entramos no museu, havia dezenas de pessoas vestidas com roupas sociais caras. Pessoas com cara que não estavam com a mínima vontade de estar ali. Pessoas hipócritas.

Notei que Lauren olhava constantemente para os lados, assim como Dinah, as duas se olhavam e pareciam que conversavam telepaticamente.

- Sejam todos bem-vindos ao leilão anual de caridade de Washington DC. – Um homem engomadinho falou no microfone que havia no pequeno palco que havia no fundo do salão onde estávamos. – Hoje contamos com a presença ilustre da nossa primeira dama, Camila Cabello Williams. – Todas as pessoas ali olharam em minha direção, me fazendo acenar e sorrir amarelo para elas. – Iremos começar com o nosso leilão, se acomodem e peguem suas placas.

- Senhoritas, por aqui. – Um dos agentes que estavam na nossa frente nos guiou até umas cadeiras perto de uma das saídas de emergência. Ele notou meu olhar e sorriu sem graça. – Apenas precaução, senhorita. – Assenti, me sentando ao lado da minha amiga, que me entregou a placa com o número 284.

- Acho isso incrível. – Mani disse, me fazendo olha-la confusa. – Olhe em volta, os agentes todos bem posicionados. Em todos os cantos tem um agente. – Olhei em volta e vi que havia mesmo agentes posicionados em lugares distantes mas possuíam uma ampla visão do salão e de mim.

- Onde está Lauren? – Perguntei quando vi que ela não estava em lugar nenhum, nem Dinah.
- As vi saindo do salão, já devem estar voltando. – Assenti, prestando atenção no que aquele engomado falava em cima do palco.

Se passaram alguns minutos e eu dava alguns lances em umas obras que eu nem queria realmente, só precisava fingir que estava interessada. Senti uma mão em meu ombro, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. Levantei o olhar, encontrando os olhos verdes hipnotizantes de Lauren. Entendi que ela queria mostrar que estava perto de mim e assenti, voltando a olhar para frente.

Continuei fingindo interesse nos quadros, até que um me chamou a atenção. Era a pintura de uma mulher, possuía a pele branca, cabelos negros e olhos incrivelmente verdes, iguais o de Lauren. Além de tudo, a mulher estava deitada com apenas um lençol branco lhe cobrindo da cintura até metade das coxas, mostrando seus seios médios. Era um quadro simples, mas havia me deixado surpresa com o quanto a mulher do quadro se parecia com minha segurança.

- Essa próxima obra se chama “Bright Green Eyes” de um pinto anônimo. – O engomadinho disse no microfone. – É um quadro muito recente, datado de 2010. Valor inicial, 20 mil dólares. – Levantei a placa rapidamente. – 20 mil para nossa primeira dama. Quem dá mais?

- 25! – Um cara lá na frente disse, levantando a placa dele.

- 25 mil para o senhor Davis. Quem dá mais que 25? – O engomado falou.

- 30 mil. – Falei levantando minha placa.

- 35. – O tal Davis falou.

- 40 mil. – Disse, sem dar chance do engomado falar.

- 50 mil dólares. – Davis disse, ninguém se atrevia á dizer nada, apenas nos olhavam.

- 70 mil dólares. – Disse ficando em pé.

- 70 mil dólares para a Srta. Cabello. Alguém dá mais? – O engomado falou no microfone.

- 100 mil dólares. – Davis disse e vi a expressão surpresa de muitos ali.

- 100 mil dólares para o Sr. Davis... Quem dá mais? – Fiquei em silêncio. – Dou-lhe uma... Dou-lhe duas...

- 500 mil dólares. – Falei alto, vi Normani levar a mão para boca, visivelmente surpresa, igual todos ali.

- 500 mil para a Primeira Dama. Alguém dá mais? – O engomado disse, todos ficaram em silêncio. – Dou-lhe uma... dou-lhe duas... dou-lhe três... Vendido para Camila Cabello. – Falou batendo o martelinho, todos ali bateram palma. Lauren acenou para um dos agentes que foi até o palco buscar o quadro. Me sentei, sorrindo satisfeita.

- Você enlouqueceu, Mila? – Normani sussurrou ao meu lado. – Esse quadro não vale tudo isso. Por que deu todo esse dinheiro nele?

- Por que... – Na hora que fui responder, ouvi um toque de celular atrás de mim, me virei e vi Lauren pegando o celular, franzindo o cenho e atendendo.

- Oi Max... Ei, calma, fala devagar... Sim, estou no museu por que?... O quê? Como assim? Como sabe disso?... Deve ser apenas alguma pessoa trollando, sabe que não dá para confiar nesses fóruns de internet... Max, relaxa, eu... – De repente, um som alto de tiro ecoou no local, fazendo todos se levantarem rapidamente. Tudo ficou em câmera lenta.

Vários homens, vestidos de preto e mascarados entraram no salão com armas em mãos. Não consegui prestar atenção em mais nada, por que Lauren entrou na minha frente, puxando uma pistola do cós da sua calça, vi Dinah fazer o mesmo, em frente de Normani. Me encolhi atrás de Lauren, quando tiros começaram a ser disparados. Os sons eram altos e ocos, faziam eco em minha mente. Não conseguia ver nada, mas sentia o corpo de Lauren balançar a cada som de disparo.

- Camila! – Ouvi Lauren me gritar, mas não conseguia reagir. – Camila, olha para mim. – Abri os olhos que nem havia notado que havia fechado, vendo Lauren me encarando, enquanto dois agentes estavam na nossa frente, trocando tiros com os homens mascarados. – Presta atenção, iremos sair correndo para a saída. Fique atrás de mim e não me solte. Está me ouvindo? – Assenti, no mesmo momento em que um dos agentes na nossa frente, caia ao meu lado, com um buraco em sua testa e seu sangue escorrendo.

– Porra. Vamos, Camila. – Lauren rapidamente trocou o pente de sua pistola e virou de costas para mim. Vi que os homens mascarados usavam coletes a prova de balas. Haviam apenas três deles caídos no chão. Olhei para o lado procurando por Normani e não a achei.

Lauren começou a caminhar comigo segurando com força seu terno, a seguindo, me encolhendo cada vez mais a cada vez que sentia Lauren atirando. Senti meus pés baterem contra algo, quando desci meu olhar, encontrei o Sr. Davis. Sua camisa, antes branca, agora se transformava em vermelho. Então meu corpo travou, eu não conseguia me mover. Fiquei parada encarando o corpo de Davis enquanto Lauren continuava a atirar.

- Camila, o que aconteceu? – Ela gritou, me puxando para ficar atrás de uma pilastra.

- O-o Davis. – Apontei para o chão, ela seguiu meu olhar.

- Ei, presta atenção em mim, Camz. – A olhei rapidamente. Camz? E me permiti por meros segundos, esquecer toda a confusão que ocorria a nossa volta e admirar o verde dos seus olhos, me perdendo em um universo de cores, por mais que ela me fitasse preocupada – Falta menos de cinco metros para chegarmos na saída. Metade dos meus homens já estão mortos. Preciso te levar até o carro, coopera comigo. – Assenti. – Consegue ir até a saída sem parar? – Assenti, novamente. – Okay, não me solta.

Novamente, entramos no meio dos tiros. Estávamos há menos de um metro da saída quando ouço Lauren gritar e cair no chão. Senti uma mão no meu braço, olhei rapidamente vendo Dinah me puxando, enquanto atirava contra eles.

- Lauren! – Gritei, fiz menção de ir até ela mas Dinah me puxou.

- Vamos, Camila. – Dinah gritou, me puxando. Encarei Lauren no chão, seu tórax sangrava e ela estava desacordada.

Segundos depois, eu estava do lado de fora. Várias viaturas, estavam ali. Dinah me empurrava para dentro do carro, onde uma Normani com o rosto molhado me abraçou com força.

- Onde está a Lauren? – Ela perguntou, meus olhos encheram de lágrimas.

- Ela... ela levou um tiro... eu não sei... tinha muito sangue... – Comecei a chorar compulsivamente, o carro começou a se mover, Dinah dirigia, com outro agente no banco do carona. Ela falava algo no microfone, mas eu não consegui entender. Apenas ouvi “Lauren, tiro, sangue.”

Meu peito doía muito. Eu sentia que iria desmaiar á qualquer momento. Eu não me importava com isso. Não ligava para os outros agentes ou para o Senhor Davis. Se a Lauren morrer por me proteger, eu nunca iria me perdoar. E naquele momento, eu desejei que ela estivesse ali ao meu lado, para que eu pudesse observar seus pontos traços e seus olhos verdes entorpecentes.

Perdoem os erros, na correria para escrever algumas palavras saem meio erradas. Créditos a mozão que novamente escreveu.
Até o próximo! Beijos.

C.C