XIII

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Fiz as perguntas necessárias
A solidão é uma cerejeira,
e o fruto, possível
Amo as vozes da rua,
mas já se calaram
Na luta diária contra a toxina lenta,
imagem que você procura no espelho

Não é a minha beleza, nem a tua
O tempo se encarregou disso,
as nuvens dos desastres nucleares,
ou o perfurar abrupto de armas comuns
As pessoas com seus pequenos potes de veneno, também

É com o mínimo que contentamos: o pão ainda fresquinho,
uma ameixa que conseguimos colher,
a cabeça do gato contra minhas canelas
Talvez continuemos,
mas não são mais os barcos que se afundam

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