Diario de uma suicida

Dia 3

25/01/2017

Meu dia começou às 2:00 da manhã, não sei o porque de acordar tão cedo, mas não tinha sono então eu fiquei acordada. Às 11:00 da manhã eu tive aula de guitarra, um menino novo ficou sendo como meu novo colega de guitarra, ele já tinha mais experiência do que eu, por isso eu ficava vendo ele tocando melhor do que eu, enquanto eu nem sabia como se fazia um Sol ou até mesmo um Dó.

Depois da aula, que dura apenas uma hora, eu fui para casa fazer a depilação, o que me causou problemas, porque acabei por chegar atrasada à aula. Quando a aula acabou eu fiquei à espera do Leo e fomos dar uma volta pela escola, o André, que é um amigo nosso, veio conosco, depois nos sentamos num murro e eu fiquei rindo das expressões que a cara dele fazia, eu sabia que era naquele momento que ele iria me pedir em namoro, e eu usei meu riso para disfarçar o facto de que eu estava tão nervosa quanto ele. Quando finalmente ele tirou coragem de me perguntar a tal pergunta tão esperada, eu aceitei e nos abraçamos, nada demais e fomos com o André que ficou nos olhando afastado enquanto ria das nossas caras, então ele meio que obrigou o Leo a me dar um beijo, na verdade eu esperava que ele não fosse, mas ali estava, nosso primeiro beijo, não foi tão bom o quanto eu esperava, mas eu gostei.

Então quando estavamos indo para o parque de estacionamento, o André de novo obrigou o Leo a me dar a mão, o que não deu muito jeito pois a mão dele estava com uma ligadura, supostamente ele tinha torcido o dedo, quando chegamos ao lado da minha colega Soraia, ficamos sentados na relva olhando nos olhos um do outro, sem falar nada, era como se os nossos olhos estivessem falando um com o outro sem usar palavras.

Meu dia foi mais ou menos isso, estou namorando um rapaz punk/gotico e eu amo esse estilo, acho que essa foi uma das razões pelo qual eu gosto dele.

À 1:30 da manhã eu acordei e senti um enjoo, acabei indo à casa de banho e vomitei, o pior não foi o vomito e sim o sangue que saiu, não é normal uma pessoa vomitar sangue, mas eu nem me importei e acabei por não contar nada a ninguém, não queria que se importassem, mas caso eu estivesse morrendo, ainda bem.