1º Compartilhando Sonhos

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-Aaaah!!! Eu não estou nem acreditando, sabia? Terminamos a escola, já somos adultos e ... Estamos livres! –Maryna, minha melhor amiga falava animadamente enquanto caminhávamos com nosso melhor amigo, Patrick, pela praia.

-Por que não esta acreditando? Estudamos para isso, não foi? Conseguimos terminar o colegial e agora iremos focar na faculdade. –Patrick disse, como sempre bem obvio.

-Exatamente. Agora só quero focar nisso –Respirei fundo imaginando- Universidade e Liberdade. Até rima, né?! -Sorri da minha própria piada -Me especializar em administração e voltar depois para assumir meu lugar na empresa...

Meus amigos sorriam imaginando comigo o grande futuro que eu tinha pela frente. Todos nós tínhamos. Maryna e Patrick pretendiam ficar por aqui mesmo nos EUA. Patrick trabalharia na grande empresa da minha família, como um grande engenheiro que sonhou ser e enquanto isso faz sua faculdade para se especializar no assunto. Maryna trabalhará em uma editora de revista de moda e pretende um dia ir até ao exterior com seu nome em destaque. Enquanto eu, quero ir até o Reino Unido e cursar administração na Universidade de Cambridge, que é a mesma que o meu pai estudou, e voltar para assumir a empresa que a minha família criou e que cresce a cada ano. Eu não queria simplesmente por ganancia. Eu sempre admirei o trabalho do meu pai, comandando tudo e fazendo aquele negocio crescer desta forma. Eu queria seguir esse exemplo. A empresa seria passada para mim, como é feito desde a primeira geração, e eu aceitaria de bom grado, seguindo os passos do meu pai e continuando nosso legado e sonho.

Durante os anos do meu estudo fora, Patrick, Maryna e eu ficaríamos distante, Mas por boa causa. Todos pensavam grande e estavam focados em seus sonhos. Então, anos depois nos reencontraríamos aqui para contar as novidades e voltarmos a ser nosso grupo inseparáveis. Afinal, estávamos ligados pro resto da vida. E foi por isso que fizemos uma tattoo, os três, representando essa união eterna.

Patrick e eu crescemos juntos, nossos pais estavam sempre juntos, desde o colegial também. Seu pai era advogado grande e sempre tratava coisas com meu pai. Patrick cresceu praticamente em minha casa, então acabou criando admiração pela empresa também. Por isso nós dois queremos seguir as profissões que gostamos e nos identificamos, mas dentro da empresa. Patrick era um cara maravilhoso. Moreno alto e musculoso, Olhos verdes penetrantes. Mas eu o considerava com o irmão mais velho que infelizmente não tive, por isso nunca tivemos nada. E ele era muito serio para mim. Difícil ver meu irmão rindo horrores. Mas ele não era do tipo chato. Apenas fazia suas brincadeiras para os outros rirem, mas ele... dificilmente.

Maryna nos conheceu na 4º serie. Ela com sua espontaneidade de sagitariana nata, Chegou brincando com a gente e quando percebemos, os três eram irmãos adotados inseparáveis. Até hoje.

Minha querida irmã era uma mulher daquelas que faz você repensar sua opção sexual, meninas. Uma morena, alta, cintura fina, mas com bunda e peito fartos. Era uma deusa grega gostosona. Seus olhos azuis encantava, seu sorriso que estava sempre no rosto fascinava qualquer um,seus cabelos castanho ondulado batendo la na bunda... Era um mulherão, mas que não se prendia a homem nenhum. Pra quê né, amiga?!

"Namorar pra quê? Se amarrar pra quê? Prefiro estar solteira que eu sei que ELES vão querer.." era a musica que ela sempre cantava quando alguém lhe falava que ela precisava namorar serio. E eu concordava, óbvio.

Porque éramos jovens, muito lindas e baladeiras, ou seja. Óbvio que brotava caras de todas as partes da terra, dando em cima da gente. Mas sempre dávamos um jeito de sair fora quando não queríamos.

-Aaain,eu vou sentir saudades sua. –Maryna me abraçou. Na verdade me espremeu. Eu não curtia muito contato físico, e ela parecia esquecer as vezes. Mas eu já estava acostumada.

-Nós! –Olhei para Patrick e sorri. Abri um braço livre do aperto de Maryna e o convidei para participar. Patrick se juntou a nós e ficamos alguns momentos ali, os três abraçados. Mais tarde, voltamos a caminhar pela areia até chegar ao nosso bar de sempre. Era em um quiosque perto do mar. Sempre vínhamos aqui dias da semana que era mais vazio, bebíamos, conversávamos e durante a madrugada voltávamos para casa. E desta vez não foi diferente.

Lá para as 2 horas da madrugada eu cheguei em casa. Quando passei pela sala enorme, Minha mãe me chamou.

-Filha, está bem? –Se levantou, deixando o livro na mesa de centro e caminhando em minha direção. Afirmei com a cabeça e ela me abraçou. –Como vai os preparativos para os estudos no exterior?

-Já encontrei o AP perfeito, Já fiz minha inscrição. As aulas começam no meado do ano que vem. Pretendo ir logo no inicio do ano. –Atualizei minha mãe

-Que otimo! –Ela sorriu sinceramente. Mas depois de alguns segundo o sorriso morreu –Filha, eu sei que o seu pai já parece desanimado. E para falar a verdade, eu não faço ideia do que diabos está acontecendo com ele. –Revirou os olhos –Sabemos como ele é com esse trabalho.

-Não o culpe, Mãe. Tem que dar duro se quiser mesmo que o nome da gente continue lá em cima.

-Eu sei. Eu sei. Só estou dizendo que sua formatura foi há 2 meses e ele não se importou tanto assim. Sempre sonhou com esse momento, mas parecia distante quando chegou. Não sei o que se passa naquela cabeça, mas irei descobrir. –Eu sorri. Ela sempre descobria. –E não se preocupe, você vai arrasar e sei que ele vai te apoiar!

-Eu sei que ambos vão me apoiar. –Dei um beijo em sua testa- Agora preciso dormir. Faça o mesmo, dona Lucille.

-Já estou indo. –Ela disse. Eu me levantei e caminhei ate as escadas que dava para o andar superior, onde ficavam os quartos.

Tomei um banho rápido tirando a maquiagem, vesti um roupão apenas e me joguei na cama.

No dia seguinte acordei com o sol em minha cara. Me levantei, eram 9 da manhã. Fechei as janelas e fui fazer minha higiene. Vestindo um short jeans curto e uma regata simples, desci para tomar café e meus pais estavam na mesa, Dona Flora estava atrás da bancada preparando o almoço. Dei bom dia a minha considerada segunda mãe, já que sempre esteve presente em meu crescimento.

-Bom dia, Menina linda.

Caminhei até a mesa e me sentei. Meu pai lia o jornal e bebia seu café, nem parecia ter notado minha presença. Minha mãe me observava olhar para ele e esperar um sinal de que tivesse me notado.

-Ele não vai falar nada, filha. O jornal parece estar mais interessante do que sua própria família.

Meu pai pareceu finalmente voltar para o mundo que vivemos e eu ergui uma sobrancelha olhando para ele.

-Eu não vi você chegando.

-Percebi. –tomei um gole do meu café. –O que tem de tão importante ai? –Falei apontando para o jornal em suas mãos que agora foi posto em cima da mesa.

-Nada demais. Só queria me atualizar. –deu uma pausa. –Como está?

-Eu? Estou otima! Por quê?

-Não posso perguntar?

-Nos últimos meses tem ficado mais estranho e raro ver você se preocupando com a gente. –Minha mãe alfinetou. Meu pai a olhou de canto dos olhos, serio.

-Eu nunca disse que deixei de me importar.

-Mas também não diz o contrario. –Ela deu de ombros

-Me atualiza quem é o mais novo aqui nesse recinto mesmo? –Eu questionei a maturidade daqueles dois. –Como vocês tem energia para discutir logo pela manhã?

-Sua mãe tem energia e motivos para brigar sempre. Também não sei qual sua fonte –Ele disse tomando o resto de cafe em sua xícara e se levantando.

-A fonte é você mesmo, querido. –Ela falou alto para que ele pudesse ouvir já do corredor. Olhei feio para minha mãe e revirei os olhos. Ela deu de ombros –Não sei como me casei com esse embuste...

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Aguardando visualizações para postar os próximos. Espero q gostem!! 💙

Descobrindo o AmorWhere stories live. Discover now