2º Noitada dos Amigos

15 1 3
                                    


O tempo está voando, não é?! Sabe, eu costumo pensar que... Se ainda estivéssemos vivendo lá nos séculos anteriores, o tempo não estaria indo assim tão rápido. E que hoje, ao invés de ser Julho, seria Janeiro ainda. Ou até mesmo Dezembro, no ano passado ainda. Deu para me entender? Enfim... Com isso eu percebia que o tempo ia se encurtando cada vez mais, ou seja, logo eu estaria formada, voltando para casa para comemorar a realização do meu sonho e do meu pai. Mal podia esperar...

Com esses pensamentos, acordei mais disposta. Olhei as novidades no mundo pela telinha do meu iPhone, conversei com alguns amigos, e me levantei depois de um tempo. Tomei um banho para dar mais energia ainda e me vesti. Desci e fui direto para a cozinha, encontrando meu pai em sua rotina matinal de tomar seu café e ler o jornal. Nem dei bom dia, sabia que nem tinha sido notada. Dei de ombros e fui atá a geladeira, pegando um iogurte fui até a sala e me sentei ao lado da minha mãe que assistia algum filme na nossa enorme TV.

-Bom dia, querida

-Bom dia, Mãe. –Retribuiu dando um beijo em minha testa. –Novidades?

Minha mãe respirou fundo e o sorriso de antes pareceu morrer. Mas ela tentou disfarçar com um novo, mas bem sem graça.

-O que houve? –Perguntei, mas ela negou com a cabeça

-Nada. Só me lembrei de uma coisa... –Levantei uma sobrancelha querendo questiona-la. Mas ela logo prosseguiu... –Vou organizar algumas coisas no meu quarto. Conversamos depois. –Ela disse se levantando e eu dei de ombros. Alguma coisa tinha, mas o que quer que fosse, ela me falaria depois. Eu e minha mãe sempre fomos muito unidas, ela sempre foi um amor de pessoa. Me tratava fofamente, coisa que eu nem curtia muito. Mas admirava esse jeito nela. Calmo...

Já minha relação com meu pai sempre foi mais animada. Sempre me manteve em um trono de filha unica e menina adorada da casa. Foi nossa boa relação que me fez ficar sempre perto dele quando estava trabalhando e acabou me fazendo ficar apaixonada pela empresa. Mas de uns tempos para cá, meu pai acabou se distanciando de mim. Da minha mãe, ele estava sempre afastado. Eu realmente nunca entendi porque se mantinham juntos. Passavam vários dias da semana brigados ou sem se falar, depois, em algum evento estavam juntos sorrindo como um casal exemplar. Me poupe dessa hipocrisia. Tá ai o motivo do meu ódio por relacionamentos...

Depois do meu curto café da manhã assistindo metade de um filme qualquer, desliguei a TV e fui para o quarto. Peguei alguns livros e fui estudar. O tempo voou, quando me toquei já era noite e Maryna estava me ligando.

-Fala, puta

-Carinhosa como uma égua.

-Obrigada. –Eu ri –Que que foi, Mar?

-Não vai sair hoje? –Perguntou obviamente.

-Tinha me distraído com os estudos aqui. Chego em quarenta minutos. –Falei já me levantando

-Bom mesmo. Mas, Anniee?? –Ela gritou, antes que eu desligasse.

-O que?

-Que tal irmos em uma balada hoje? Consigo colocar nossos nomes na lista daquela no centro agorinha.

-Sei que consegue. Por mim tudo bem. –Falei, sem contestar porque sabia que minha amiga sabia convencer como ninguém.

-Okay. Nos encontramos lá

-Não vai ligar para o Patrick?

-Já liguei. Ele vai

-Você obrigou.-Dedusi

-Não foi bem assim. –Ela disse, e eu ri porque sabia que tinha sido assim mesmo. Ela sempre insistia até o Patrick cansar e se render. –Bye

Assim que desliguei fui até meu closet e parei na frente dele. Analisando cada peça ali. Depois do que pareceu horas de procura, achei uma blusa soltinha preta de mangas curta, bem básica, Um shortinho de couro preto e uma bota cano baixo preta também com salto. Fui para o banheiro, tomei um bom banho e vesti meu look básico, mas estiloso e completei com algumas bijuterias e uma bolsa/carteira de mão.

Descobrindo o AmorWhere stories live. Discover now