Epílogo

28 2 0
                                    

A orientação sexual, com o passar do tempo, é como uma música em que a batida é sempre mais forte e mais forte e mais forte. Se formos a ver, no século passado mal se conheciam pessoas com uma orientação sexual diferente da considerada "normal" por alguns atrasados mentais (literalmente, porque em pleno século XXI achar que há uma orientação sexual normal e que as outras são "estranhas" ou "anormais" só mesmo para pessoas com uma mentalidade muito atrasada), não é que não existissem mas havia menos fatores favoráveis para que as pessoas se podessem identificar nessa categoria:
1°- Não tinham muito tempo para pensar nisso. A maioria das famílias era pobre e não existia mais nada para além do trabalho e da família;
2°- A religião tinha mais influência na sociedade do que nos dias de hoje (apesar de este continuar a ser um "motivo" para as pessoas não aceitarem a diversidade de orientações);
3°-O facto de poder existir uma relação amorosa ou não entre duas pessoas para alem de um homem e uma mulher era uma coisa que não passava pela cabeça de ninguém, por isso, quando se tivesse algum sentimento por uma pessoa do mesmo género ou não se sentisse atraído por nenhum dos dois géneros ou, ainda mais longe da cabeça dos nossos antepassados, se alguém se identificasse com outro género que não aquele que o órgão genital definiu a pessoa mergulhava em pleno inverno no rio para ver se refrescava as ideias e ia á igreja rezar para que Deus lhe purificasse a mente.
4°- Qualquer coisa que não fosse comum era uma maldição ou um castigo de Deus (lá está, a religião). Se um homem dissesse que gostava de homens era capaz de ser morto justificando-se que era "uma obra do Diabo".
Imaginem que ao longo da música aparecem mais tambores. No princípio só toca 1(mas isso não significa que não hajam mais, simplesmente não estão é a tocar), depois 2, 3, 10, 100, 100 milhões,... isso é a evolução da mentalidade das pessoas. Vamos-nos apercebendo que a orientação sexual é um direito humano e que sermos livres de sermos quem somos também é.
Neste livro vou contar a minha história e responder a algumas perguntas que gostava que me tivessem sido esclarecidas quando precisei.

Podem fazer perguntas nos comentários e eu darei o meu melhor para responder ao máximo que conseguir.

Manual De Orientações Onde histórias criam vida. Descubra agora