• quatro •

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Entre tantas viagens, eu e Yoongi não parecíamos mais cidadãos coreanos. Eram raros os meses que passávamos na nossa casinha, porque mesmo quando estávamos de volta, íamos a festas e… Como os jovens chamam hoje em dia? Ah sim, sociais!

Nossos amigos sempre promoviam sociais. Coisas bobinhas para nos atualizarmos a respeito da vida deles e eles da nossa.

O fato é que com o tempo, tanto eu quanto seu avô não víamos mais a necessidade de voltar pra casa. Estávamos estáveis financeiramente, principalmente depois que Yoongi conseguira um emprego como modelo ou coisa do gênero — até hoje não entendo bem o que ele fazia, mas ajudava na hora de pagar as coisas.

Por isso alugamos um apartamento simplório em Nova Iorque e moramos lá por um tempo. A vibe era totalmente diferente!

Pessoas animadas — e chapadas, diga-se de passagem —, muito mais liberdade que a Conservadora Hipócrita do Sul (ou será Coreia?), música e o mais importante, diversão. Todos os tipos dela, inclusive alguns tipos de drogas, como maconha e haxixe.

Posso dizer que sim, vivemos na pele o famoso sexo, drogas e rock n' roll. Não foi tão bom como todos pintam, as drogas sintéticas acabam com o corpo humano e muita gente morreu de overdose na época, mesmo assim não foi uma experiência ruim.

Os alucinógenos naturais traziam uma brisa que me fazia voar. Inclusive, a maconha de uma cidadezinha em especial que visitamos… Não vou me lembrar o nome dela, mas lembro de algo típicamente asiático nela: as cerejeiras. E, realmente, era uma cidade bem coreana.

Posso dizer que viajei total entre o rosa das cerejeiras.

Mas esse não é o real objetivo disso aqui, certo? Realmente, sou velho pra porra, olha só como me enrolo!

Enfim, temos tantas fotos em território americano, que podemos nos considerar cidadãos estadunidenses. E, como tal, precisávamos arriscar nas insanidades (sim, Taehyung, além das drogas).

Foi com essa desculpa que eu arrastei aquele ranzinza do seu avô para pular de paraquedas. Aquele dia foi estranhamente incrível.

Eu nunca me esquecerei da sensação. Adrenalina pura rodava pelo meu corpo; lembro que ouvimos atentamente as instruções do cara que comandava aquele trambolho, antes de pular, os olhos castanhos e selvagens de Yoongi me encararam profundamente. Ele não me disse nada com a boca, mas seu olhar me dizia “eu te amo”.

E, quando finalmente pulamos do avião, ele me abraçava forte. O vento ao nosso redor era totalmente louco, puxamos a cordinha do paraquedas e… Não posso descrever com palavras. Só posso dizer que foi sensacinal.

Algo me dizia com todas as letras que, em meio àquela loucura, tínhamos todo o tempo do mundo.

🗽

Depois de anos, eu finalmente coloquei a cara no sol!!!

Me desculpem pela demora absurda, mas eu travei com Tempo Perdido, porque essa é uma história com narrativa totalmente diferente com o que estou acostumada a escrever.

Mesmo assim, obrigada a todos os que ficaram aqui. Vocês são extremamente legais comigo!

Uma coisa sobre esse capítulo: ele tem algumas referências sobre uma fanfic que estou planejando... Deixarei no ar.

Outra coisa, eu sei que as cerejeiras são árvores típicas do Japão (ou algo do tipo), mas eu usei da minha licença poética e ficcional aqui, obrigada.

Espero que tenham gostado,
Maduh.

tempo perdido » namgiOnde histórias criam vida. Descubra agora