O medo correu por Emma. Não só era alguém com quem ela tinha se conectado aqui, no abrigo seguro de David, mas alguém que conhecia no mundo real. O que podia fazer? Emma não queria isso. Era intimidador, assustador.
Embora soubesse quem poderia ser ela, representava tudo que a apavorava. Um laço sentimental, intimidade, amor. Emma apertou as mãos trêmulas e as torceu tão forte que sua pele ficou branca.
Conforme Emma encontrou os olhos cor de amêndoa de Regina, seu passado voltou e perfurou sua alma. Emma se sentiu traída. Por David. Por si mesma. Por Regina. Não era razoável, mas a raiva assumiu o comando e Emma abraçou-a em lugar do medo que a rasgava.
Embrulhando suas emoções em uma bola apertada, ela empurrou-as até que seu estômago tremeu com o esforço. "Por que você liberou minhas mãos?"
Regina levantou a sobrancelha. "David me deu permissão para quebrar as regras. Ele imaginou que você removeria a máscara se quisesse."
"Bem, eu removi." A raiva amarga tingiu sua voz em um tom de zombaria. "Eu não sei o que você pensou que aconteceria agora. Eu assumo que você gostaria de mudar as regras para se adaptar."
Regina piscou para ela de onde estava sentada na beira da cama. A visão de seu corpo despido mexeu com seu sangue, mas ela ignorou isso. Saia de perto de mim. O pensamento gritava em sua cabeça. Ela era danificada, incompleta, não tinha nada para oferecer a Regina. Ainda que Regina tivesse atravessado as barreiras que Emma tinha cuidadosamente construído por anos. Que direito tinha de girar seu mundo de cabeça para baixo?
Seus olhos estreitaram. "Eu não mudei as regras. Você não tinha que remover a máscara."
Que Regina estivesse correta só abasteceu a raiva, e Emma desesperadamente precisava livrar-se dela, distanciar-se dela. "Eu estava curiosa. Agora, minha curiosidade está satisfeita. Você pode partir." Emma endureceu seu coração contra a expressão aflita em seu rosto.
Regina respirou fundo e levantou suas roupas. "Eu vejo que cometi um engano."
"Sim, você fez." Sua garganta doeu com o esforço para conter as lágrimas.
Regina deu a Emma um último olhar atento, então andou a passos largos para a porta, e com sua mão no trinco, ela parou, não encontrando seus lindos olhos verdes. "Foi um engano que eu cometeria novamente. Boa sorte, Emma."
Com isto, Regina partiu.
Por que Regina teve que libertá-la? Por que ela não podia ter deixado as coisas do modo que eram? Agora, o mundo real tinha se intrometido em seu mundo de fantasia, e ela não sabia como colocar as coisas de volta no modo que elas eram. Até não sabia se queria isso.
Emma desmoronou em uma massa de lágrimas impotentes. David estava lá imediatamente, sentando perto dela conforme soluçava como se seu coração estivesse quebrando.
O sono era novamente enganoso quando a semana começou. Emma chorava em um sono inquieto e então agitou e virou a noite toda. Ela evitou a cafeteria para afastar a possibilidade de encontrar Regina. Porém, manter-se distante a fez sentir-se pior.
Na quinta-feira, encontrou-se sentada no restaurante, comendo seu almoço habitual e tentando manter os olhos longe da porta. Mesmo assim, ela soube imediatamente quando Regina entrou. A conexão foi imediata.
O olhar dela encontrou o seu e deslizou longe, vazio de qualquer expressão. Seu coração apertou em agonia. Apesar de Emma a ter rejeitado, machucado, o laço entre elas era tão forte que soube quando Regina sentou e sentiu cada tremor de seus músculos. Aquelas mãos talentosas que ligaram o laptop do outro lado da sala. Aquelas mãos fabulosas que tinham criado sensações que ela nunca tinha experimentado.
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A máscara que ela usa [CONCLUÍDA]
FanficNo estilo de vida BDSM, Emma Swan é uma submissa extrema, com bagagem grave. Durante anos, tem evitado sua dor e ocultado segredos sombrios. Agora, um Dom experiente quebrou suas barreiras e a forçou enfrentar seu medo. O sexo sempre foi um jogo de...