An Unexpected Love (Zayn Malik) Completo

Capítulo 10 (Editado)

ZAYN

"Amor, o que achas de depois das aulas ir-mos dar uma volta." perguntou-me a Perrie dando-me um beijo no pescoço.

"Acho uma ótima ideia." sorri para ela.

"Bom dia pessoal." cumprimentou o Fábio. Olhei em volta e achei estranho apenas ver o Fábio. Onde está a Ana? Será que ela está bem? Acho que o Harry me leu os pensamentos porque perguntou ao Fábio onde estava a Ana.

"Elá ficou em casa. Está doente." respondeu. Doente?

"Mas o que é que ela tem?" não consegui evitar perguntar.

"Ela está com febre, muito alta mesmo. A minha mãe quer leva-la ao médico se ela não melhorar. Estou muito preocupado, porque ela quando fica doente fica mesmo mal. Da última vez ela teve que ficar no hospital." O quê? Ela no hospital? Eu preciso de saber se ela está bem. Levantei-me e preparei-me para ir embora.

"Onde vais Zayn?" perguntou a Perrie confusa. E agora o que digo?

"Hum... Eu tenho umas coisas para fazer."

"Mas vais faltar às aulas?"

"Hum... acho que sim, telefono-te mais tarde." respondi e saí dali rapidamente para ninguém me fazer mais perguntas. Dirigi-me rapidamente para a casa da Ana. 10 minutos depois estava a tocar à campainha. Continuei a tocar, mas ninguém aparecia à porta. Será que ela está bem? Porque é que não abre a porta? Estava quase a desistir quando ela abre a porta, obviamente surpreendida por me ver.

"Zayn? Que fazes aqui?"


ANA

"Hum... eu vim ver como estás?" olhei para ele com uma cara confusa e ele continuou. "O Fábio disse-nos que estás doente e vim ver como estavas."

"Entra, está muito frio." desviei-me dando-lhe passagem para entrar. Sentámo-nos e houve um silêncio não muito confortável.

"Então... sentes-te melhor?"

"Sim." menti, sinceramente não me sentia muito bem. Mas já estou habituada. Quando estou doente é mesmo a sério. Da última vez tive que ficar no hopital durante uns dias.

"A sério? Não me pareces muito bem."

"Sim, não te preocupes." sorri.

"Então... o que vais fazer enquanto estás doente?"

"Acho que vou ficar no quarto a ver uns filmes."

"Queres que te faça companhia?" O quê?

"És muito querido, mas não precisas. Devias de estar nas aulas."

"Preciso sim, é para isto que os amigos servem, não é?" Fiquei um pouco desapontada por ele ter dito "amigos", porque obviamente eu queria que ele fosse mais do que um simples amigo. Mas por outro lado fico contente porque ele prefere ficar aqui comigo.

"Obrigada, mas não te quero atrapalhar, tenho a certeza de que tens mais coisas para fazer do que ficares com uma doentinha." gozei comigo própria. Ele riu.

"Não, não tenho. E mesmo que tivesse, prefiro a tua companhia." Sorriu para mim e eu derreti. Ele prefere ficar aqui comigo do que estar com a namorada? Sorri ainda mais. "Então, vamos ver um filme?"

"Sim, vamos. Tem que ser no meu quarto, porque tenho o DVD lá em cima." Ele assentiu e quando nos estávamos a levantar, alguém bateu à porta. "Mas que será agora?" bufei e dirigi-me à porta. Abri a porta e quase caí. O que ela está aqui a fazer?

"Filipa?" perguntei ainda não acreditando o que estava a ver.

"Olá Ana. Sentis-te a minha falta?" sorriu cinicamente para mim.

"Mas que raio estás aqui a fazer?"

"Então, vim ver como estavas. Depois da morte do teu pai, nunca mais te vi." disse ainda com aquele sorriso. Fiquei logo com uma raiva imensa. Como é que ela se atreve a falar do meu pai.

"Não fales do meu pai." rosnei para ela. A raiva que sinto por ela, aumenta a cada palavra que sai daquela boca.

"Porquê? Sentes muita falta do papá?

"Para de falar do meu pai!" gritei. Era isto que ela fazia. Ela sabia sempre o que dizer para nos deitar a baixo.

"Porque vais me bater?" riu "Sabes bem que nunca eras capaz de fazer isso."

Ia para responder, mas o Zayn apareceu. "Mas que raio se passa aqui?" Ignorei a pergunta dele. "Tu não me conheces. Não sabes nada da minha vida. Eu não sou a rapariga que costumava ser. Eu mudei e já não tenho medo de ti. Eu tenho pena de ti. Mas sabes qual é o teu problema? Inveja. Nunca tives-te amigos de verdade. Aqueles a quem chamavas de teus amigos, nunca gostaram de ti. Só estavam contigo porque eras a filha do director. É por isso que fazias todas aquelas coisas, porque sabias que não ias ser castigada. Tu não passas de uma menina mimada que precisa de fazer as outras pessoas sentirem-se mal para sentires que tens poder, que podes fazer o que quiseres. Mas estás enganada. Comigo não vais fazer mais isso. E sabes? Sim, agora apetecia-me mesmo bater-te, mas não o vou fazer porque não vou descer ao teu nível." explodi. Disse-lhe algumas das coisas que me apetecia dizer-lhe já à muito tempo atrás. Depois de tudo o que ela fez, ainda tem o descaramento de me falar do meu pai?

"Não sabes do que estás a falar. Pensas que a minha vida era fácil? Eu fazia aquelas coisas para me vingar de ti e para o meu pai reparar que eu existia. Sim, eu tinha tudo o que queria, mas nunca tive o amor de pais. O meu pai nunca estava em casa, dizia que tinha reuniões e a minha mãe? Bem ela passava a vida no escritório. Eles nunca quiseram saber de mim." gritou de volta.

Por um lado sentia-me mal por ela, mas por outro eu não tinha a certeza se o que ela dizia era verdade. Ela sabe muito bem manipular as pessoas, consegue tudo o que quer. Ela passa por cima de toda a gente, para alcançar os seus objectivos.

"Vai-te embora." disse-lhe.

"Eu vou, mas não vou desaparecer da tua vida. Vais pagar por tudo o que me fizes-te. Vou afastar todas as pessoas de quem gostas da tua vida." respondeu e foi-se embora.

"Ana, o que é que acabou de acontecer aqui?" perguntou-me o Zayn.

"Uma longa história."

"Queres desabafar?" Assenti com a cabeça. Preciso de contar isto a alguém, não consigo guardar mais isto dentro de mim. Sentámo-nos no sofá e comecei a contar-lhe.

"Eu já a conheço desde os 6 anos. Ela sempre foi assim. Queria mandar sempre em tudo e nunca se importou de passar por cima das pessoas para ter o que queria. Quando fomos para o 7 ano, as coisas pioraram. Ela fazia o que queria porque o pai dela era o director da escola. Ela praticava bullying. Comigo. Isto tudo começou quando o meu irmão a rejeitou e ela sempre pensou que a culpa era minha. Pensava que tinha sido eu que tinha dito ao Fábio para a rejeitar. Mas não fui. Ele sempre soube como ela era, ele sempre soube o que ela me fazia e fazia de tudo para me proteger. Ela depois arranjou um namorado. O rapaz que eu gostava só para me atormentar. Ela fazia de prepósito para eu a ver com ele. Mas mesmo assim não parou de me bater. Eu acho que a partir de uma certa altura, ela fazia isso por diversão. Ela adorava humilhar-me. Ela fez coisas horríveis que me fizeram mudar de escola. E tudo por vingança. Ela queria ser sempre melhor que eu. Ela levava tudo como uma competição. Tanto nas notas, como nos rapazes. Ela pensava que eu fazia de tudo para a prejudicar, por isso é que ela disse que se ia vingar de mim. Ela sempre me atormentou, sempre me disse coisas que sabia que me iriam magoar. Mas eu nunca lhe respondia porque tinha medo que ela fizesse pior. E agora que o meu pai morreu, ela não iria perder essa oportunidade." chorei no seu ombro.

"Pronto, ela não vai mais fazer essas coisas. Eu não vou deixar. Eu não vou deixar." sussurrou ao meu ouvido, fazendo festas no meu cabelo.

**

"Bem... tenho de ir." disse o Zayn. Já eram 17:30. Ele passou o dia comigo. Depois do que o que se passou com a Filipa, decidimos ver uma comédia para me animar. Realmente divertir-me, mas a febre parece não baixar.

"Ok... obrigada Zayn." sorri.

"Não tens que me agradecer." sorriu de volta e saiu. Sentei-me no sofá e imagens do que se passou apareceram na minha memória.


FLASBACK ON

"Então vamos ver que filme?" perguntei ao Zayn.

"Acho que devíamos ver um filme de comédia." sorri.

"Parece-me bem." sorri de volta.

Decidimos ver a Ressaca e deitámo-nos na minha cama. Ao longo do filme, pude reparar que de vez em quando o Zayn olhava fixamente para mim, o que foi um pouco desconfortável.

"Zayn? Passa-se alguma coisa?" virei a cabeça para olhar para ele e reparei que ele estava muito perto de mim. Conseguia sentir a respiração dele na minha cara. Olhamo-nos nos olhos e ele começou a aproximar-se de mim. Eu não consegui fazer nada, apenas o deixei aproximar-se. Ele fechou os olhos e preparou-se para me beijar. Rossou os seus lábios nos meus e quando ele me ia mesmo beijar, uma imagem do Zayn e a Perrie apareceram na minha cabeça. Afastei-me rapidamente dele e fixei o meu olhar na televisão. 

"Hum... desculpa." desculpou-se um bocado embarassado.

"Não há problema." sussurrei.


FLASBACK OFF

Se eu não tivesse virado a cabeça ele teria realmente me beijado? Eu queria, queria mais que tudo, mas não podia. Não podia fazer aquilo à Perrie. Não podia fazer aquilo ao Zayn. E principalmente não podia fazer aquilo a mim própria. Se eu o tivesse deixado beijar-me seria pior para mim. Ficaria, por um lado, com peso na consciência , e por outro lado, ficaria a achar que eu e o Zayn teríamos realmente uma hipótese. Ter essa esperança só iria ser pior para mim. Iria fazer que, quando ele voltasse para a Perrie, eu iria sentir-me mais rejeitada por ele.

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