ZAYN
Estava sentado na mesa do café um pouco impaciente. Nem sei bem o que vou dizer à Ana. Tudo o que se passou entre nós foi um erro e não se vai voltar a repetir. Vou focar-me a 100 porcento na minha relação com a Perrie. Já passei por muito e agora que encontrei alguém que me ama, não vou deixar que ela me escape por entre os dedos. É verdade que a Ana tem qualquer coisa que me faz querer conhecê-la melhor e pretendo fazer isso, se ela me deixar, mas não vou arruinar a minha relação com a Perrie.
Levantei a cabeça e vi a Ana a andar na minha direcção. Levantei-me.
"Olá Ana." cumprimentei-a.
"Olá Zayn." ela respondeu a sentámo-nos. Por uns momentos houve um silêncio desconfortável. Eu não sabia o que havia de lhe dizer. "Então... o que querias falar comigo?"
"Hum... eu quero falar contigo sobre o que se passou na sexta." comecei por dizer. . "Eu quero pedir-te desculpa e também quero que saibas que o que aconteceu nunca mais vai voltar a acontecer. Eu estava bêbedo e não sabia o que estava a fazer. Foi um erro. Não quero magoar a Perrie. Amo-a demasiado para que isso aconteça." por minha admiração consegui dizer-lhe isto. Cada palavra que lhe disse é verdade. Eu amo demasiado a Perrie para a deixar ir. "Hum... não dizes nada?" estava a ficar nervoso. Ela não dizia nada, apenas olhava para mim com uma expressão indecifrável.
"Tu tens razão, aquilo não deveria de ter acontecido. Foi um grande erro e não te preocupes que a Perrie nunca vai saber disto. Vê-se que vocês gostam muito um do outro, e eu nunca iria fazer alguma coisa para estragar a vossa relação." Ela acabou por dizer. Suspirei de alívio. Não conseguia perceber se o que ela disse foi sentido ou foi apenas da boca para fora.
"Ainda bem, a última coisa que eu queria era que ficasses incomodada com a minha relação com a Perrie." sorri.
"O que queres dizer com isso?" franziu a testa.
"Hum... tu sabes, tinha medo que com o que eu fiz, te fizesse de alguma forma ter esperança que alguma vez iriamos ter alguma coisa. Sabes tinha medo que desenvolvesses algum tipo de sentimentos por mim, mais que uma amizade." o que eu não quero mesmo é que ela se apaixone por mim.
"O quê?" deu uma gargalhada. "Oh, não te preocupes, nós somos só amigos, não tenho qualquer tipo de sentimentos por ti." sorriu.
"Ainda bem." suspirei de alívio. "Sabes eu amo mesmo a Perrie, acho que finalmente acentei e encontrei alguém que gosta verdadeiramente de mim." sorri.
"Dá para ver que gostam um do outro." sorriu "Bem... eu tenho que ir. O meu irmão ficou à minha espera, temos coisas para fazer." desculpou-se.
Despedimo-nos e ela saiu deixando-me sentado naquela mesa. Eu não sei porque é que fiz aquilo em primeiro lugar. Eu acho que o fiz, porque não estava habituado a estar numa relação. O que eu sempre fiz, foi estar com uma rapariga e não esperar ter qualquer tipo de relação. Acho que foi isso que aconteceu comigo e com a Ana. Mas porque é que eu me sento mal depois desta conversa? Porque é que não estou feliz por saber que ela não vai entrometer-se na minha relação com a Perrie? Era isso que eu queria, não era? Sim, é isso que quero e agora que esta história com a Ana está resolvida, não tenho que me preocupar mais com o que se passou. Só espero que agora o ambiente entre mim e a Ana não fique estranho.
Finalmente levantei-me e saí do café. Comecei a andar sem destino. O melhor que posso fazer, é fingir que nada disto se passou. Tenho que me concentrar na Perrie. Hoje convidei-a para jantar com a minha família, no próximo fim de semana. Vou apresentá-la como minha namorada. A minha mãe e as minhas irmãs já me andaram a chatear que a querem connhecer e é isso que vou fazer. Eu vou ser feliz com a Perrie, eu sei que vou.
ANA
Estou agora na minha pausa de estudo. Finalmente hoje é sexta-feira. Ter que ver o Zayn com a Perrie todos os dias como um casal feliz, não é o que eu quero ver. Às vezes só me apetece dizer à Perrie tudo o que se passou entre mim e o Zayn, contar ao Zayn que gosto dele e rezar para que ele goste de mim. Mas depois olho para ela e não tenho coragem. Ela é demasiado boa pessoa para que possa fazer-lhe isso. Ela é tão querida, que é impensável fazer alguma coisa para arruinar a sua relação com o Zayn. Apesar de todo este drama, eu gosto muito da Perrie, ela é uma excelente pessoa.
A Eleanor, o Niall e o meu irmão têm sido um grande apoio para mim. Estão sempre preocupados comigo cada vez que vejo o Zayn e a Perrie. Por vezes torna-se chatos estarem sempre a perguntarem-me se estou bem. Faz-me sentir como uma criança. Não quero que tenham pena de mim. Não quero que me vejam como a rapariga que está com o coração despedaçado. Não quero que me tratem como se fosse uma boneca de porcelana que ao mínimo toque me vou partir. Não quero que me tratem de maneira diferente só porque o Zayn nem se deve de lembrar que existo. Desde que tivemos aquela conversa, que ele nem sequer olha para mim. Isso faz-me sentir pior do que já me sinto. É muito mau saber que por causa de um disparate, um amigo deixa de falar contigo. O pior é que deixamos tudo esclarecido e ele resolve na mesma não falar para mim. O que é que eu lhe fiz? Não acha que já é castigo suficiente gostar de alguém e não ser correspondida? Vejo-o todos os dias e sinto-me completamente invisível aos seus olhos. Às vezes, só me apetece fazer as malas e voltar para Portugal, esquecer que ele existe e ter a minha vida de volta. Tenho muitas saudades dos meus amigos. Falo com eles por Skype todas as semanas, mas não é a mesma coisa. Só quero poder voltar a vê-los, poder abraça-los de novo e levar a vida que sempre levei. Mas enfim, isso não é possível.
Dizem que com o tempo tudo passa, certo? Só espero que isso seja verdade, mas vê-lo todos os dias, só faz com que os meus sentimentos por ele crescem...
Agora vou focar-me na escola, ter boas notas e entrar numa boa universidade.
**
"Ana, tu estás muito pálida." disse-me a minha mãe com um tom de voz de preocupação.
"Pois, eu não me estou a sentir muito bem, mãe." ela levou a sua mão à minha testa.
"Querida tu estás muito quente. Eu vou buscar o termómetro." disse e saiu do meu quarto. Pouco depois voltou a entrar e colocou-me o termómetro.
"O que sentes querida?"
"Doí-me a cabeça e o meu estômago está a andar às voltas."
"Parece que apanhas-te algum vírus." o termómetro apitou, ela retirou-o. Ao olhar para ele, ela arregalou os olhos.
"Está muito alta?"
"Querida, estás com quase 40 graus de febre. Hoje vais ficar em casa. Vou pedir ao teu irmão para avisar os teus professores que não vais." disse e rapidamente saiu, e o meu irmão entrou no quarto.
"Então mana, a mãe disse-me que estavas doente." sentou-se na minha cama e acariciou-me a testa.
"Sim, devo de estar com algum vírus."
"Eu vou ter que ir. Disse à mãe que ficava a tomar conta de ti, mas ela não me deixou."
"Não te preocupes, eu fico bem." sorrimos, beijou-me a testa e saiu.
Por um lado é bom estar doente, porque significa que não vou ter que ver o Zayn e a Perrie. Custa muito vê-los juntos. Assim posso passar um dia sem que uma dor se apodere no meu peito cada vez que eles se beijam.
"Já avisei a minha chefe que não vou trabalhar."
"O quê? Não mãe, eu não te quero prejudicar, vai trabalhar. Eu fico bem."
"Não querida, tu estás doente, não quero que fiques aqui sozinha.
"Mãe, eu fico bem. Consigo sobreviver um dia sozinha." sorri para a tranquilizar.
"Tens a certeza?"
"Sim, tenho. Vai lá descansada. Se precisar de alguma coisa eu ligo-te."
"Mas liga mesmo." avisou-me.
"Sim, não te preocupes." sorri. Depois do seu discurso de não saias da cama, toma os comprimidos que te deixei, não abras a porta a ninguém e muitas mais instruções, ela decidiu sair e ir trabalhar.
Estava a ver um filme no meu quarto quando batem à porta. Mas quem será? Eu não estou à espera de ninguém e são apenas 9 horas. Levantei-me da cama e desci. Andei até à porta e quando a abri, fiquei espantada por ver a pessoa que estava à minha frente.
"Zayn? Que fazes aqui?"Votem :)
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An Unexpected Love (Zayn Malik) Completo
Novela JuvenilSabem aqueles momentos em que tudo está bem e no segundo seguinte tudo desmorona? Pois eu sei bem de qual é a sensação. Estou a passar por esse momento agora. Num minuto tudo estava bem e a seguir temos que mudar a nossa vida para que as más lembran...