Capítulo 2 - Parabéns Príncipe

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Cheiro de bolo sendo assado, meu rosto se aquecendo aos poucos, como se eu estivesse no forno. Abro meus olhos lentamente e o sol bate neles, mas logo uma sombra me protege.

— Por que raio você abriu a janela, Jo? — disse me virando preguiçosamente.

— Achamos que você deveria acordar cedo hoje. Não acha, filho? —  Assim que ouço sua voz, viro meu rosto para ele, meu pai  estava ao meu lado todo suado, sem camisa e short de academia. Ja suas mãos estavam bem limpas e cheirosas, contrastando com o resto do corpo.

— Essa é a única hora que tenho pra malhar e vê-lo. Todos os dias. Esse momento é mais certo que o nascer do sol. — Ele alisou meu queixo, quando ele vem eu quase sempre ainda estou dormindo. E sempre nos vemos no jantar, meu pai é dramático às vezes. — Será que você nunca terá barba como eu?

— Eu não quero ter barba, deixa para o próximo rei. — Ele me lança um olhar mais sério. O sonho dele é me ver assumindo seu título. — E nos vemos sempre. Acordou dramático o senhor!

Ele deu uma pequena gargalhada — Já é um homem, eu tenho que me acostumar com isso, mas não quero. — Ele da uma suspirada mais funda. Desde que eu fiz 15 anos, ele tem começado esse papo de que tem que me deixar crescer e voar — Agora vai começar a se relacionar com outros homens. Conhecer os prazeres da carne.

— Prazeres da carne? — Me ajeito na cama, me sentando e ele se ajeita ao meu lado. — Apenas idosos usam esse terno. Já ficou velho?

Ele lançou seu braço por cima do meu ombro. Prendeu seu braço atrás do meu pescoço me puxando num arranco em direção ao seu peitoral. Sua outra mão balançava meus cabelos. Meu rosto era enterrado naquele peitoral forte, peludo e suado. Sonho de todos da ilha esse momento, mas pra mim era uma agonia. Rapidamente afundei meu dedo indicador no meio da coxa esquerda que ele sentia muita cosquinha, ele riu me soltando e eu pulei fora da cama rindo. Meu rosto estava úmido.

— Papai! — fingia está bravo, mas ria com ele.

Vejo a porta do meu quarto se abrir sem nenhuma batida, sabia quem era.

— ACORDA! — Era Joseph sorridente com um presente, ele olhou minha cama e arregalou seus olhos - Rei, me desculpe.

Meu pai se levantou andou até ele. Vejo Joseph engolir a seco, quase deixando cair o presente. Antes do Joseph fazer dezoito anos, papai praticamente o tratava como um filho, mas depois começou com suas questões reais e foram se afastando, deixando a relação de uma espécie de pai e filho para chefe e empregado. Mas algumas vezes eles esquecem e voltam a ser o que era antes.

— Bata na porta, sabe lá quem poderá encontrar aqui no quarto. Entendido? — Ele disse segurando o queixo de Joseph e fazendo ele concorda com a cabeça, o olhar de Joseph era fixado no corpo do meu pai. Seria seu sonho erótico tê-lo em seu quarto assim? Sim.

Com meu samba calção verde e uma regata larga preta corro até Jo, assim que o sonho dele acaba.

— Esqueceu que ele vem sempre aqui a esse horário?

— Não se preocupe, um dia você esquecerá também. Agora me dê um abraço! — Ele disse abrindo os braços me puxando com força. — Dezoito anos, que emoção, não vai mudar nada na sua vida isso, mas vamos fingir que é grande coisa.

Eu ria com o que ele falava, eu sempre via em filmes as pessoas loucas para serem adultas e independentes. Quando Jo fez dezoito poucas coisas mudaram para ele. Acho que algo mais significativo foi um quarto maior e um posto real.

— Obrigado. Agora tenho que tomar um banho e falar com o Christian... — Só agora me lembro do momento embaraçoso do dia anterior.

— Ele acordou bem cedo, correu junto com os meninos do exercito e até carregou uns sacos de farinha. — Ouvia enquanto entrava no banheiro.

Príncipe Pedro ( Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora