Lauren POV 2

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Sabe de uma coisa que eu sempre vejo em séries e filmes e sempre quis ter a oportunidade de fazer? Ser um daqueles casais que entra aos beijos na casa ou no apartamento, quebrando todas as coisas, derrubando tudo, caindo um por cima do outro e fodendo como se não houvesse amanhã.

Hoje esse momento é meu, hoje isso ninguém me tira!

Deixa eu te atualizar nos babados... afinal de contas, nem tudo na vida é Larry, não é? Às vezes é Camren (ou devo dizer Kamren, cof cof). De qualquer forma, estamos sempre sofrendo por OTP. Mas voltando ao lance, a parada é que Ka e eu fomos nos encontrar no cinema hoje pra se passar a mão enquanto fingíamos que assistíamos o filme.

Falo mesmo. Tô com a minha mão molhada até agora. Se me perguntarem como foi o filme, não lembro nem o título.

Aí ela me convidou pra gente comer alguma coisa quando saímos do cinema e eu disse que not, pois sou o tipo de pessoa que goza quando come uma coisa gostosa e se satisfaz. Das duas, uma: ou eu comia, ou eu trepava. Qual vocês acham que eu escolhi?

Deixei ela tomar um milk shake lá de baunilha e fomos as pressas pra casa dela, pois ela me deu um olhar triste dizendo que estaria sozinha hoje, já que estavam todos na igreja, e eu disse "ah, é? Poxa, que peninha... vou lá te fazer companhia pra vc não ficar sozinha; vou quebrar esse galho pra ti".

Wink, wink.

E o olhar triste dela virou um olhar safado. Essa mina é da minha laia, por isso amo ela.

Essa seria a primeira vez que eu conheceria a casa dela. Bom, na verdade a única coisa que eu queria conhecer era o quarto dela. Quem sabe, depois de quebrar a cama, eu podia conhecer a mesa da cozinha, o sofá da sala e o chuveiro também, mas... prioridades, né?

Então nós fomos pra essa pequena casa em Queens e, assim que ela abriu a porta, MEU MOMENTO CHEGOU. ESSA CENA É MINHA, NINGUÉM ME TIRA.

Não deu tempo nem de acender a luz. Puxei ela com força pelo braço, fazendo-a girar e bater o corpo contra o meu. O próximo impacto que ela sentiu foi dos meus lábios gostosos de mel. Ainda dá pra sentir um resquício de baunilha na saliva dela.

Cara, eu não tô vendo nada! Mas a sensação é muito boa. A gente anda aos tropeços sem se largar e ri baixinho toda vez que nos batemos em alguma coisa. Puxo o moletom dela, fazendo-a tirar de maneira muito desajeitada. Somos uma bagunça. Mas uma bagunça quente e deliciosa.

Continuamos caminhando as cegas até que nossos corpos se chocam contra o sofá verde de três lugares. Ka cai (hahahahahahaha espera, deixa eu refazer essa fala). Camila com K cai de costas no sofá e me puxá para cima delá. Tudo isso sem parar de rir. E o fogo na xana só aumenta. Tô louca pra colocar minha boca na pepeca dela.

E aí, a voz do além surge no ambiente.

"Que se passa aqui?" uma voz imponente ressoa, fazendo eu me arrepiar até em lugares inarrepiáveis. Essa palavra existe? Não? Ótimo, então me deem os créditos!

As mãos de Camilinha, que até então apertavam minhas coxas carnudas, me empurraram com tudo para cima. Espero que ela tenha essa mesma força quando me lançar na cama. Anyway, fiquei de pé diante de uma pajé. Sério. Não sei qual é a da véia, mas por alguns segundos, podia jurar que tinha até um cocar na cabeça dela.

"Abuelita?" Ka diz ao se levantar.

"Esto es lo que haces cuando no estoy?" A véia tá tiririca.

"No estabas en la iglesia?"

"Esto es una vergüenza!"

Fico que nem aqueles patos na água no meio dessa discussão. Não entendo quase nenhuma palavra, mas sei que o negócio tá punk. Agora, não sei se é porque estávamos num amasso gostoso ou se é porque somos duas gurias. Enfim, enfim, a única coisa que eu posso fazer é ficar bonitinha aqui enquanto espero a pajé me perguntar se eu hablo español só pra eu dizer que a única coisa que eu hablo é as pernas.

SEND ME A PICTURE (Larry Texting)Onde histórias criam vida. Descubra agora