Depois da Madrugada

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Eu escutei quando o despertador tocou a primeira vez, mas eu o desliguei e decidi tirar uma soneca de cinco minutos. Cinco minutos, eu disse? Cinco minutos é o caralho! Acordei assustado duas horas mais tarde, e como se isso já não fosse o suficiente, eu havia esquecido completamente que Zayn estava na cama comigo.

Tipo, o quê? A gente bebeu malmente metade de uma garrafa de vodka! O que mais teria acontecido se abríssemos a outra garrafa? O que mais teria acontecido se eu não tivesse pensado em Harry? Malmente nos conhecemos e já estamos na mesma cama... quando foi que eu me tornei tão promíscuo assim?

Pego meu celular e olho pro horário, soltando um suspiro logo em seguida. Já era! Já me atrasei para a primeira aula. Pra segunda. Pra terceira. O negócio em Nova York é que as festas rolam até mesmo no dia de semana, e se você não conseguir acordar no dia seguinte para ir à faculdade ou ao trabalho, bem... problema seu!

Sem fazer nenhum barulho, tento sair de fininho, mas sou surpreendido por braços que me puxam de volta para a cama.

"Fugindo de mim?" a voz rouca de Zayn penetra em meu ouvido, causando-me arrepios.

"Perdi o horário", rio fracamente. "Você não deveria estar no trabalho?"

"Só mais tarde", ele abre os olhos e me encara com um sorriso. "O que estamos fazendo?"

"Não sei... acordando?"

"Tendo você assim... eu não consigo me conter".

"C-como assim?" Zayn inclina-se para me beijar, mas eu viro o rosto. "Z-zayn... meu hálito..."

"Eu não ligo..." ele começa a beijar meu pescoço. Seu corpo rasteja sobre o meu e, assim, eu entendo o que ele quer dizer com 'não conseguir se conter'. Ele está duro, e isso está fazendo eu ficar duro também.

"Oh, Zayn..." relaxo apenas sentindo seu toque em minha pele, seus lábios molhados em meu pescoço, seu pau roçando contra o meu por dentro da roupa. Aí, um barulho emerge do andar de baixo, trazendo-me de volta a realidade.

Minha mãe está em casa. Consuelo também.

"'Pera", sussurro, empurrando Zayn para o lado. "Não estamos sozinhos".

"Ah", ele solta um grunhido frustrado. "O que eu faço com isso?" ele aponta com a cabeça para baixo. Dá pra ver o volume em sua cueca. Espera, por que ele está só de cueca??

"Banho de água fria", dou um tapinha no ombro dele e me levanto da cama.

"Sério?" ele parece desanimado. Ora, o que eu posso fazer?

"Aqui, pode usar isso", tiro uma toalha do guarda roupa e jogo para ele. "Aquela porta é a do banheiro", aponto. Ele solta mais um grunhido e se levanta, logo pegando suas roupas e indo até o banheiro. Não tiro os olhos dele nesse instante. Corpo... atraente.

Assim que escuto o barulho do chuveiro, vou até a porta do meu quarto e abro uma fresta, espiando o exterior. A voz de minha mãe ecoa do andar inferior. Ela está brigando com Consuelo, pois ela colocou sacola dentro da geladeira de novo, ao invés de retirar os legumes e guardar nas gavetas. Ótimo. Espero que ela não venha pra cá.

Fecho a porta do quarto e separo a roupa que vou usar. Aproveito para checar as notificações que há no meu celular também. Várias mensagens de Lauren perguntando aonde eu estou e o que estou fazendo. As últimas são as mais sugestivas, do tipo "já chega de liberar o precioso, VEM PRA AULA".

"Estou indo, sua vadia", leio em voz alta o que estou digitando. Mas é claro que eu apaguei 'sua vadia' antes de enviar, apesar do que eu acho que ela iria gostar.

SEND ME A PICTURE (Larry Texting)Onde histórias criam vida. Descubra agora