Capítulo 1

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" Tudo fica bem quando você está parada no olho do furacão. "
- DROGA! - Gritei antes de bater a porta do quarto finalizando mais uma exaustiva briga. Imediatamente peguei meu fone de ouvido e meu celular e deixei a música soar, fiz questão de deixar no volume mais alto.
Aos poucos fui me acalmando, é o que sempre acontece quando eu escuto as músicas dos meus meninos... E agora eu estou aqui pensando na minha finada boa convivência em família. Há algum tempo atrás começamos a ter sérios desentendimentos, tudo em nós diverge. Na verdade, acho que agora tudo virou um pesadelo porque já tenho idade suficiente para que meus avós possam jogar na minha cara tudo o que não jogarem antes. Aliás antes tudo era bom , eu pensava que era amada e bem acolhida pela minha família mas na verdade eram só máscaras, malditas máscaras. Mas de um tempo pra cá, o conto de fadas não existe mais. Agora eu sempre tenho que ouvir coisas que ninguém merece escutar: Jogam na minha cara que meu sustento vem deles, já que eu tenho uma mãe desnaturada que age como uma mistura de adolescente muito louca de 16 anos e uma criança de 7 e um pai que me assumiu por obrigação mas na real não tá nem aí. Bem vindo(a) minha vida incrível. Além de ser submetida a ouvir tudo isso, os insultos são frequentes. Sou sempre comparada a minha doce mãezinha e as espectativas criadas em relação a minha pessoa não são das melhores ( não chegam nem perto ) mesmo que eu tivesse mil atitudes que provassem o contrário. E então eu cheguei no fundo no poço, era como se eu estivesse quase sendo engolida por um furacão, porquê tudo estava desabando. E então por um milagre eu os conheci, eram os meus quatro anjos. Conhecidos pelas pessoas como Bradley Simpson, Connor Ball, James Mcvey e Tristan Evans formam a banda que salvou e salva minha vida até hoje: The Vamps. Eu finalmente entendi o sentido da frase " O lar não precisa ser necessariamente uma casa", eles são meu porto seguro. Escutar as músicas deles faz eu me desligar do mundo e esquecer todos os problemas e mágoas que me perturbam na maioria do tempo. Agora as coisas passaram a não me atingir de forma tão intensa, eu aprendi a não ligar, e mesmo que me atinjam eu passei a não deixar com que seja perceptível. Apenas duas pessoas sabem o que eu passo, meus melhores (e únicos) amigos Hades e Letícia, afinal é difícil deixar pra trás quem sempre esteve com você. Eu costumava gostar de estar rodeada de pessoas, mas as circunstâncias me fizeram preferir me enfiar em uma bolha imaginária onde eu vivo comigo mesma. Além do mais, não sou de criar confiança nas pessoas, já que muitas delas me decepcionaram...
Hoje posso ser mais forte, não demonstro mais meus sentimentos pra qualquer pessoa já que vivemos em um mundo onde tudo é considerado drama. Tudo o que eu quero é poder me formar logo e ir pra faculdade. Espero que seja bem longe daqui pra eu poder viver em paz...

Burn • Brad Simpson Onde histórias criam vida. Descubra agora