O encontro

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~Isa narrando~

Eu tô tão confusa, ta tudo acontecendo tão rápido, será que eu posso acreditar nas coisas que Raphael? eu tenho tanto medo de que isso tudo não passe de uma brincadeira. mas ao mesmo tempo eu o quero tanto, sinto que preciso dele, ninguém entende, acho que nem eu mesma entendo, o que eu faço? talvez eu só deva deixar rolar.

 Já são 12hrs, já podemos ir embora, finalmente, arrumo umas coisas e vou encontrar as meninas, ficamos conversando no corredor por um tempo, Manu passou ao meu lado e me deu um esbarrão, perguntei se ela tava cega e começamos a discutir, minhas amigas me tiraram de lá e nós fomos pro lado de fora. sentamos e ficamos conversando, contei pra elas o que Rapha tinha feito e elas nem acreditaram, meu motorista chegou e eu finalmente fui pra casa. Ah, que saudades de casa, da mamãe, do meu quarto... Mal chego em casa e já pulo nos braços da minha mãe, era horrível ficar a semana inteira sem vê-la. vou tomar banho e conto pra ela que iria sair com Rapha, ela fica com um pouco de ciúmes, mas como sempre, evita demonstrar. Fico horas e horas decidindo o que vestir, até que me lembrei que nós nem tínhamos marcado pra onde ir, então mando uma mensagem pra ele. Decidimos ir a praia, ele disse que me buscaria às 15hrs. Escolhi meu melhor biquíni e arrumei uma bolsa, com pouquinha coisa, esperei uns 5 minutos, mas parecia que já havia passado duas horas. Ele finalmente chega, de moto. DE MOTO? eu não vou subir nessa coisa de jeito nenhum! Toca a campainha e meu pai abre, eles conversam um pouco, ele trouxe uma flor pra mim, me deu um beijo na testa e disse o quão linda eu estava, me derreti tanto, que quando vi, já estava em cima daquela moto, o que eu to fazendo com a minha vida? 

Chegamos na praia, e graças a Deus não tava tão cheia, ele foi mergulhar e eu fiquei pegando sol um pouco, o tempo foi passando, já tava escurecendo, ele se senta ao meu lado e me beija na bochecha, diz que um amigo dele está fazendo uma festa ali perto e pergunta se eu iria junto com ele, acabei aceitando e nós fomos. Quando chegamos, automaticamente todos os olhares se viraram pra nós, não conhecia ninguém, tocava umas músicas estranhas, fiquei sentada o tempo todo. Ele pegou um violão, segurou minha mão e disse "vamos" não entendi, mas fui. Pediu perdão pela festa esquisita e eu ri, sentamos na areia e ele colocou o violão no colo, não aguentei e acabei perguntando: 

- Vai tocar?

ele nem respondeu, apenas começou a tocar, "a droga do amor" decidi que ia me segurar, mas acabei não aguentando, ele começou a cantar, e eu cantei junto, me olhou com um olhar surpreso, mas continuou, no final da música, nos beijamos. deitamos na areia, e ficamos em silêncio, apenas trocando carinhos e olhando as estrelas. Tava tudo tão perfeito, que eu esqueci completamente que tinha hora pra chegar em casa, cantamos mais um pouco, mas fomos interrompidos por uma ligação no celular dele, ele levantou e atendeu longe de mim, parecia bravo, acho que tava discutindo com alguém, quando voltou, jogou o celular na areia, então eu vi que já era meia noite, MEU PAI VAI ME MATAR. Subimos na moto e ele me deixou em casa o mais rápido possível, a casa estava toda escura, me despedi do Rapha com um beijo longo e entrei em silêncio. 


A Filha Do DiretorOnde histórias criam vida. Descubra agora