Ruínas de uma alma em desespero

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Todos se transformaram em borrões

Andando pelas ruas tão vazias

Meus sonhos estavam tão sólidos

Após caminhar por vários dias


Todos os carros e jardins

Pessoas haviam sonhado assim

Agora ando por milhares de sonhos

Parece que não terá fim


Todas as ruas verde ao cinza

Estavam cheias de sabedoria

Um breve clarão surgiu naquele lugar

A luz veio como cortesia


Todas as minhas memórias

Passaram de modo tão voraz

Elas queriam me mostrar

Que talvez eu não fosse capaz

De chegar no vilarejo da misericórdia

Como uma roupa, visto aquele lugar

Sonhando sobre o vilarejo da misericórdia

Até onde ele iria me arrastar?


Um barco dormia tranquilamente

Em uma água tão escura

Meus olhos libertaram o sal

Sonhando com sua ternura


A solidão era puxada por palavras

Como as folhas andavam no vento

Tão breve ele chega a mim

E desabo naquele sentimento


Cavalgue as águas

Ande sobre as ondas do mar

Me ajude a fugir daqui

E enfim esse lugar irá se despedaçar.

Sonetos ao VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora