Beginning

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Kansas City, Missouri (2011)

Meu nome é Katherine, Katherine Grace McNamara para ser mais específica. Eu tenho 16 anos e moro em Kansas City, eu até poderia chamá-la de chata mas estaria mentindo, a única coisa que a torna incrivelmente fabulosa são os meus dois melhores amigos. Alberto Rosende ou Berto (é assim como eu o chamo), ele é um nerd apaixonado por Sherlock Holmes. E Dominic Sherwood ou Dom, ele é um babaca loiro que se acha apenas por ter uma coloração diferente nos olhos.. Eu o acho estúpido para falar a verdade, mas tudo bem. Bem, ou eles eram meus melhores amigos.. Nós três éramos inseparáveis, até que Dominic se mudou por conta do trabalho do pai dele, o Sr.Sherwood é um homem de grandes negócios e respeitado por todos aqui, desde então eu não vejo mais o Dom e nem lembro mais como ele era, não sei como vive hoje pois perdi o número dele que estava em um cartãozinho e acidentalmente caiu no bueiro da rua, eu apenas estava tomando sorvete! Enfim, eu estava há alguns meses pensando em me mudar para a faculdade de artes que fica em Los Angeles, é uma das maiores lá e um sonho para qualquer artista, eu precisava mesmo.

— ... E você vai morar sozinha? Não sabe os perigos que acontecem nas ruas hoje em dia? Assassinos sanguinários, homens bombas nos metrôs. Eu acho que você fica mais segura aqui em Kansas, Los Angeles é turbulento demais. — Dizia Alberto, que não parava de tagarelar sobre os perigos em LA durante a saída do colégio e pra falar a verdade, eu não tinha prestado muita atenção em suas palavras.— Katherine? Katherine, está ouvindo o que eu estou dizendo?

— Revirei os olhos e me virei para olhar Alberto, que estava com os cabelos um pouco grudados na testas e o óculos de seu rosto caindo.— Quer que eu seja mesmo sincera? Não — Soltei uma leve risada e abri meu armário, deixei lá os livros que pesavam antes em meus braços e logo depois fechei o armário, trancando-o.— Escuta, eu sei que parece ruim mas não é! Esse é o meu sonho Alberto e você sabe muito bem disso. — O Olhei com um pouco de pena e toquei em um de seus braços, meio que "confortando-o".— É uma nova chance pra mim, eu seeempre quis isso e vou ficar bem, prometo te ligar todos os dias e lhe dar notícias.

Percebi o moreno bufar um pouco e logo depois soltar um longo suspiro, então logo concordar com a cabeça.— Promete mesmo? Eu vou esperar hein, e.. Vou sentir a sua falta, minha pequena Kat.

— Também sentirei a sua. — Aproveitei o momento para abraçar Alberto e lhe dei um abraço de urso, é assim que minha família chamava esses abraços de despedida ou saudades, então sempre o usei.

Logo senti algo vibrar e fazer barulho no bolso de minha calça jeans, me afastei de Alberto e levei uma de minhas mãos até o bolso e retirei do mesmo meu celular, na tela mostrando um número familiar e o contato "Mamãe", imediatamente atendi o telefone.

— Alô?

— Katherine! — Gritou minha mãe no telefone, ela parecia afobada.—

— Mamãe, não precisa gritar, sabia? Eu não estou longe. — Arqueei uma das sombrancelhas e depois soltei uma risada leve.

— Desculpe, esse trânsito está uma merda e me levando a loucura. Quando vai para a faculdade de Artes mesmo?

— Amanhã cedo.. Por que?

— AMANHÃ CEDO?.. OH, VAI SE FODER, OLHE O SEU CAMINHO E DÊ A SETA ANTES DE VIRAR!! — Berrou minha mãe no telefone, deu pra ouvir algumas buzinas também ao fundo. Ficar no transito não era o forte de minha mãe, ela se irritava com facilidade e acho que tinha quase focado surda por causa do grito. — Desculpe querida, continuando.. Achei que fosse ir na quinta-feira.

— Não, eu fiquei ansiosa demais pra ir e acabei adiantando o vôo, desculpe.

— Tudo bem, mas as coisas já estão prontas né? Porque você sabe que..

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