Back to the Worst

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Se eu te dissesse que isso só iria machucar
Se eu te avisasse que o fogo iria queimar
Você andaria nele?
Você deixaria eu ir primeiro?
Faria tudo em nome do amor?



Um pânico tomou conta dela. "Uma criança? Morta? Na sua casa?"

"Espere, processe um pouco melhor."

"Susan? O que Susan tem haver com isso? Ela precisava de ajuda?"

"Ajuda..."

"Deus, é uma criança..."

Um grito de horror saiu de sua garganta, forte o suficiente para quase estourar suas cordas vocais, forte o suficiente para fazer ela perder a voz. Se jogou para trás, para dentro da casa, com lágrimas nos olhos, aquilo não era apenas uma morte terrível de uma criança, era um aviso de que tudo estava apenas começando.
Ela não conseguia mais gritar mas ainda assim, tentava. Sentiu alguém segurar sua cintura e a puxar para cima, ainda entorpecida pela imagem do pequeno corpo, Jennifer estapeou quem a segurava na tentativa de agredir quem ela achava ser o agressor da criança. Segundos depois, ela conseguiu ouvir a voz familiar falar alguns "para" e "calma".
  Era John.
 
  — Joe... — ela se sentiu zonza e se apoiou nele — Tem uma criança... — não estava conseguindo terminar a frase, seu campo de visão parecia estar se fechando, ela ia desmaiar.

  — Jennifer...!

Foi a última coisa que ouviu antes de desmaiar em cima de John, ela não demorou muito para acordar, talvez cinco minutos ou menos e ela já estava acordando. O som dos carros de polícia podiam ser ouvidos, provavelmente os vizinhos teriam chamado eles.

  Com a consciência se estabelecendo, Jenny viu que estava deitada no sofá, no colo de John, é um policial estava falando com ele.

  — O quê... — disse meio desnorteada.

— Senhorita...? Pode me ouvir?

  Jennifer encarou o policial.

  — Sim...

  — Certo, eu sou o Sargento Pablo, conhece a criança que estava na porta?

  — Não...

  — Tem alguma ideia de por que colocaram uma criança morta na sua casa?

  — Não... eu estou tão assustada Sargento... — o rosto de Jennifer virou uma expressão de choro — quem poderia fazer isso a uma criança? — disse já soluçando.

  — Certo, se acalme moça, a perícia vai levar o corpo, pode ir para casa de seu amigo enquanto isso, se quiser.

Jennifer balançou a cabeça em afirmação e encostou a cabeça no pescoço de John, como se não quisesse mais ver aquele lugar, amorosamente, ele pegou ela em seu colo com um baixo "Vamos lá" e a tirou da sala indo para fora, em direção a sua casa.

  — Então Sargento, acha que ela tem alguma coisa com isso? — um policial mais novo perguntou.

— Hummm... não... — colocou as mãos na cintura vendo Jennifer ir em bora — a coitada nem sequer consegue olhar para a própria porta...

  Já numa distância boa da polícia, Joe sussurrou para Jenny.

  — Você conhece a criança?

  — Não — respondeu com calma — mas estou com a sensação de que Susan está com problemas, Joe...

  — Eu vi o "S" na criança... tinha mais alguma coisa?

  Joe abriu a porta e delicadamente posicionou Jenny no chão e trancou a porta.

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⏰ Última atualização: Jan 05, 2019 ⏰

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