• CAPÍTULO II •

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POV • DIANA

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POV • DIANA

Vocês podem me ver como uma péssima melhor amiga por constranger a Nina na frente do bonitão, mas implicar com minha amiga já é algo tão velho quanto meu desejo de defendê-la. Ambas as coisas começaram a nascer em mim no mesmo dia em que a conheci há alguns anos.

SETE ANOS ATRÁS...

As provas estavam chegando e isso era uma droga. Pensava que ao chegar aos dezoito eu poderia relaxar. Mas não! Era apenas o início da droga toda! E ainda tinha algumas coisas pendentes para comprar, e eu tinha que ir logo, antes que eles decidissem aparecer para me vigiar. Quem eram eles? Meus irmãos. Só que isso era coisa para outra hora.

Quando saí da faculdade, vi o sexy shop e isso me recordou que estava na hora de eu renovar as minhas calcinhas. Eu tinha visto algumas de renda bem interessantes quando passei ali alguns dias antes, contudo, na correria, acabei esquecendo.

— De hoje não passa! 

Com foco apenas na vitrine, escutei alguém falando quase ao mesmo tempo em que eu. Surpreendemo-nos e nos encaramos, evitando que a gente se esbarrasse. Encarei-a e vi uma garota nerd que parecia ser mais velha que eu. Ela usava um coque que mal continha seus cachos castanho-avermelhados. Seu rosto ficou corado e ela me encarou de volta como se tivesse sido pega no flagra.

Para piorar o constrangimento dela, comecei a rir enquanto balançava a cabeça em negativa. Envolvida pela minha risada, ela começou a rir também. Não éramos tão diferentes assim. Vi-a ganhar um pouco mais de confiança aos poucos. Logo ela segurou meu braço e agarrou a sua chance. 

— É! De hoje não passa! — repetiu, com um largo sorriso, já mais desinibida. — Vamos?

Ver uma pessoa como ela, claramente se desafiando e agarrando sua chance, fez com que ganhasse um pouco do meu respeito.

— É. É hoje! — respondi, entrando na loja em sua companhia. A atendente nos viu adentrando o local juntas e seu sorriso se abriu ainda mais.

— Bem-vindas à L.A.D.Y. Um casal, como posso ver. Temos itens interessantes para apimentar a relação — disse ela, pegando uma caixa e abrindo antes que pudéssemos dizer que não éramos um casal. Resolvi apenas ficar quieta e observar. O constrangimento naquele tipo de situação chegava a ser cômico.

A nerd parecia desesperada para corrigir a vendedora, mas a mulher nem lhe deu atenção. Era engraçado, sim, mas também era irritante. Claramente dava para escutar a moça tímida falando que não éramos um casal, mas continuava sendo ignorada completamente. A nerd ao meu lado perdeu um pouco do seu sorriso, mantendo apenas um amarelo sem graça. De alguma maneira isso mexeu comigo. Filha da puta de vendedora. Quis quebrar a cara dela por continuar fazendo aquilo.

A vendedora nos revelou uma calcinha que já havia ouvido falar, mas nunca visto. Com um toy para penetração anal e outro vaginal. Um na parte interna e outro maior na externa. A garota não parecia entender muito do que se tratava, estreitou os olhos, tentando compreender. O pênis externo na peça íntima começou a vibrar, surpreendendo-a. Ela deu alguns passos para trás no susto e se apoiou em uma prateleira.

Não consegui evitar minha vontade de constrangê-la um pouco mais, então apontei para o que ela estava praticamente segurando. Ela, sem entender o porquê de eu estar apontando para a mão dela, olhou e finalmente se deu conta do que estava apertando. Um vibrador grande, muito grande, e vermelho. Seu rosto conseguiu, de alguma maneira, ficar mais vermelho e reluzente do que o vibrador. Logo ela tirou a mão dele como se a tivesse queimado. Não consegui evitar a risada. A mais alta e mais forte que já dei na minha vida inteira. A garota não sabia onde enfiar a cara. A atendente parecia querer rir também, mas naquele momento olhei para ela, séria. Como se dissesse silenciosamente um “você não”.

ATUALMENTE...

Naquela época foi onde tudo começou. Desde então nunca mais nos separamos. Aprendemos muito uma com a outra... Ela se soltou e eu amadureci. Mas ela não vê suas oportunidades se não forem colocadas na sua cara. O que me dá o lugar de peste constrangedora na vida da Nina.

Mas esta história não é minha, é dela, vamos voltar a ela.

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Obrigada por ler!💕❤️

Perfeito Azarado | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora